Capítulo 3

Com um poder de fogo muito superior, Alessandro viu seus homens serem facilmente abatidos por Greco e companhia. Ele não esperava que o desgraçado em pessoa pudesse surgir como o próprio Cavaleiro Do Apocalipse, abrindo fogo contra tudo e todos.

O italiano tem culhões, Alessandro reconheceu. A BMW blindada de Matteo não resistiria por muito mais tempo. Alessandro colocou as duas mãos no volante ao ver Greco se aproximar. Com o cabo do rifler ele bateu no vidro da Lamborghini.

- Sai do carro!

Sabendo que não seria alvejado, Alessandro deu marcha ré, um giro completo de 360º graus e fugiu. Paris olhou para Greco.

- Ele está sozinho. Será uma presa fácil.

Greco observava a Lamborghini voar em direção a autoestrada. Ele respirou fundo.

- Hoje não. Eu não quero iniciar uma guerra. Nós viemos resgatar Lucca, e com sorte, matar Matteo.

Paris desdenhou.

- A guerra já começou.

Matteo em um gesto desesperado, quando viu que seus seguranças tinham sido facilmente rendidos pela horda de monstros que trabalham para Greco, passou o braço em volta do pescoço de Anna e colocou a arma na cabeça da garota.

- Eu juro que mato ela, seus adoradores de puta!

Do lado de fora da Mercedes, Lucca avaliou a situação. Ele ganhou um olhar de reprovação de Greco.

- É sério isso, Lucca? Tudo por causa de uma boceta?

- Eu...

- Você descumpriu uma ordem direta.

- Eu vim atrás do Matteo! - O assassino estava irritado. Os olhos fixos na garota amedrontada. - É o meu trabalho matar ele!

Greco olhou para os três seguranças rendidos, e os seis corpos dos homens de Alessandro.

- Olhe bem para a merda que você fez, Lucca. Agora termine com isso.

Matteo tinha os olhos fixos no único homem encapuzado. Era ele, o Príncipe Da Morte. Demonstrando uma coragem que estava longe de sentir, Anna cravou os dentes no braço gordo de Matteo. Um grito. Um tiro.

Anna fechou os olhos ao sentir o corpo de Matteo cair por cima dela no banco de trás da BMW. Ela foi arrancada para fora e sentiu braços fortes a envolverem pela cintura.

Atordoada, ela abriu os olhos e a primeira coisa que viu, foi um par de olhos azuis brilhantes a olhando através de um capuz preto. Anna engoliu em seco, seu corpo colado a uma estrutura poderosa de músculos. "Estava sendo sequestrada pelos inimigos de Alessandro?"

Uma joelhada certeira no meio das pernas, e Lucca foi a nocaute. Greco franziu a testa enquanto a garota negra disparava em direção ao píer. Os homens riam divertidos. O Príncipe Da Morte abatido por uma pirralha.

Exasperado, Greco deu a ordem.

- Pegue a garota, Paris.

- É para já, chefe.

Anna só parou de correr quando foi agarrada por trás e erguida no ar como uma folha ao vento. Ela se debateu.

- Me solta!

Paris riu. Com facilidade ele jogou Anna nas costas.

- Não é de mim que você tem que ter medo. É daquele cara ali. Você destruiu a reputação dele.

Anna olhou para o homem no chão. Ele se contorcia de dor enquanto era colocado de pé. Seus olhares se cruzaram. O capuz preto foi retirado abruptamente. Anna ficou imóvel. Os olhos do assassino de Matteo, faiscavam de puro ódio. Seu rosto bonito estava contorcido em uma careta de dor.

Greco se aproximou, e com um sinal, mandou Paris colocar a garota no chão. Alvo de olhares curiosos, Anna ajeitou o vestido preto. Mal tampava as suas pernas torneadas. Adivinhando os seus pensamentos, o que parecia ser o chefe, se apresentou.

- Eu sou o Greco, ele é Paris, e esse aqui é o Lucca, o responsável por toda essa merda. Os outros homens armados trabalham para mim. Ninguém vai te machucar. Eu vou perguntar uma vez só. Quem é você? Qual a sua ligação com Alessandro?

Não era hora para bancar a idiota, Anna pensou.

- Eu me chamo Anna Garcia. Sou uma das garotas do Alessandro.

- Não é mais! - Lucca rosnou chamando a atenção de todos. Com um safanão ele puxou Anna. Ela bateu contra o seu peito largo e musculoso, chegando a ficar desnorteada. - Vamos embora.

Greco e Paris trocaram um olhar de preocupação. Empurrando Anna em direção ao carro, Lucca ouviu as primeiras sirenes. Os mafiosos deixaram as docas, e para trás um rastro de sangue e morte.

Alessandro tremia ligeiramente as mãos enquanto se servia de uma dose generosa de vodka Orloff. Ele desabou no sofá de couro preto da sala da sua sintuosa mansão em Taormina, uma pequena vila que surge nas encostas da montanha e apresenta uma vista exuberante para o mar Mediterrâneo.

Carter Verone estava fora da cidade a trabalho e tinha perdido toda a diversão. Embora, Alessandro estivesse a beira de um ataque de nervos. Verone não se atreveu a falar. Pacientemente, ele esperou.

Alessandro secou o copo com um gole e o estendeu, em um sinal claro que queria outra dose. Verone pegou a garrafa e serviu o chefe.

- Eu fui atacado no meu território, Verone. Eu diria que isso é muito grave.

- Tecnicamente, Greco domina toda a Sicília. Só na segurança pessoal dele, tem no mínimo dez homens. E a cada esquina, um integrante da Família Romano.

Pensativo, Alessandro fechou os olhos e massageou a testa. Aquela altura, Matteo já estava morto e com ele, a remessa de novas prostitutas. Não é um processo tão simples quanto parece conseguir garotas de programa. Envolve todo um processo seletivo, longo e demorado.

Alessandro tambolirou o dedo no copo de vidro. Ele encarou Verone.

- Eu usei a Anna. Eu queria pegar o Príncipe Da Morte. Você acha que Greco a matou?

O segurança sorriu de forma inocente.

- Você mesmo pode responder essa pergunta, Alessandro. É duro admitir, mas Greco Romano não é como nós. E é isso que faz dele um mártir. Os corpos nas docas? - Verone suspirou. - A polícia vai fazer vista grossa como sempre. Para eles é mais conveniente ter Greco como aliado.

- Às vezes eu me pergunto de que lado você está, Verone.

O segurança alto, musculoso, de pele clara, cabelos castanhos, olhos azuis e tatuagens por todo o corpo, não se ofendeu.

- Você perdeu muitos homens hoje, Matteo está morto, Anna em poder do Greco e o Príncipe Da Morte é intocável.

Alessandro riu e abriu os braços.

- Agora eu devo ser grato por meu inimigo ter demonstrado misericórdia e ter me deixado viver?

- Não foi um sinal de fraqueza da parte do Greco. Talvez tenha sido pelos velhos tempos, quando vocês...

Por reflexo, Verone desviou do copo de vidro jogado em sua direção. Ele tinha tocado no ponto fraco de Alessandro. Era a única forma do chefe deixar as coisas se acalmarem. Lembrar doía. O copo espatifou no piso de madeira.

- Foi um longo dia, chefe. Toma um banho, relaxa, eu vou m****r Antonella preparar alguma coisa para você comer.

Abatido, Alessandro não reclamou quando foi conduzido para o quarto.

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