Capítulo 6

Uma semana se passou porem a raiva pela vergonha que Christopher a fez passar continuava a mesma no dia da discussão deles, Dulce jurou que iria se vingar só estava aguardando a oportunidade certa para isso.

Dulce estava em seu quarto com Maite faltando apenas 20 minutos para iniciar a aula, Dulce tentava convencer May a soltar os cabelos e passar um pouco de maquiagem.

–  Como você quer que o Christian te note se fica parecendo uma defunta May – disse Dul já de saco cheio.

– Eu não quero que ele me note Dul – disse May a encarando.

– E quer perde-lo?

– Como assim perde-lo? Não se pode perde o que você não tem! – disse May.

– May – Dulce passou suas mãos pelo seu rosto – tudo bem você esta certa, mas amiga, você iria ficar divina, só uma maquiagem de leve May, confia em mim? – Dulce fez aquela cara de pidona.

– Está bem! – disse May rindo enquanto revirava os olhos.

Dulce começou a maquiar May, nada que chamasse muita atenção, Dul usou somente um pó compacto de leve somente para tirar o brilho do rosto de May, passou um blosh em um tom de rosa bem levinho, um lápis de olho, um rímel e um gloss bem clarinho quase transparente, mas em May todo aquele básico se tornara surpreendente, por fim May soltou seus cabelos.

– UAL – disse Dul dando um leve sorriso ao ver como May havia ficado – se o Christian não te notar agora ele só pode estar cego – ela deu uma risada.

– Para de bobeira – May corou.

– Não, não paro e quero ver a cara da Fuzz quando te ver assim maravilhosa, ela vai se corroer – disse Dulce com um sorriso triunfante.

– Eu quero problemas com a Fuzz Dulce – disse May já abaixando a cabeça.

– Eu não consigo intender! Como você pode ser tão boba Maite! Por que deixa essa garota ridícula, horrorosa pisar em você? E não me deixa te defender dela!

– Dulce é muito complicado... – Disse May se sentando na cama e Dulce se sentou ao lado dela. – ano passado eu e a Fuzz dividíamos o mesmo quarto, nunca nos demos bem desde pequena, mas eu sempre a encarei – disse May olhando para Dulce que escutava atentamente – mas um dia ela aproveitou que eu não estava e pegou meu diário – May desviou o olhar de Dulce e encarou o chão. – ela leu muitas coisas que havia nele, entre elas ela leu o que eu sentia pelo Christian, eu descrevia com clareza tudo que sentia, e ela usou isso contra mim e usa ate hoje, ela ameaça a me ridicularizar na frente de todos se eu ficar contra ela em algo, por isso não me defendo e nem deixo que ninguém me defenda, Dulce o que você fizer contra ela vai cair contra mim! Então te imploro que não entre no caminho dela. – Dulce estava pasma com tudo que acabará de escutar.

– Mas aquela loira de quinta é pior do que eu imaginava! AII QUE ÓDIO! Eu poderia mata-la – disse Dul respirando fundo. – mas se é para proteger uma amiga eu fico de bico calado, agora vamos – disse Dulce a puxando.

-/-

A grande maioria dos alunos do 5 ano estavam dentro da sala, tinham vários grupinhos conversando, em um desses grupos estavam Poncho sentado na sua cadeira e Fuzz sentada em seu colo, ao seu lado estava Raquel sentada na mesa encostada na parede, e na mesa da frente estava Ucker sentado na cadeira e Belinda na mesa porem ucker a abraçava pela cintura.

– O que deu naqueles dois para estarem afastados? – perguntou Belinda olhando para trás e avistando Annie e Christian dividindo uma cadeira enquanto conversavam no outro lado da sala.

– Annie chamou o Christian para conversar – disse Raquel olhando também para eles assim como todos.

– O que será que deu nela? Ela anda estranha nessa ultima semana – comentou Belinda.

– Ela deve está naqueles dias, coisas de mulheres – disse Poncho.

– Não! Eu acho que não – Comentou Fuzz voltando a olhar para eles.

– Não deve ter sido nada – disse Ucker sorrindo.

-/-

No outro canto da sala Christian e Annie conversavam.

– Eu te intendo Annie, mas olha se você acha que elas estão agindo na falsidade por que continua falando com elas? – disse Christian fazendo carinho nas mãos de Annie.

– Eu não sei – disse revirando os olhos – talvez o medo de ficar sozinha!

– Anahí Portilla com medo de ficar sozinha? – ele de uma risada.

– Não ri seu bobo – ela fez bico.

– Desculpa, mas foi engraçado.

-/-

Todos estavam conversando distraídos quando Dulce e Maite entram na sala, no mesmo instantes os olhos de todos vão para a bela morena que acabará de entrar, os olhos de muitos estavam arregalados, ninguém acreditará no que estava vendo, ao perceber o olhares May abaixou a cabeça e se sentou em seu lugar totalmente corada, o Professor entrou na sala para poder dar aula de Matemática e quando ele viu a bela morena transformada ele comentou.

– Maite? – ele deu um sorriso – adorei o novo visual, só realçou mas a beleza que você já tinha. – disse o professor fazendo May morrer de vergonha – agora continuando com a aula, vou corrigir a matéria da aula passada – disse se virando para o quadro e começando a escrever.

Maite realmente estava fazendo sucesso os meninos de sua sala a olhavam incrédulos, e o olhar da maioria das meninas era de inveja, principalmente da azeda da Fuzz,  entre o intervalo de uma aula e outra o Poncho do outro lado a sala gritou.

– Que isso em Maite arrasou esta gatona – todos começaram a assoviar para Maite deixando ela ainda mas corada do que já estava e Dulce somente sorria.

– Eu não acho que mudou em nada – comentou Fuzz lançando um olhar mortal para May.

– Isso tudo é inveja? – disse Dulce em um tom debochado.

– Dul, você prometeu – disse May a olhando o que fez Fuzz tomar ainda mas coragem.

– Prometeu? Prometeu o que priminha?

– Nada Fuzz – disse May em um tom inferior ao de Fuzz, Dul queria muito não ter prometido nada a May, porem como tinha prometido ela não poderia descumprir sua palavra.

– Engraçado – disse em meio a um suspiro debochado – qual será o motivo dessa mudança toda? Será que tem haver com algum menino? – perguntou como se não soubesse de nada. – não por que para você mudar assim? Será que você achou que assim alguém poderia te notar? – Dulce se revirava na cadeira, ela queria acabar com aquela loira de quinta, mas ela não podia fazer nada, mas a paciência dela estava chegando ao fim.

– Deixa de ser mal amada! – disse Annie se levantando fazendo todos arregalarem os olhos incluindo Fuzz – isso tudo é por que você sabe que você nunca vai chegar ao pés dela? Não por que em questão de beleza a Maite te ganha fácil e nem precisa dessa maquiagem ou de soltar os cabelos, ela não precisa de um quilo de maquiagem como certas pessoas para ficar bonita, olha pra ela, – disse apontando para May – por trás daquela maquiagem tem um rosto angelical, uma beleza simples porem maravilhosa – Dulce e nem May conseguiam acreditar no que Annie estava fazendo. – agora! Se for no requisito falsidade você está a mil anos a frente dela – disse Annie cruzando os braços.

– Uiii – foi caso um coro dentro da sala.

–  Annie, o que deu em você por que esta falando assim comigo? – disse Fuzz totalmente sem jeito.

– Por que eu estou cansada de você, das suas amigas – disse apontando para Belinda e Raquel – estou cheia da falsidade de vocês, e acho ridículo você tentar humilhar a Maite desse jeito... – Fuzz a interrompeu.

– Você nem a conhece!

– E não preciso conhecer para saber que ela é melhor que você! – nisso o professor entra na sala e coloca todos para sentar, antes de Fuzz se sentar ela olha para May e diz.

– Você me paga! Eu ainda tenho um trunfo – ela se sentou e o professor não intendeu nada porem relevou.

A aula começou porem a raiva da Fuzz não passava, ela tinha que se vingar, ela não podia sair ridicularizada naquele situação, ela precisava tirar o fogo de cima dela ate que ela teve uma brilhante ideia.

– Professor, professor! – disse ela levantando sua mão.

– Pode falar senhorita! – disse o professor a olhando.

– Bom...é  aula de literatura, e...estamos trabalhando...textos – ele a interrompeu.

– Seja direta por favor.

– É que eu tenho um texto, queria apresentar para os meus colegas – disse Fuzz em um tom inofensiva

– Claro – o professor abriu um sorriso enorme – pode mostrar, isso é muito bom senhorita, ver a sua dedicação – ela por sua vez abriu sua mochila e de dentro dela pegou um papel que estava bem dobradinho, se levantou e foi para frente da turma.

 –  Bom começa assim – ela lançou um olhar para May triunfante e começou –  Hoje acordei sem querer pensar em nada, porém isso se torna difícil quando se tem alguém que não sai de sua cabeça, todas as vezes que fecho meus olhos vejo seu retrato gravado em minha mente, seu rosto de menino, seus olhos que mas parecem dois abismos aonde quero me jogar, – May escutava tudo atentamente, seus olhos já estavam cheios de agua – seu sorriso me encanta e me faz esquecer de respirar, sei que jamais terei seus lábios juntos aos meus, mas fantasio isso toda manhã ao acordar, sei que não tenho nem mesmo esse direito – uma lagrima rolou nos olhos de May. – cada letra do seu nome me provoca um arrepio, Christian! – todos arregalaram os olhos incluindo o professor, May fechou seus olhos como se aquela fosse a facada final, e Dul passou a intender tudo. – ah se você soubesse do quanto eu te amo, de como eu me sinto tremula quando estou perto de você... – Dulce interrompeu Fuzz.

– VAMOS PARA  COM ISSO AGORA! – disse se levantando e batendo na mesa fazendo todos a encararem.

– Senhorita, o que significa isso? – perguntou o Professor se levantando. – sente-se ou a mandarei para a direção!

– Eu não estou nem ai se vai me m****r para a direção, mas essa azeda não vai continuar lendo isso! – disse Dulce bufando de raiva.

– Por um acaso o texto é seu?  - perguntou o professor seriamente.

– Não... mas – ela a interrompeu.

– Mas nada, ou a senhorita senta e deixa a aluna terminar ou você vai direto para a sala do diretor e levara 2 suspensões!  - Dulce se sentou irritada. – pode continuar senhorita.

– Com muito prazer – deu um sorriso debochado. –  aonde eu parei... ah, aqui! – disse segurando o papel com duas mãos. –  Christian eu te amo mesmo que jamais saiba, eu te amo como jamais amei e jamais amarei alguém, mesmo que seja em segredo te amarei... – ela dobrou o papel – UMA SALVA DE PALMAS PARA A NOSSA AUTORA, DESSA DECLARAÇÃO DE AMOR, MAITE PERRONI – ela começou a  bater palmas, Maite fechou seus olhos e deixou uma lagrima rolar sua respiração estava funda, aquilo para Mai havia sido como uma facada no peito, a dor era imensa e ela já não conseguia respirar,  somente Fuzz, Raquel e Belinda e alguns idiotas bateram palmas, a  maioria olhava  para May que estava pálida, ninguém tinha reação no momento, o professor começara a se arrepender de ter permitido que a aluna lê-se aquele papel, porem já era muito tarde, Dul passou sua mão pelo rosto se levantou e pegou na mão de May e disse.

– Vem amiga, vamos sair daqui – Maite não disse absolutamente nada, somente se levantou, deu dois passos e caiu desmaiada no chão.

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