Três

Jogo o roupão por cima e retiro o tampão da banheira. Escovo os dentes rapidamente. Volto para o quarto e me sento na frente do espelho. Marco bem meus olhos de preto. Exagero no rímel e passo um pouco de blush. Maquiagem pronta, foco no cabelo. Solto-o do coque e apenas o amasso.

Pego o vestido de dentro da sacola e o estico em cima da cama. Vou até o closet e pego em uma bolsa e um scarpin preto. Coloco o básico de maquiagem na bolsa e a deixo de lado.

Abro o zíper do vestido e passo as pernas por ele. Subo-o e passo os braços pela alça. Fecho o zíper e passo a mão no vestido.

Escuto a campainha tocar e me sobe um arrepio. Eu me sentia nervosa todas as vezes em que esperava por Nate. Estar apaixonada era lindo.

Subo no scarpin e me olho no espelho. Falta algo.

Olho em volta e avisto um batom vermelho. Pego-o rapidamente e deslizo nos meus lábios.

Agora sim.

Jogo o cabelo para trás e pego na minha bolsa, saindo do quarto. Ainda do corredor, posso ouvir a deliciosa risada de Nate.

— O que é tão engraçado? — pergunto aparecendo na sala.

Nate e Zion se levantam.

Nate vestia uma calça jeans escura, uma blusa social branca e um blazer preto.

— Você está magnífica. — ele diz se aproximando.

Nate me abraça de leve e beija meu ombro, enquanto eu beijo seu pescoço.

— Obrigada, amor. — sussurro. — Você está lindo.

— Vocês são fofos a ponto de me fazer vomitar.

Olho para Zion.

— Você devia tomar um banho.

— Por quê?

— Hmm... — seguro a mão de Nate e o puxo —  Vai receber uma visita.

— De quem?

— Que visita merece um banho?

Ele pensa.

— Gabei? Ela vem aqui?

Solto a mão de Nate e vou até Zion. O abraço.

— Ouça até o final. E nada de decisão precipitada. Por favor.

Ele me encara.

— Que papo é esse?

— Eu te amo. — passo a mão pelo seu rosto. — E qualquer coisa me liga.

— Cat, ei... espera.

— Eu não posso falar nada. Logo você vai saber.

Sopro um beijo para o poço de confusão que Zion se tornou e saio do apartamento com Nate. Entramos no elevador.

— Por que falou aquilo para Zion?

— Eu não sei se posso contar para você. Desculpe.

— Não precisa se desculpar. — ele me enlaça pela cintura. — Não é segredo seu, para sair contando.

— Mas amanhã, acho que pode. Só é justo Zion saber primeiro.

— Tudo bem! Sem problemas.

Ele beija meu rosto ternamente e as portas do elevador se abrem. Vamos até seu novo carro, e ele abre a porta do passageiro para mim. Vejo Nate dá a volta e ele logo está ao volante, levando o carro para a estrada.

— Vamos para um restaurante italiano. — ele informa. — Problemas?

— Jamais. Confio no seu gosto.

Ele sorri e coloca uma mão na minha perna.

— Eu sei que a gente combinou de não comprar presentes.

— Nate!

— Ah, amor, eu vi na loja e achei a sua cara.

Rolo os olhos.

— Tudo bem. O que é?

Eu não podia reclamar, sendo que também não tinha cumprido com a minha parte do trato.

— Está no meu apartamento. — ele sorri de leve e aperta minha coxa.

— Está bem né. E já que estamos falando de presentes...

— Eu já sei. — o olho. — Logan me falou.

— AH NÃO. Logan não deu com a língua nos dentes!

— Logan não consegue guardar segredo.

— Merda. — resmungo. — Sabia que devia ter falado com Leon. Mas o fato de Logan ser meu melhor amigo, me fez escolhê-lo.

— Logan é seu melhor amigo? — ele me olha rápido. — Desde quando?

— Desde que ele foi o primeiro, depois de Zion, a saber dos meus motivos de ter vindo pra Londres. Ele me apoiou, me deu conselhos.

— Eu fiz tudo isso aí. Por que eu não sou seu melhor amigo?

— Ué, se quiser, peço ao Logan pra ser meu namorado, e você se torna meu melhor amigo.

Ele cerra os olhos e dá um sorrisinho debochado.

— Engraçadinha.

Solto o cinto e beijo seu rosto demoradamente, depois passo a mão, para tirar os resíduos do batom.

Após uns minutos, o carro para. Nate pula do carro e abre a porta para mim. Depois entrega a chave para um manobrista. Ele pega em minha mão e nós entramos no restaurante. Ele fala com um homem, que nos leva até uma mesa bem afastada. Tinha um agradável som de violino no ambiente.

— Obrigada. — agradeço ao homem que havia puxado a cadeira pra mim.

Ele deixa dois cardápios.

— O gerente lhes presenteou com o melhor vinho da casa. — ele informa. — Posso servi-lo?

— Claro. — Nate diz.

Ele se afasta e Nate segura minha mão.

— Massa e vinho. — digo. — Perfeito.

— Que tal luzes de vela?

— Ah Nate... — sorrio. — Você é tão perfeito.

— Eu só quero que essa noite, seja perfeita.

— Já está sendo.

[...]

— Nunca conte pra ninguém, que eu dirigi depois de beber. — Nate diz, me imprensando contra o espelho do elevador.

— Você vai ter que me fazer ficar calada.

Coloco minhas mãos, que seguram minha bolsa e sapatos, em volta do seu pescoço.

Um sorriso aparece em seus lábios, antes dele me atacar em um beijo. A porta do elevador abre, e Nate me conduz, sem desgrudar nossos lábios.

Ele abre a porta do seu apartamento e nós entramos.

— Olha. — ele sussurra e me vira.

Minha boca forma um perfeito 'O' ao olhar o que Nate havia feito.

Tinha pequenos copos, com pequenas velas, formando um caminho até o corredor. E no meio desse caminho, tinha pétalas de rosas.

— É tão incrível. — sussurro, e me viro com os olhos marejados. — Você é o melhor namorado do mundo. E... eu amo você.

Leia este capítulo gratuitamente no aplicativo >

Capítulos relacionados

Último capítulo