Capítulo 7

- Sim? Quem fala? – Érica entrou com o telemóvel em seu ouvido em seu apartamento T1. – Ah. Bom dia Senhora Rute, desculpe desde já ter saído de sua casa sem agradecer-lhe a si e seu marido corretamente. Imensas desculpas. E já transferi o dinheiro. Não precisa mais de entrar em contato com gente como eu. – Falou as últimas palavras com dor, pois gostaria de conviver mais com aquele casal.

- Não, menina. Eu e Alex simpatizamos contigo, instantaneamente. Por isso estou a ligar, hoje tem um baile aqui em nossa casa, gostava que viesses. E que história é essa de não nós dar-se com gente, como tu? O que vejo é uma jovem batalhadora com fortes ideias. – Disse apreciado o quão madura a jovem falava e mostrava-se ao mundo.

- O seu filho deixou claro que somos de mundos diferentes e ele tem razão. – Murmurou com certa mágoa em sua voz.

- Deixe que ele fale, a festa é minha, a casa é minha. Convido quem quero. Tu estás convidada. 19 Horas. Até lá, minha querida. – Deu um sorriso ao desligar esperançosa que seu plano funciona-se.

- Amor, achas que vai funcionar. Sabes que Jason é frio e calculista. Teimoso! – Articulou Alex para sua esposa.

- Não sei. Mas o que sei é que tenho que tentar. E deu para notar que os dois ficaram abalados com a presença um do outro. - Proferiu esperançosa.

- Só tu para teres estas ideias, minha querida. Agora vamos para o quarto. - Puxou-a abraçando sua esposa por trás fazendo-a dar uma daquelas gargalhadas que ele mais amava ouvir.

- Eu preciso por tudo em ordem. – Avisou ainda sendo abraçada pelo seu marido.

- Não. Tu pagas um absurdo para que a festa seja organizada e mesmo assim não deixas de trabalhar na mesma. – Falou já arrastando Rute com ele para fora da sala de estar em direção às escadas.

            Em casa Érica foi logo em direção ao chuveiro trocando de seguida o curativo do seu ferimento. Tomou três antibióticos e logo adormeceu ainda sem vestir nada além de uma toalha em si. Imediatamente entrou no mundo dos sonhos e a imagem de um homem belo e alto veio à sua imaginação. Às 18 horas seu telemóvel a despertou de um belo sonho onde estava dormindo com um homem em sua cama. Mal sabia que Jason fazia o mesmo… E libertava o seu prazer pensando na mulher que viu de lingerie nada sexy, um sorriso brotou-lhe em seu rosto, pensando o quanto ela iria ficar magnifica por debaixo dele.

Ao entrar na casa passava um pouco das 19 horas, para sua surpresa quando encontrou Jason no quintal falando com um outro homem, não se aproximou. Ao passar o hall de entrada, notou os olhares de surpresa. Logo avistou D. Rute e senhor Alexandre.

- Olá, minha querida. Que bela está! – Falou D. Rute

- Muito bonita, menina. – Afirmou Alexandre com um sorriso no rosto.

- Meu filho não está linda a minha amiga, Érica? – Perguntou Rute com segundas intenções.

- Olá senhorita. Sou Jason, acho que já nos encontrámos hoje agradavelmente. – Falou em um tom sarcástico mas sorrindo.

- É verdade. Sou Érica como já foi apresentada. E se fala de hoje de manhã desculpe dizer-lhe não foi não foi tão educado como os seus pais são. – Pronunciou encarando-o. Sem saber o porque de estar a estremecer pela primeira vez.

- Isso porque não me conhece. Desculpe pela minha falta de delicadeza, prometo que não foi assim que meus pais educaram. – Proferiu agora sério. Tentado com que a jovem de vestido preto lhe fosse aquecer a noite em sua cama.

- Meu deus! Meu filho pediu desculpa a alguém que não conhece. – Anunciou dando um sorriso maior do que o possível.

- Mãe! Menos, mãe. – Solicitou mas não continha ordem nenhuma.

- Agradeço por ter percebido que foi rude e mal intencionado quando viu-me pela primeira vez mas dispenso conhecê-lo, ao longe está bem melhor. Ou até melhor o que achas de não falarmos mais? – Perguntou dando um sorriso fraco.

O casal entreolhou-se e seguidamente os olhares estavam nos dois jovens. Rute reparou que seu filho a cada palavra dita dava um pequeno passo em direção da moça e que ela estava impaciente. Pegando na mão do marido caminharam para a sala do baile. Jason chegou tão perto que conseguiu decifrar o cheiro do hidratante da jovem...

- Ameixa… Hum! Delicia. – Pensou para si, mas falou alto.

- O quê? – Indagou Érica nervosa pois se mexe um pouquinho colava seu corpo no dele.

- Nada. – Inspirou o cheiro da jovem. - Não vou fingir que não te conheço, impossível.

- Porque? Deve ser fácil arranjar alguém para abrir as pernas para ti. – Falou lembrando-se de todas as vezes que foi usada pelos homens com quem conviveu.

- Eu quero tudo que estiveres disposta a dar. Tudo. E tudo o que quero, eu conquisto. – Pronunciou seguro de si.

- Espera sentando. Sonha, porque só assim vais conseguir. – Avisou dando um passo para caminhar para o baile.

- Oh, eu sonhei tanto desde que te vi. Por favor, guarda uma dança para mim. – Disse e pedindo por favor, pela primeira vez. Érica sorriu discretamente lembrando de seu sonho mais cedo.

     Rute ouvia a conversa com seu marido mais à frente um pouco, notou que seu filho pediu e implorou por alguma coisa para a garota, não percebeu o quê. No fundo ficou contente de ser com essa jovem Érica, que seu filho volta-se à vida e por ela que sem saber explicar só com um olhar adorou a rapariga. Uma lágrima escorreu-lhe pelo rosto que logo lhe foi seca pelo senhor Alexandre, seu amado marido de uma vida toda.

Leia este capítulo gratuitamente no aplicativo >

Capítulos relacionados

Último capítulo