CAPÍTULO 4

Eu não tenho tempo para joguinhos

Me diga o que você gosta, mas isso nunca vai mudar

Então você faz o que você quiser fazer…

Suas palavras estão mortas

Loiras baratas são chatas

Então eu faço minhas coisas

E continuo ignorando"

— Home with you, Madison Bear

DENTRO DA VAN, nós terminamos de nos arrumar para nossa primeira missão em Florença para a máfia Bennaci.

— O que acharam dessa peruca loira gema de ovo? - aponto pra minha cabeça, a peruca loira e lisa vai até abaixo de meus seios.

— Horrível. você está horrível sempre, tem que ser disfarçada. - Sapo diz quando se vira para me olhar, meu sorriso desmancha para uma careta.

—Cala boca. - Suzy bate na cabeça dele, voltando a mim. — Muito falsa, não combina com seu tom de pele.

Arranco a peruca, sentindo meus cabelos naturais se agitarem, devem estar todos para cima.

— E essa ruiva água de salsicha? - coloco outra e faço uma pose com a mão na cintura, meio inclinada.

— Usa essa. - Klaus pega uma azul da mala de disfarce, vai até abaixo das orelhas e é um azul Royal quase brilhante. Eu gostei. — Jovem alternativa.

—Chama muita atenção. - Sapo diz como se fosse óbvio.

—  Vamos prender sua franja. - Suzy pega um grampo.

— Não importa se chamar atenção, só não pode parecer ela. - Klaus bate na cabeça de Lorenzo. Devia socar a cara dele, não nos falamos direito desde ontem a noite, quando eu saí do quarto dele.

_ Usa essa. - Ele me entrega uma peruca preta e curta. - Com essas lentes castanhas. Vai ter deixar boni... - Ele para no meio da palavra, me fazendo arquear a sobrancelha á espera da conclusão. — Menos estranha do que já é.

— Deixa eu te deixar menos estranho do que você é...- levanto as mangas e dou passos duros até ele, mas antes de avançar, Klaus me agarra e me puxa para trás.

— Vamos parar, vocês vão em uma missão muito importante. Talvez a Yakusa esteja querendo a Itália. - Suzy sendo a mais nova e racional no momento, nos repreende.

Klaus ri nasalmente antes de dizer: 

— Vai ser bom mostrar pra eles que não vão conseguir.

— Não se Lorenzo e Stella se matarem.

— Posso dar ela em oferta de paz para eles. - Sugere, ele.

— Eu ia adorar...- semi cerro os olhos pensativa. Asiáticos são gatinhos, pelo menos os que eu já vi e fiquei.

— Cala boca. - Klaus bate na minha cabeça por trás, me fazendo murmurar um "au" enquanto massageio a área, dratamaticamente.

— Quem sabe ela não toma jeito de gente? Ouvir dizer que o continente asiático é trinta vezes pior que a Rússia. Ao invés de tatuagens, eles cortam um dedo

— Então vocês dois vão ser o casal mais apaixonado para não corremos o risco

— Nós o que?! - solto a peruca, olhando para Suzy.

— Vocês vão ser um casal. - Klaus, repete a frase dela.

— De onde tiraram isso? - Questiono.

— Somos em quatro, e se não for com ele, vai ser comigo...- Klaus move a sobrancelha de maneira sugestiva, me fazendo entrar na mesma linha de raciocínio que ele. — Não quero fingir que vou ir transar com a minha irmã.

Faço uma careta de nojo, bufando.

— Droga! Eu posso entrar sozinha.

— E vão pensar que você vai reservar um quarto pra fazer sozinha?

— Masturbação feminina tem que deixar de ser tabu...- Encolho os ombros e Klaus balança a cabeça.

— Não em um motel. Ninguém faria isso. - Rebate. É, acho que ele tem razão. Não acho que mulheres ou homens pagam um quarto de motel para ficarem na mão... literalmente.

—Acho melhor trocar pela peruca loira, raciocínio está lento.

— Olha a piadinha com as loiras. - Suzy fala em tom de alerta para o sapo. —Vamos logo.- Ela começa a prender minha franja e arrumar a peruca antes de eu, com muita dificuldade, dor, lágrimas e gritos, colocar a lente de contato. Eu não sou habilidosa com coisas pequenas.

— Se estragarem o plano, eu mato vocês.

faço uma careta de descrédito para Klaus. — Quem é você, Klaus?

— Uma pessoa muito afim de cortar as asas dos intrusos, e não vou deixar vocês estragarem.

—Nossa, como ele mete medo. - Sapo balança os braços trêmulos no ar em deboche. Eu não vou rir...

— Então parece que agora nos amamos, sapo. - Envolvo meu braço no dele com um sorriso forçado enquanto saíamos do lado de trás da van.

— Só não usa perfume, o enxofre vai me fazer desmaiar.

— Se você não desmaia com seu cheiro, nada mais te derruba. -  Continuo andando de braços dados com ele.

— Mesmo eu estando de castigo, papai me deixou participar da missão como treinamento. Instalamos cameras e microfones no quarto que o segurança sempre pede. - Suzy explica, andando atrás com Klaus.

— E pelo que parece, ele é bem vulnerável ao charme feminino. A mulher arranca muita informação do idiota na conversa pós sexo. - O mesmo completa.

— Eu não posso julgá-lo. - Lorenzo diz depois de ficar um segundo pensando, o que é um milagre.

— Vai dizer que solta a língua para as mulheres que transa? - Klaus arqueia a sobrancelha.

— Não, mas recentemente mudei minha política para uma.

— Quem? - Suzy, pergunta.

— Sonia...

— Feia. - sussuro, me afastando bruscamente dele.

— Péssima escolha. -  Klaus diz sensato, tendo a mesma opinião que eu.

— Não sabia que confiava tanto na Sônia.

— Talvez eu esteja começando a confiar.

— Espero que ela crave uma faca no seu pescoço por isso. Nunca vi a face de alguém tão pouco confiável. - Klaus não fala em tom de piada, agora ao seu lado, vejo que sua expressão está fechada e compenetrada.

— eles se merecem. - Sussuro, vendo Lorenzo passar na minha frente.

—  Ow! - Suzy estala os dedos para ele. —.Volta. namorados, lembra?

— Deus...sou eu de novo...- Falo olhando para o céu enquanto caminho até Lorenzo.

— Ele não costuma escutar pessoas como nós. Vão logo. - Klaus resmunga para mim. Não acho que seja verdade, em algum lugar diz que Deus ouve todo mundo. Até mafiosos como nós.

Do lado de Lorenzo, ele envolve os braços na minha cintura para atravessarmos a rua em direção entrada do motel.

Na recepção, uma mulher bonita e maquiada está sentada atrás do balcão mascando um Chiclete em um barulho repetitivo.

— Boa noite, em que posso ajudar?

— O quarto 509. - Ele responde sem Olha-la enquanto eu deixo um sorriso simpático paralisado no meu rosto até minhas bochechas começarem a doer.

— É... tem mais alguém no andar do corredor 509? Somos meios escandalosos então espero que eles não se importem, mas nós não nós importamos...- Ergo a mã no ar,  dando uma risadinha baixa.

— Sim, na verdade, tem um casal no 508.. Eu posso trocar vocês de andar, se quiserem.

— Não, adoramos plateia. - Ele responde ela antes de me prensar no balcão e me beijar ferozmente. Um beijo demorado de tirar o fôlego de qualquer um, eu retribuo na mesma intensidade, sem parar de pensar que ela deve estar vendo isso e pensando os quanto somos desnecessários, mas isso é um motel e com certeza não é a coisa mais intensa que ela já viu.

—Vou pegar a chave...- Ouço a voz dela se afastar no meio da frase junto ao barulho dos saltos.

Quando ele se vira, eu coloco a língua pra fora em sinal de nojo ao separar o beijo. Ela volta a nós, e novamente a dou sorriso enorme e repentino, acho que enorme demais...ela está assustada?

Ela dá o cartão na mão dele antes de dizer que é no terceiro quarto andar.

— Vamos lá....- Ando de braços dados com ele até dentro do elevador, onde nos afastamos.

— Por que saiu do quarto daquele jeito? - Pergunta sem me olhar.

—  Por nada. - continuo olhando para frente.

— Serio?

— Não. - viro de vez pra ele. — Por que não disse todos os motivos pelos quais eu sou melhor que a oxigenada?

— Ainda a Sonia Stella? Meu deus por que não pode esquecer ela?

— Por que você não pode esquecer ela?

— Me dê um bom motivo, e eu a esqueço.

Aponto o dedo para ele e faço menção de falar mas o elevador abre.

— É o nosso andar. - Falo saindo na frente, pisando duro.

Dentro do quarto, eu bato a porta na cara dele quando ela está prestes a ultrapassar a porta.

— Dá para ser profissional? caralho. - ele dá dois tapas fortes na porta, me fazendo abrir.

— Entra antes que eu bata seu dedo na porta.

Ele abre a bolsa do netbook na cama, ligando o mesmo enquanto tudo que eu faço é encostar a orelha na parede, ouvindo gemidos. Parecem verdadeiros, porque as mulheres fingem muito mas eu sei reconhecer um genuíno gemido de prazer. Ele transa bem...

— Paredes finas demais pra um motel. - comento, tirando a orelha da parede.

—Temos que esperar o sexo acabar. - organiza os equipamentos de áudio.

— Espero que ele seja precoce igual você. - rio levemente ao provocar.

— Quando a transa é ruim eu dou um jeito de acabar logo. - Ele cospe com raiva, não é o tom que ele costuma usar quando trocamos alfinetadas, isso desmancha meu sorriso na mesma hora. Alguém aqui não está levando as coisas na esportiva...

— Ninguém nunca reclamou, talvez o problema seja você. - Respondo mais rispida, eu fiquei bem ofendida e não pelo que disse mas pelo tom que usou.

— Quem manda transar com os seguranças da casa, eles não tem a coragem de falar a verdade.

— Como sabe disso? - Franzo o cenho.

— Certifique-se com quem transa. o seu brinquedinho estava falando o que fez e o que não fez com você. Cuidado para o seu papai não saber quem é de verdade. - Mais raiva e rancor em seu tom. O que ele tem?

— Já que sabe o que ele fez, devia pegar de exemplo.

— Não me esforço com quem não vale a pena. - Eleva a voz.

Olho para ele e não digo nada. O silêncio desconfortável perdura por segundos enquanto seus olhos encaram os meus. Será que ele notou o quanto isso me magoou?

— Estou com raiva de você. sua louca... Não consegue deixar a Sonia de fora, Porra. .

— Tudo bem. Ela não precisa ficar de fora, eu já estou.

—  Está vendo? Está tão bom, me deixe só pra ela.

— Okay. - Concordo com a cabeça.

— Ótimo.

— Faz isso sozinho. - Gesticulo para os equipamentos antes de sair do quarto segurando uma lágrima.

No meio do caminho do corredor, me sinto puxada e prensada na parede em alguns segundos. — Seja profissional, Salvatore. - Sussura em meu ouvido, eu sinto sua ereção contra minha barriga.

— Não é a minha máfia. - Dou uma joelhada no meio das suas pernas com gosto, fazendo ele se encolher depois de recuar alguns passos. Seu rosto toma um rubor intenso pela dor.

— Então vá embora e explique as nossos pais porque se recusou. - Balbucia com dificuldade as palavras pela dor.

— Vou dizer que cansei de ficar na sombra do meu irmão e voltar pra Sicilia da onde eu não deveria ter saído. - falo brava. — E você pode ficar com a Sônia, se merecem. - Empurro seu corpo curvado para o chão, o derrubando de vez contra o piso e o olho de cima.— Fique onde você merece estar.

Dou as costas a ele, caído no chão enquanto marcho até o elevador. Eu quero ir embora, não quero ver ele nunca mais! Idiota!

— Stella? - Suzy aparece bem na minha frente quando estou prestes a apertar o botão pra chamar o elevador.

—Oi.

—O que faz aqui? Você e o Lorenzo brigaram de novo?

— Não. Eu vou embora. - Inclino o corpo, apertando o botão para chamar o elevador, pelo que vejo, está no último andar. Ótimo!

— Embora? - Klaus surge tão do nada Quanto Suzy.

— Vou voltar para Sicilia.

— Sem mim? - arqueia a sobrancelha sem entender. Minha missão aqui é passar as férias de sempre e levá-lo de volta a tempo para Sicilia, mas eu não vou cumprir essa missão dessa vez.

— É, sem você. Você pode ir sozinho quando resolver...- olho de esguelha para Suzy. — Eu cansei e vou embora.  Boa sorte pra vocês.

— Stella, precisamos de você. - Ela diz mansa.

— Coloquem a Sônia no meu lugar. - sorrio raivosa.

— A Sônia?

— Ela não é sua melhor amiga?!

— Stella, eu amo ela e você de maneiras diferentes.

— Eu vou mesmo assim.  - me afasto de seu abraço.

— Stella...- Klaus puxa meu pulso bruscamente para trás quando o sinal do elevador toca por ele ter chegado e as portas se abrem.

— Eu vou embora porque eu tenho uma vida também! Cansei de viver na sua sombra! Você tem o que fazer aqui...eu não tenho. Então me deixa. - Elevo o tom enquanto entro, todos fazem o mesmo depois de mim, inclusive ele.

— Que vá e não volte. E o traidor existe, ja temos as provas - Ele aperta o botão do térreo.

— O que disse pra minha irmã?! - Suas costas batem contra a parede do elevador quando Klaus o empurra, segurando seu colarinho.

— O que ouviu! -  O empurra, arrumando a camisa. Minha mão se estende, puxando delicadamente o pulso de Klaus e com um olhar ele entende meu pedido, e concorda, me dando um abraço de lado.

— O que aconteceu entre vocês? -  Suzy, Questiona.

— Nada. Eu só estou cansada dele e vou pra minha casa.

— Vocês vão ficar longe um e do outro, assim evitam confusão e Stella pode cumprir a missao de levar o irmão para casa.

— Eu vou. Klaus, fica.

— Depois conversamos sobre isso. - Ele me olha sério.

—Tanto faz  se agora ou depois, eu não olho na cara dessa ai. - O idiota diz antes de me olhar com desprezo e dar as costas, saindo do elevador.

Ele me humilha e me rebaixa e acha que pode ficar com raiva de mim?!

[...]

Entro no primeiro táxi que aparece na rua, batendo a porta com força demais e o taxista me olha como se dissesse "não tem geladeira em casa, não?!".

Falo o endereço para ele, cruzando os braços ao deitar a cabeça no banco traseiro.

Flashback on

Não me esforço com quem não vale a pena.

Flashback off.

Idiota. Isso que dá deitar na cama do inimigo, eu já devia imaginar que seria assim. Nenhum cara que eu  transei na vida me menosprezou depois. Burra! Burra! Burra!

Pesco o celular do meu bolso, discando rapidamente o número de Gabriel. Não demora para que ele atenda.

Como está? - Pergunta do outro lado, eu sei que ele está sorrindo de lado.

— Com raiva. Triste.

Por que? Está em Florença ainda, não é?

— Sim, mas vou voltar amanhã para Sicilia e não vou sair.

O que rolou? O Bennaci de novo? A guerra infinita de vocês te tirou do sério? - Ri nasalmente.

—  Eu odeio ele! Mais do que antes. Eu transei com ele e...- Olho para o retrovisor, vendo o taxista ajustar o mesmo, me vendo pelo reflexo do mesmo. Intrometido! — E ele me desprezou, disse que eu não valho a pena e que foi ruim.

Aquele otário disse isso?

Disse.

Não devia ter transado com ele. Quer que eu mate ele?

Quero, mas não precisa, eu vou embora.

Você é a melhor transa que já tive na vida. Àquele verme não sabe ter uma mulher de verdade, está acostumado com o nível dele.

A oxigenada.

Quem é oxigenada?

—  A nojenta pela qual ele me rebaixou. Ela é tão chata e... antipática.

É isso que ele merece. Sabia que esse Bennaci era um babaca mas não sabia que conseguia ser tanto. Que tipo de homem faz isso?

O tipo dele. Eu vou lavar a minha...- olho para o retrovisor na minha frente. — A minha parte que você sabe qual é, com água sanitária pra tirar qualquer vestígio de que o...a parte nojenta dele passou por lá.

Só não vai ficar se questionando por causa daquele otário. Você é demais, Stella. Não deite na cama de quem não sabe te valorizar.

Obrigada por me lembrar disso, quando eu chegar na Sicilia, conversamos.

Até depois então.

Até...- Sorrio, desligando a chamada.

Levo um susto com a porta sendo aberta bruscamente e levo a mão ao peito ao me encolher na cama.

— Achei que era de policia, não precisa arrombar! - Falo para Klaus que balança a cabeça em negativo, parando na minha frente, ainda sentada na cama.

— Vai mesmo embora?

— Vou. Eu não quero ficar aqui, quero voltar para casa e vou continuar fazendo as missões de lá, sozinha. Até você voltar.

— Se as coisas continuarem assim com a Suzana, vai demorar. - Suspira, se sentando ao meu lado.

— Ela está com muita raiva de você pelo negócio do intercâmbio.

— É, mas eu estava sem escolha.

— Foi babaca.

— Foi necessário. Mas não estou aqui pra falar de mim. O que ele disse pra você? - Viro o rosto para encarar o meu, eu sei que ele está perguntando do Lorenzo.

— O de sempre. - Minto. — Já somos velhos demais pra isso, não é? Eu quero acabar com essa guerra cansativa que durou vinte e um anos e ficar em paz.

— Não acredito em você. Decidiu isso do nada? - me olha descrente. — Eu dividi o útero com você, você não me engana.

— Eu não quero falar sobre.

— Tudo bem. - assente suspirando e sua expressão fica ainda mais seria do que antes. — E aquele lance...está mesmo cansada de viver na minha sombra?

Sustento nosso olhar por um segundo, em silêncio. Não era totalmente verdade, mas também não totalmente mentira.

— Um pouco. Eu sei que você não quer a responsabilidade de ser Don porque tem medo de não ser como nosso pai, mas ele também não era tão bom no começo...teve que pedir pro Bennaci ajudar a salvar a pele dele, mas agora ele é ótimo. Você também pode ser.

— Talvez. E o que isso tem a ver com a gente?

— Você está sempre fugindo da sua responsabilidade e eu tenho sempre que estar atrás de você, não só porque nossos pais mandam mas porque a gente sempre esteve junto e mesmo que sejamos adultos...- Franzo o cenho. não tanto quanto deveríamos ser. —  Ainda não sei viver muito longe de você.- Suspiro. — E eu não quero fugir. você querer, me faz ter que ir junto.

— Temos uma dependência emocional. - Ele bufa enquanto eu concordo com a cabeça. — Deve ser normal por causa desse negócio de gêmeos. Não é fácil mas eu também não acho ruim, você é minha irmã e melhor amiga e eu gosto de ter você sempre por perto.

— E qual é a conclusão disso?

—  Que vamos estar sempre juntos porque foi assim que nascemos.

— Não somos siameses.

—  Quase. - ri. — Se quiser voltar pra Sicilia, dou um jeito de ir logo depois.

—  Isso quer dizer que você vai sequestrar a Suzy?- Ele desvia o olhar, e quem cala consente. — Isso está fora de questão.

— Então talvez eu não vá tão rápido.

— Vou te esperar. - Deito no ombro dele com um sorriso singelo, suspirando.

Leia este capítulo gratuitamente no aplicativo >

Capítulos relacionados

Último capítulo