Aprendi Amar
Aprendi Amar
Por: Nayla Quill
Cap 01

Sophie,

Era manhã de sábado, quando tenho que acordar cedo. Hoje iria me mudar para o Rio de Janeiro, estava prestes a ir morar na casa de uma amiga da minha mãe para poder fazer faculdade de Artes Cênicas. Mesmo aqui em São Paulo sendo uma cidade grande o curso que eu pretendo fazer, não fornece o suporte necessário para ir além disso, seu custo é digamos "caro" em relação a um que encontrei no Rio.

Sei também que não será fácil passar quatro anos longe de casa, dos meus pais e amigos. Mas é o que eu quero, meu sonho sempre foi trabalhar com a Arte de Atuar. Esse é meu momento!

Meus familiares, me ajudaram a levar as malas ao aeroporto. De coração partido me despedi de todos com lagrimas e fortes abraços. Nova fase de minha vida se inicia.

...

O voo não demora muito e ao chegar no aeroporto de lá, passando pelo portão de desembarque procuro por uma mulher que minha mãe havia descrevido. E foi fácil pois a mesma estava segurando um cartaz com o meu nome...

- Com licença... Mônica? - ela me encarou ...

- Sophie? - concordo com a cabeça sorrindo - Seja bem vinda querida! Venha, vamos meu marido deve estar voltando do banheiro.

Seguimos empurrando o carrinho e indo em direção as minhas malas, que não eram poucas... misericórdia!

- Espero que se sinta em casa. - ela falou e apenas sorri.

Logo mais à frente, conheci seu marido Luís, simpático e fez questão de levar as malas ao carro. E Dona Mônica queria que eu a chamasse apenas de Mônica.

Foi um Caminho tranquilo até a sua casa, 15 minutos chegamos. A casa era linda grande e bem arquitetada um pouco luxuosa diria. Bom, temos condições, mas minha mãe havia falando que eles tem um pouco mais que a gente. Se isso é pouco, imagina o muito!

Mônica tinha comentado que tem uma filha chamada Heloísa, Liz, como todos a chamam. E ela teria dormido na casa de uma amiga e que talvez não tivesse chegado.

Entramos na casa, e me apaixono mais uma vez.

- venha, vou mostrar seu quarto. - apenas concordo. E antes que possamos subir a escada, observo uma menina ao topo me encarando. Talvez seja a tal Liz.

- Achei que estivesse na casa da Tina ainda. - Mônica pergunta a ela.

- Cheguei faz pouco tempo. - responde ela descendo as escadas.

- Então, diga um olá para sua nova companheira de quarto, Sophie Lima. - diz Mônica empolgada.

A Liz me encara dos pés à cabeça, com certeza analisando meu estado. Meu cabelo um ninho, por causa da viagem, e minha cara de sono por ter dormido. Uma verdadeira louca de hospício!

- Oi. - falou sorrindo e me estendeu a mão. - Heloísa Gutiérrez.

- Muito prazer, Heloísa. - de repente ela me puxa e cola nossos corpos em um abraço, totalmente surpresa fico.

- Bem, espero que sejam boas amigas. - Mônica fala. - Faz um favor filha, leve-a a seu quarto, apresente lhe a casa, vou pedir para Luís levar as malas.

- Ta certo. Vem comigo. - apontou pra escada e acompanhei.

Pensava que eu iria dormir sozinha, mas não iria dormir com a Liz no seu quarto. Assim que entro, me deparo no  quarto em detalhes preto e cinza, bem organizado. Na verdade, fico um pouco "surpresa" esperava algo mais gay, sei lá, rosa hahaha. Mas eu amei, curto cores vibrantes meio dark, meio louco isso...

Espero que sejamos amigas, que nossas diferenças não atrapalhe nosso convívio. Porque dormir no mesmo quarto onde a pessoa não gosta de você é chato. Resumindo, espero que goste de mim.

Liz,

Eu não estava gostando nada nada de ter que dormir com uma pessoa qualquer no meu quarto. Quando minha mãe falou que iria "hospedar" uma filha da amiga dela, para tempo escolar, quase fiz "guerra" por isso. Mas, vou ter que engolir isso.

Quando cheguei em casa fui à procura da minha mãe pra saber se ela chegou. Estava na casa da minha melhor amiga Tina. Conversamos muito e resolvi ligar pra avisar que iria dormir lá, já que confiava na família da Tina e não era tão longe de casa.

Estava no meu quarto, quando esculto o barulho do carro, meu coração errou a batida, ela havia chegado. Abro a porta do quarto e vejo a tal garota com minha mãe.

Ela era branca, tinha cabelos castanho claros, ondulados, eram lindos. Mas no momento estava uma bagunça aquilo.

Desci e cumprimentei, fiz de tudo pra ser simpática. Ela era tímida, foi o que pareceu, falava poucas palavras quando apresentava a casa, mas não posso negar o fato de que ela era linda.

Espero que possamos nos dar bem, porque aturar uma pessoa que nunca nem vi na vida, durante quatro anos... Não é de Deus!

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