A Casa do Alfa

Charles e Jason já estavam a quase uma hora dentro do carro, as paisagens não mudavam, pra todo lado que ele olhava agora eram árvores, a estrada de terra, tinha se tornado uma estrada de barro e lama, ele entendia que teria de ir para a reserva e que o caminho era aquele. 

Seus olhos ficaram cansados de ver sempre a mesma coisa e acabou dormindo o restante do caminho, enquanto dormia era embalado pelo movimento do carro e pelo cheiro que o acalmava, o cheiro do mel.

Quando acordou com o chamado de Jason avisando que estavam chegando, sua visão estava um pouco embasada. — " chegamos, eu dormi... Parecia que estava do lado dele de novo, agora vejo o quão idiota eu serei, acabarei perdoando aqueles dois desgraçados, eu não consigo mais lidar com a saudade." — Charles olhou para o lado enquanto esfregava os olhos e viu Jason concentrado, estavam agora na entrada da reserva.

— Pegou um caminho mais longo, eu reconheço que aqui é próximo ao penhasco, mas ... — Charles comentou olhando para a paisagem atrás de Jason.

— Esse caminho eu usei pra te fazer dormir um pouco, ainda está precisando dormir mais meu caro... — Jason falou olhando de canto para Charles.

— Por favor, não se preocupe comigo, eu estou bem, nada que um café bem forte não resolva...— Charles notou naquele momento o cuidado de Jason para com ele.

— Gosto de ajudar... 

Charles encarou o lado de fora do carro, aquilo nem parecia uma reserva de Lobisomens, parecia mais com um condomínio luxuoso, ele estalou a língua indignado com o que via, seus olhos viam uma praça de lazer no centro da aldeia, flores e bancos, um chafariz no meio e até mesmo um coreto, as casas todas em concreto, as ruas com lajotas retangulares, postes de iluminação, mas não era a arquitetura do lugar que o incomodava, era a espécie querer viver como humanos, perdendo sua essência. 

No final daquela rua ele pode ver uma mansão, ele teve a certeza de que era ali que o alfa vivia, sua mente o levou para Dominik, no território dos lobos, as casas eram de barro e madeira, com uma distância considerável de uma a outra, muros ou cercas era desnecessário, mas todas as casas ficavam em volta do trono do alfa, o trono era feito de esqueletos e grudados com argilas, atrás do trono tinha uma construção, onde ficavam os quartos, todo construído em madeira, a tintura negra e vermelha das paredes mostravam o padrão de onde viviam, as ruas do território eram com barro cozido em formato de quadrados de dez centímetros, e em cada peça estava entalhado o nome de cada morador do território, as cenas do céu de Dominik, turvaram a mente de Charles, já que lá o local dos lobos era sempre coberto por nuvens carregadas. 

Ele nem percebeu que o carro agora entrava na garagem da mansão no final da rua.

— Bom vamos tomar um café da manhã, e depois vamos até a floresta, a feiticeira gosta de viver mais isolada da sociedade. — Jason falou tirando Charles de seu devaneio.

— Ah ... Olha eu acho que prefiro esperar aqui... — murmurou as palavras tentando não parecer grosseiro. 

— Olha, ninguém vai te encher de perguntas, fora das nossas transformações somos apenas humanos. — Jason falou abrindo a porta do carro.

Charles encarou o vazio a sua frente, queria sair daquele lugar e ir resolver logo aquela questão, e ele nem tinha certeza de que isso daria certo.

— Vamos Charles! — Jason usou um tom autoritário, o mesmo tom que Charles odiava.

— O cheiro de vocês, vai me fazer mal, e eu não falo isso pra ofender nem nada, o seu cheiro já ruim de aguentar. — Charles rebateu a voz de comando de Jason, ele não abaixaria a cabeça.

— Olha, venha conhecer a família, pode ser que isso seja um pouco doloroso por causa do cheiro, mas ainda sim você acaba se tornando a única ligação que temos com nosso irmão, mesmo que você queira matar ele nesse momento.

Charles muito contrariado, sabia que Jason não ia largar do seu pé.

— Eu só quero minhas asas de volta, quero poder me transformar, abrir portais para qualquer lugar do universo, quero voltar pra Dominik, lá é o planeta que eu amo, e quando Ethan voltar para Dominik, eu novamente partirei...

Jason encarou Charles, seus olhos mudaram de cor, obrigando os olhos de Charles mudarem sem sua permissão.

— Então sugiro que entre... 

Charles piscou e voltou a cor normal de seus olhos, tirou o cinto de segurança e saiu de dentro do carro.

Jason entrou por uma porta na lateral da garagem e a deixou aberta para que Charles passasse por ela. 

Charles Respirou fundo e aceitou passar por aquilo, era pelo bem maior afinal de contas.

Quando chegou na sala de jantar, uma mesa grande e farta logo lhe chamou atenção, tinha duas crianças ao lado de Christian, um menino e uma menina, na frente uma mulher de cabelos totalmente brancos e olhos castanhos, do lado uma outra de cabelos avermelhados, mais dois homens e um rapaz que aparentava ter uns quatorze anos de idade.

— Já tinha lhes falado dele ontem, esse aqui é o Charles. — Jason falou apontando para o dono dos olhos azuis, que aparentemente parecia estar tendo uma úlcera estomacal naquele momento. — Ignorem as caretas dele, nosso cheiro o incomoda um pouco. 

— Seja bem-vindo Charles, senta aqui na mesa e toma um café da manhã conosco, as duas damas ali são Cleo e Mya, são minhas esposas, os dois senhores são meu tio e meu pai, Conrad e Arrow. — Christian falava apontando para cada uma das pessoas na mesa, e voltou seus olhos para as crianças agora. — Esses dois lobinhos aqui são filhos do Jason. — Apontou para as duas carinhas sorridente. — E esse belo rapaz é meu filho, Connor. 

Charles sentou no lugar onde foi indicando, estava realmente sem graça, mas diante de tanta comida a sua frente perdeu completamente a postura, comer era uma das atividades favoritas dele, desde que tinha ficado setenta anos sem poder comer nada além de sangue. 

Ninguém falou nada a ele, mas pode se dizer que ficaram assustados com a fome de Charles, já que ele não recusou absolutamente nada que foi posto em sua frente e muito pelo contrário até repetiu.

Jason olhou para seus filhos que pareciam se divertir com Charles e escutou uma das crianças falando com ele.

— Moço, você estava passando fome? — Uma menina de olhos verdes e cabelos dourados o inqueriu curiosa.

— Não pequena, a verdade é que no passado eu não podia apreciar o sabor da comida, então hoje em dia eu gosto muito de comer. — Charles respondeu a pequena bagunçando seus cabelos, ele não se sentiu envergonhado pela pergunta da menina, até gostou de dar essa explicação, já que todos estavam olhando pra ele. 

Jason olhou para a filha afim de repreender a pergunta invasiva e até um pouco ofensiva da filha, no mesmo instante, Charles viu a menina se encolher.

— Ela não me ofende com os questionamentos senhor Carter. — falou sorrindo, passando um ar de tranquilidade, contudo em seu interior detestava a maneira como os lobos controlavam tudo a sua volta.

Ter personalidade parecia ser proibido naquele lugar, a curiosidade também pelo que Charles tinha notado. — " Bando de machistas autoritários, ser gay deve ser um crime pra eles, não vejo a hora de sair desse lugar. " — Charles pensou ainda sustentando um sorriso.

Assim que o momento do café da manhã passou, cada um foi seguindo a sua rotina, os mais novos iriam para escola, os mais velhos tinham trabalhos, uns trabalhavam dentro da reserva e outros seguiriam até o centro, deixando na mesa apenas Jason, Christian e Charles.

— Bom, Jason, você o leva até Lívia, eu tenho que ver o outro clã, não me esperem essa noite, e coloque Connor para treinar a transformação quando voltar da escola de lobos da reserva — Christian falou amarrando os cabelos em um coque frouxo no topo da cabeça. — E Charles, espero que consiga realizar seu objetivo aqui e que possamos te ver na mesa mais vezes. 

Charles sorriu gentil para o lobo a sua frente. — " Se tudo der certo eu nunca mais volto pra Terra." — pensou em resposta.

— Certamente voltarei, vocês sabem mesmo dar um café da manhã. — O sorriso ainda estava impregnado em sua face, e nesse ponto suas bochechas já começavam a ficar doloridas. 

— Bom assim que puder podemos ir Charles. — Jason falou olhando diretamente para ele, e viu que seus olhos ainda pareciam fundos.

— Claro, já estou pronto. — comentou se levantando da mesa.

Jason sentiu a ansiedade dele, e aquilo era o máximo que poderia fazer para tentar ajudar Charles, afinal, ele sabia que lobos escolhiam seus parceiros para toda a vida, e se ele mantivesse Charles dentro da reserva com eles, certamente Ethan iria procurar por ele naquele lugar. 

Charles sentiu que se tratava disso, ficou com medo naquele momento, medo de que eles nem ao menos tentassem lhe ajudar. 

— Por alguma razão me sinto estranho agora... — Comentou sem pensar, ele sentiu que era aquilo que iriam fazer com ele, sentiu que aquela coisa toda de feiticeira era mentira.

— Acredito que seu estranhamento seja normal, nosso cheiro te incomoda, pois, lhe traz lembranças, nossa presença te deixa sensível, é uma explicação plausível para estar se sentindo incomodado.

Jason caminhou na direção de Charles e apontou a porta que dava acesso a cozinha, sairiam pelos fundos, era mais fácil para chegar à floresta.

Charles acompanhou o lobo por entre as árvores, e naquele lugar, Charles podia ver uma infinidade de ervas, ele parava a cada momento para pegar uma ou outra no chão. 

— Sabe que isso aí é apenas mato não sabe? — Jason questionou olhando um pouco intrigado para Charles.

— Cada plantinha tem uma essência, muito pequena, contudo, um micro célula pode fazer um estrago. — Charles pegou um ramo de uma planta rasteira, colocou na palma da mão, passou uma chama arroxeada por cima do raminho, tudo o que era desnecessário se perdeu, ficando ali apenas uma gota amarelada. — Essa gota é quase como o veneno de uma cascavel, lobos são imunes, quer testar? 

Charles olhou malicioso para Jason, e o outro o encarou.

— E como vai injetar essa gota em mim? — Jason inqueriu debochado.

— Sou bastante criativo, não me faça perguntas assim, apenas ia pedir para sentir o veneno em seu paladar... — Charles fez a gota flutuar na direção da boca de Jason.

Ele viu o lobo o olhando assustado, aquele raminho realmente tinha se transformado em um veneno poderoso.

— Você só faz venenos? 

— Não, eu posso fazer remédios, anestésicos, energéticos, calmantes e se aqueles malditos não tivessem me selado, estaria podendo usar um pouco mais de magia também. 

Eles continuaram a caminhada, Jason agora se sentia um pouco ameaçado, Charles não parecia ser fraco, podia derrubar a reserva inteira se quisesse.

Próximo a uma cachoeira, era possível ver uma casa de madeira, havia ali uma infinidade de flores decorando o lugar, o ar fresco das oito da manhã era agradável, apenas o barulho dos pássaros e dos sapatos pisando nas folhas secas.

Uma mulher saiu de dentro da casa e acenou para eles, Charles sentiu que já viu aquele rosto em algum lugar, a chance de ele estar errado era mínima, e sim ele já tinha visto, era uma aprendiz de Janine, quando ele ainda estava dividindo o mesmo corpo com Léo, o suor frio lhe percorreu a face.

— Ela não vai me ajudar... Ela ... — Charles resmungou sentindo os olhos arderem.

— Ela é fiel a nós, ela não pode desobedecer temos um pacto de sangue. — Jason falou sem olhar para Charles.

— Existe alguém a quem ela é fiel e morreria por essa pessoa, ou por fidelidade ou por medo...

— Charles, eu liguei pra ela ontem, expliquei a sua situação e ela concordou em te ajudar, se acalme. — Jason falou um pouco rude com Charles.

Charles por outro lado o encarou, e mostrou conhecer mais da mulher do que o próprio Jason.

Lívia veio de encontro a eles e reconheceu o guardião assim que notou os olhos nele.

— Jason havia me falado sobre você, mas eu te conheço Charles Miller Haama Carter, sua história de amor é um verdadeiro conto de fadas, todos dentro do mundo da magia já ouviu as histórias. — Lívia comentava sorrindo para ele e Jason, seus olhos pareciam brilhar. 

— Eu li em algum lugar uma vez que toda história de amor tem seu fim, feiticeira a minha história já chegou ao fim. — Charles comentou dando um passo à frente e estendendo as mãos para a mulher a sua frente.

Jason parecia não entender o que estava acontecendo a sua frente, porém não ia falar nada que pudesse deixar o clima pesado, olhou para as arvores ao redor e notou uma barreira, uma magia que ele raramente via Livia, usar.

— Você cercou a área Livia, parece que me ajudar, vai lhe causar um certo desconforto... — deixou sua frase morrer, esperava que ela lhe explicasse.

— Eu sirvo aos lobos, contudo eu aprendi tudo o que sei com uma feiticeira chamada Janine, e quando eu quebrar o feitiço, preciso estar dentro de uma barreira para que ela não desconfie, ela vai saber, mas não imediatamente. — A mulher explicava e seus olhos esquadrinhavam o local.

— Não se preocupe, ela me pegou de surpresa, eu não esperava um ataque, estarei atento quando ela vier, mas vou te deixar com o coração aliviado, ela está em Kaedon, lá ela está usando toda a magia para caçar. — Charles não ia entrar em maiores detalhes, seus olhos azuis já estavam marejados o suficiente para a feiticeira a sua frente saber que ele poderia defende-la. 

— Então vai ficar na reserva Charles? — Jason inqueriu afoito.

— Sim, a furia de Janine e a traição é infundada, pode ter muito mais magia envolvida nisso tudo, e eu acho sensato ficar, mas não falo por kakaou, ele decide se vem ou não. — Charles falou que ficaria, estava dando sua palavra ali, contudo em seu interior queria apenas ver seu amado planeta dominik por uma última vez. 

— Você é esperto Charles, e eu soube que a fênix negra foi vista em Kanish, vão precisar de muita magia para detê-la, contudo tenho quase certeza de que ela não atacou ninguém, ela só viu como as coisas estavam. — Livia parecia entristecida e preocupada, ninguém dentro daquele mundo jamais pensou em trair Janine.

E é certo que Charles, era poderoso, mas ele não representava nenhum perigo real para ela, tão pouco para Ethan e Umada.

Caminhando calmamente eles seguiram para dentro da casa, o lugar era bem simples e objetivo, com a peculiaridade de ter uma parede toda de vidros com algumas ervas ou líquidos, pelo cheiro Charles sabia dizer o nome de todos, ele não era uma fênix venenosa a toa, ele sabia usar toda a sua essência de fênix.

Livia pegou um pote de barro, jogou o liquido em suas mãos, em seguida chamou Charles, ele já conhecia aquele tipo de feitiço, esticou suas mãos na direção da feiticeira, e ela com calma começou a emanar uma luz azul de seu corpo como se tivesse em chamas, essas chamas se fundiram a charles, e foram tirando de dentro dele uma luz espectral negra, essa luz saia do coração de Charles.

Nesse momento Charles, começou a sentir uma tontura em seu corpo, nauseas e até mesmo um incomodo anormal que vinha de seu estomago, ele caiu de joelhos diante da feiticeira, e nesse momento, ela ainda movimentando as mãos, fez um movimento de puxar, tirando todo o espectro negro de Charles e o destruindo em seguida.

O poder que havia selado Charles era tão imprecionante, que até mesmo Livia se sentiu exausta, e se não fosse Jason, a segurar a mulher ela teria tombado.

— Por favor... teste seus poderes... — Ela resmungou ainda sendo apoiada por Jason. 

Charles apontou para um canto qualquer naquele comodo e tentou abrir seu portal, no mesmo instante um vortex com as bordas arroxeadas apareceu, quando o redemoninho parou ele pode ver a sua tão amada Dominik.

— Alguem aqui aceita um passeio? — Charles olhou para os dois a sua frente e eles pareciam ter se esquecido de como se piscava. 

— E eu estava achando tudo isso uma grande mentira, não é que existe mesmo um outro planeta com vida? — Jason perguntou para si mesmo surpreso. 

— Charles, precisa ir a Zoar, o mago está lá, se tem algo de errado com a Janine ele vai saber, todos sabem que te atacar é o mesmo que separar as equipes e deixar a feiticeira dos portais vulneravel sem os guardiões. — Livia falou já com medo de que Charles entrasse em Dominik e nunca mais fosse visto novamente.

— calma, eu não irei fugir, eu irei sim atras do mago, mas antes vou tentar falar com Sophie, ela precisa saber que as fênix perderam o controle aqui na Terra, Nanai ficou de dar apoio para kakaou, e ele desapareceu, Dakota fez a mesma coisa, então falar com a lider é o mais sensato, mato meus maridos depois. — Charles olhou para jason. — Espero que tenha entendido, eu provavelmente não terei coragem de matar ele, mas eu quero bater muito naquele maldito lobisomem.

— Charles, eu pretendo te usar de isca, mas independente da surra que vai ou não dar nele, nós também queremos algo parecido, ele tinha pra onde voltar, papai estava pronto para transformar e contar a ele tudo sobre nossa especie, eu não entendo e jamais vou entender os motivos de Ethan. 

Olhando por aquele ângulo, agora nem mesmo charles entendia, ele pensou em milhares de coisas que pudessem fazer sentido em sua mente, e se lembrou do dia em que aceitou ficar com o hibrido, naquele dia Ethan reclamou de ser sempre o melhor amigo e segunda opção de todos, então provavelmente, sua depressão não era culpa de sua familia.

— A depressão dele não era culpá de vocês, e pensa comigo, ele não sabia que eram lobisomens, ele achava que eram humanos, como iria voltar pra casa? Tente acolher ele, a surra é toda minha... — Charles tinha um sorriso malandro nos labios ao falar.

Assim  que terminou se breve relato, Charles fechou o portal para Dominik, olhou para Livia que agora bebia um gole generoso de whisky.

— Eu vou a Zaor, mas não posso ir sozinho, preciso de outra fênix comigo ou alguém que abra portais, se eu conseguir que kakaou sugue um pouco da minha energia, ele pode pegar essa habilidade, mantenha a barreira até lá, e sugiro que se esconda, você sabe como. — Charles apontou para o anel prateado que a feiticeira usava, depois tirou de dentro da camisa um cordão com o mesmo anel sendo usado como pingente. — Nem Janine, nem Kaius e muito menos o mago Logan podem com isso. 

Livia sorriu um pouco sem graça, ter alguém naquele lugar, que sabia de todos os seus truques era realmente um tanto inusitado.

— Antes eram capas, as coisas tem evoluído para nós. — Falou animada e um tanto sem graça. 

Jason e Charles sairam da casa da mulher e Jason notou o comportamento totalmente diferente do homem que tinha conhecido no dia anterior, antes as lagrimas faziam moradia em seus olhos, agora davam espaço a um sorriso, seus olhos, azuis celeste pareciam brilhar, e isso não era nenhum exagero de Jason, Charles estava realmente muito feliz.

Seguiram novamente para a mansão e agora Jason mostrava pra Charles aonde ele dormiria nos proximos dias, o quarto ficava no final do corredor, uma cama de casal, o azul claro predominava no quarto, as paredes brancas com detalhes em preto, davam um ar de seriedade ao espaço, na cama um edredom azul claro, os lençóis e travesseiros eram brancos.

— Vai demorar pra se acostumar, mas costumamos ser super hospitaleiros. — Jason comentou abrindo as portas do armario. — E não se preocupe com roupas, sempre deixamos algumas no armario.

— Jason, não quero ser rude, mas você esta sendo gentil demais. — Charles comentou desconfiado.

— Sim, eu talvez esteja sim, entenda que você é a única coisa que liga a gente ao nosso irmão, de acordo com o que você me falou... — Jason foi até a janela e abrindo-a. — Ele não tem culpa de nada, mas não vamos te impedir de dar uma lição nele.

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