Capítulo Seis

-Seus lanches estão no carro. Sirvam-se!

-Depois dessa! Fome da onde?- Comenta Joe.

-Equipe Alfa, venham cá!

        Distantes dos demais policiais, a equipe se reúne e lavam as roupas sujas ali mesmo.

-Como, como? não entendo! Na cara de vocês, a duzentos e vinte metros do outro lado.

-Opa opa Alexia! Não é bem assim! Todo o planejamento foi feito por você, o posicionamento, as estruturas, as equipes, tudo foi você que montou, nós só ficamos na observação. Não é isso Reynolds e Ryan? -Questiona Joe.

-Com certeza chefe! Não foi questão de incompetência de nossa parte, todos se esforçaram. Quem iria adivinhar que ele estaria camuflado do outro lado do rio! -Explica Reynolds.

-Concordo veementemente com eles chefe. Estou junto desde o inicio com eles chefe, fizemos o possível, não tiramos os olhos de nada. Apesar das dificuldades da escuridão. Comenta Joe.

-Ok! Pessoal! Manda tirar esse corpo daqui. Peguem as informações com os legistas amanhã e levem para minha sala. Vão descansar e agradeçam a todas as equipes. Hoje não deu!

-Joe! Você já reparou uma coisa!

-O que é Ryan?

-Estou estranhando Alexia de umas semanas para cá. Hoje, e em outras vezes ela sempre tem algo para fazer no meio das investigações. Já reparasse isso?

-Cisma sua. O que queres insinuar?

-Não sei! Mais ela anda muito nervosa ultimamente. E já reparasse a gargantilha dela, aquele pingente?

-O que é agora Ryan? Deixa eu trabalhar, temos que enviar o corpo para a necrópsia!

-Amanhã tenta reparar o tipo de gargantilha que ela usa, e faz uma comparação com esta folha que esta sempre sendo deixadas na vítima. Muito sinistro!

-Nada a ver Ryan! Para com esta paranoia. Estais com a cabeça cheia. Vá para casa, deixa o serviço comigo. Agradeça as equipes. O legista já está vindo.

-Ok! Mais pensa no que estou falando.

        Quando todos se foram, e o corpo recolhido pelos legistas, Joe entra em seu carro, fuma um cigarro e fica pensando no que Ryan falou. E comenta em voz alta.

“Aquele paranoico tem um pouco de razão, porque ela some na maioria das investigações em campo? Quando recebemos as chamadas em relação as vítimas, sempre é difícil fazer contacto com ela. A mesma some.”- O que é isso Joe! estais pensando besteira. Deve de ser o cansaço. - Acabando o cigarro.

        Depois de ganharem um dia de folga para descanso, a equipe se reúne na sala de Alexia, trazendo as informações pedidas por ela na noite do último crime. Joe fica olhando para seu decote, reparando sua gargantilha, deixando Alexia sem jeito.

-Que foi Joe? Nunca viu uma mulher usando decote?

-Não não! Quer dizer, sim sim! Já ví claro! É que só agora estou notando que usas uma gargantilha linda, mais não consigo ver o pingente nela.

-Relaxe Joe! Não é para amostra a ninguém. Esse pingente tem um grande valor sentimental para mim, e não interessa a vocês.

        Todos olham para Joe e dão uma risadinha sarcástica, por ele ficar sem jeito devido a indiscrição dele.

-Ta Ok pessoal! O que temos sobre a vítima de antes de ontem? -Pergunta Alexia.

-A vítima é Anson White, vinte e dois anos, homossexual, morava só na Inglaterra. Tem origem Holandesa e ganhava a vida vendendo seu corpo nas noites no distrito de Dptford.

- Esse nosso serial, deve morar entre Londres e Deptford. Só nesta região que ele ataca - Comenta Reynolds.

-Temos que dividir as equipes. Uma para cada cidade. Vamos ficar uma semana observando pelas câmeras dessas cidades as pessoas suspeitas. Fazer perguntas, investigarem todos os ex-presidiários. Temos que ter um perfil desse cara. -Decide Alexia.

-Dois para cada cidade é impossível chefe! -Comenta Joe.

-Irei solicitar com o comandante mais dois para cada equipe, assim dividem a cidade por bairros para cada dupla ok!

        Joe agradece, e pede desculpas a Alexia pela inconveniência dele, em relação a gargantilha.

-Pessoal! Me tragam resultados, respostas, temos que solucionar esse caso o mais rápido possível. Já teve muitas mortes, e lá em cima estão me cobrando, onde por sua vez a mídia e o prefeito estão cobrando o comandante. E eu tenho que cobrar de vocês. Efeito cascata ok!

-Sim senhora, estamos a caminho - Todos conclui a reunião.

        Joe e Ryan, se reúnem com mais dois para a equipe ficam na cidade de Londres por uma semana observando as câmaras na Polícia Metropolitana, pelo reconhecimento facial em tempo real. Esses tipos de câmeras, conhecidas pela sigla LFR, consegue analisar as pessoas e identificá-las se tem passado criminal em qualquer lugar da Inglaterra.

        Já Alexia e Reynolds e mais dois reforços, vão para Deptford High Strfet, para tentar conseguir o máximo de informações sobre estranhos que migraram para a região nos últimos anos. Por uma semana cada equipe tenta colher pistas e seguir um “Norte” em suas investigações, atrás do mais novo Serial Killer dos últimos anos em Londres.

        Chegando no distrito de Deptpford em uma quinta-feira, a equipe de Joe se depara com um mercado ao ar livre, e se interessam por algumas coisas, onde é oferecido uma enorme variedades de roupas, acessórios, objetos domésticos, alimentos e outros. Até coisas mais antigas, vendida em forma de feira.

        Conversam com alguns feirantes e descobrem que funciona de quinta a sábado esse tipo de comércio na localidade. Observam um café. Sentam e pedem ao atendente café e rosquinhas para os quatro.

        Ryan, começa a observar do outro lado da rua, uma peixaria onde o atendente é um pouco estranho, todo tatuado, cabelos enormes, até os ombros, forte aparentando seus quarentas e poucos anos, e comenta para Joe e aos demais.

-Olhem lá pessoal, naquela peixaria, cara estranho né! Diferente das demais pessoas daqui.

-A maioria dos pescadores e comerciantes de pescados são assim Ryan, não ligam muito para a aparência. Mais realmente, aquele ali é meio sinistro. Quem quer comer peixe na janta, vou lá bisbilhotar, -Comenta Joe, e vai acompanhado por Dennis o mais novo da equipe.

-Bom dia amigo, os peixes estão frescos?

-Todos são frescos, é só olhar nos olhos, se estão claros é fresco, se estão avermelhados é de vários dias. Qual vai querer?

        Dennis repara as mãos do peixeiro, e nota várias tatuagens entre seus dedos, e também em seu pescoço. Pergunta para ele onde tem um tatuador bom na região, que se interessou em suas tatuagens. O peixeiro passa o jornal do embrulho do peixe por cima de sua mão, dando a acreditar que é para escondê-la.

        Nesse momento, Joe vê um espelho e tem uma idéia. Enquanto Dennis distrai o vendedor, com um celular consegue algumas fotos do suspeito da peixaria.

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