Capítulo 1.2

_ Na verdade, este hotel me pertence. Por isso ninguém questionou nada a mim, mas até que você me fez pensar sobre isso e vou recomendar que cada pessoa que entre aqui, seja registrada, ainda que por poucas horas.

Ela ergueu a cabeça e olhou com cara de curiosa, entendendo agora porque entrara tão fácil no hotel. Parou e se afastou dele um pouco, olhando para cima e agora que estava de sandálias baixas, precisava se esticar mais para poder olhá-lo.

_ Não vou entrar no quarto com você - disse em tom um pouco áspero _ Agora menos ainda que sei que é o dono do hotel. Com certeza já estão comentando que logo chegou e já conseguiu uma transa brasileira. Poderia ter me dito antes que eu subisse com você, não gostei...

_ Shh... - ele colocou um dedo nos seus lábios, fazendo com que parasse de falar _ Não tive intenção de trazer você para cá para uma transa.

Mas bem poderia ser"

_ Eu apenas não percebi mesmo que estava vestido fora do normal para um local como este. Sempre estou indo de um lado para outro em muitas reuniões e encontros que já me viciei em me vestir assim. Apenas isso. Se achasse isso, teria feito o convite ontem mesmo ao nos conhecermos - disse e se aproximou de novo, colocando uma mão por trás de seu pescoço e puxando-a para si _ Mas isto eu tive vontade de fazer ontem e vou fazer agora - abaixou o rosto, em direção a boca dela. 

Os olhos azuis profundos dele estavam fixos nos seus e ela teve que ficar na ponta dos pés, apoiando as mãos no peito forte dele. Fechou os olhos quando sentiu os lábios dele tocarem os seus, a princípio devagar e suaves, depois, foram ficando mais fortes, exigindo que ela correspondesse a ele.

Sentiu que ia derreter com esse beijo.

Nunca fora beijada assim antes e adorou sentir a boca dele na sua, a língua provocativa passando por seu lábio inferior e depois buscando a língua dela, como se estivesse com fome. O homem definitivamente sabia beijar, estava nas nuvens com esse beijo e nem pensou em sair.

Entregou-se ao beijo e aproveitou o momento. Seria algo para recordar quando ele se fosse.

Aleck interrompeu o beijo devagar, abriu os olhos e viu que Lúcia estava com um quê de medo, nervosismo e prazer, tudo misturado.

Não a soltou, a puxou para mais perto e colocou a outra mão em sua cintura, os olhos penetrantes querendo guardar a fisionomia de seu rosto delicado, agora mais rosado ainda pela vergonha e surpresa do beijo inesperado.

Ele adorou o beijo dela. Foi curto para o que ele queria, mas foi muito bom. Os lábios dela eram macios e suaves e ela se entregou sem tentar recuar.

Ele gostou do modo dela, achou que era o "jeitinho brasileiro" de ser. Era delicada e feminina, gostava muito disso e já estava desistindo de achar uma mulher assim.

O elevador parou...

_ Podemos entrar? O sol não vai esperar que eu termine o que tenho em mente, para depois me trocar.

Ele sorriu para ela com um jeito que quase a fez desistir até de sair de novo, dava vontade de só ficar ao lado dele.

_ Sim, claro.

Ela baixou os olhos envergonhados e entrou quando ele abriu a porta para ela.

O quarto era lindo, muito bem decorado em tons bem fortes e tropicais com belos quadros nas paredes. Era chique, imponente e com certeza, muito maior que sua casa inteira.

Na verdade não era só um quarto e ela ficou maravilhada com o tamanho e quando foi até a varanda, admirou a paisagem muito bonita da praia.

_ Que linda! - ela exclamou.

_ Sim, muito linda mesmo.

Mas ele falou sobre ela e olhava seu corpo, inclinado sobre o peitoril da varanda. A micro-saia revelava um pouco de seu bumbum torneado e ele pensou em como seria bom fazer amor com esta mulher. 

"Será que ela é quente como o clima daqui" - ele se perguntou, já maliciando uma intimidade maior com ela.

_ Aleck, vá se trocar logo, o dia está lindo e nem sempre tenho tempo para me divertir.

_ Claro, já estou indo. Fique à vontade, eu volto logo.

Disse e saiu rápido indo se trocar, voltando logo depois. Agora vestia uma bermuda mais confortável, camiseta de malha azul forte, combinando com os olhos e um sapatênis, muito mais de acordo com o clima e o local onde estavam. 

Estava ainda mais sexy agora, pois podia ver os músculos dos braços, as pernas fortes e com um estilo mais relaxado, ele parecia ainda mais bonito.

Lúcia pensou no beijo e queria mais, só não podia esperar que seria isso mesmo que ele faria.

Tão rápido como um gato, Aleck se aproximou dela de novo e segurou seu rosto entre suas mãos grandes e fortes, puxando para cima e bem perto de sua boca, falou algo em russo que ela não entendeu, é óbvio.

Mas o som era bonito e ela fechou os olhos de novo, esperando o beijo que viria. Mas ele beijou seus olhos e disse baixinho: "ty prekrasna .

Depois beijou sua testa, seu queixo e antes de beijar sua boca de novo, repetiu: "ty prekrasna".

Ela não entendia, mas gostava. A boca dele cobriu a dela e foi mais suave que da primeira vez, mas ainda assim, exigente. 

O beijo durou mais e ela se deixou levar como da primeira vez. Estava sonhando, ela pensava, enquanto levava os braços ao pescoço dele e finalmente enfiava os dedos na cabeleira negra dele.

O cabelo era muito macio e sedoso, como ela achava que seria. Ele apertava a cintura dela e a deixou colada ao corpo dele, os seios juntos ao peito forte. A saia de tão pequena, subiu e deixou um pouco do bumbum á mostra.

Ela não ligou para isso, estava muito bom para lembrar de algo mais e só quando sentiu a mão dele descer por suas costas e parar "sem querer" em cima de sua bunda quase desnuda, foi que ela se separou dele e puxou a saia para baixo, com o rosto corado.

_ Acho melhor nós irmos logo à praia.

Ela sorria meio sem jeito por causa da saia, sem falar da intimidade tão recente se nem mesmo sabiam nada um do outro. Mas nem de longe pensou em não beijar de novo a boca dele, isso ela com certeza queria mais.

Entraram no elevador de mãos dadas, mas nada disseram, apenas aproveitaram o momento e depois seguiram no carro alugado até a praia que ela indicou.

Era um belo dia de sol e a água do mar parecia convidar a um mergulho.

_ Vamos pegar um lugar aqui no barzinho? Podemos ficar na areia, mais perto do mar e assim mergulhar quando quisermos. O que acha?

Ele perguntou enquanto abria a porta para que descesse. Colocou a mão em suas costas e pegou a bolsa dela, ajudando-a a atravessar a pista, indo na direção da areia.

O barzinho era agradável, bem rústico e devido à hora, ainda não estava cheio, o que foi bom porque pegaram uma das melhores mesas na areia.

_ Aqui é bonito. Ainda não tinha vindo, mas me deu vontade de trazer você aqui. Esta é sua primeira vez na cidade não é? - ela perguntou a ele enquanto sentavam e esperavam o garçom chegar para fazerem um pedido.

_ Sim, mas já tinha visto fotos e também já sabia outras coisas daqui, inclusive sobre a venda do hotel que agora é meu. Apesar de ser uma capital pequena, a cidade tem muito potencial para crescer e atrair turistas de outros países. As praias aqui são muito bonitas e diferentes das praias do sul e sudeste. 

_ Sim, é verdade. A água então é o melhor, pois é sempre morna, não importa a época do ano - parou de falar quando o garçom chegou e pediu uma água de coco e ele pediu uma cerveja bem gelada.

Conversaram um pouco sobre a cidade, sobre o interesse dele quando comprou o hotel e outros assuntos relacionados com os costumes de cada um.

_ Gostaria de saber mais sobre você - ele disse.

Ele olhava para ela que tirava a blusa e a saia curta, colocando em cima de outra cadeira e voltando a sentar perto dele. O corpo dela era esguio, magra, pernas compridas e cintura fina.

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