CAPÍTULO 3

JOSEPH

Passei a noite revirando na cama, meus pensamentos perturbando meu sono. Hoje deveria estar completamente satisfeito, pois, ontem fodi praticamente a noite toda com aquelas mulheres, mas algo em mim, está diferente, me sinto assim desde que convivi alguns dias com meu irmão e o Adam, ambos estão tão felizes com suas mulheres. Cheguei a me indagar se um dia viverei algo parecido com isso, nunca havia pensado estar em um relacionamento, sempre gostei dos prazeres da vida no corpo de várias mulheres. A felicidade deles me faz refletir sobre minha vida, faz com que algo que nunca cogitei antes, se torne uma possibilidade. Vê-los parecendo dois idiotas apaixonados, despertaram esse desejo em mim.

Faz alguns dias que estou pensando seriamente em retornar a minha profissão, abandonei há anos por causa das responsabilidades com o hospital, mesmo sendo formado em administração, o meu sangue pulsa pela pediatria, que é a profissão que dediquei vários anos de estudo antes de ser um administrador, me sinto realizado quando vejo o sorriso no rosto de uma criança quando sua saúde está restabelecida. O difícil vai ser convencer o senhor Anton a contratar um administrador para ficar em meu lugar, ainda mais depois que descobrimos sobre a lavagem de dinheiro que meu tio fazia no hospital. Conversarei seriamente com ele, pois, não me sinto satisfeito profissionalmente, quero exercer minha profissão como médico, é isso que sou, para isso que fui criado.

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— Bom dia pai.

— Bom dia Joseph, está tudo bem? Você está com uma cara péssima.

— Não consegui dormir direito.

— O que houve filho?

— E que, estava refletindo sobre minha vida e cheguei à conclusão de que não sou feliz, não faço o que realmente gosto

— Como assim Joseph? Pelo que eu saiba, o que você mais gosta de fazer é foder bocetas aleias — meu pai terminou de falar e começou a rir e eu o acompanhei.

— Não é nada disso seu velho assanhado. Falando sério pai, sinto falta daquela adrenalina do dia a dia na emergência do hospital, de pegar uma criança em meu colo e cuidar dela como fosse minha, me dediquei tanto aos estudos, me especializei, para passar meus dias dentro de um escritório. Acabei voltando para a faculdade para fazer administração por causa do hospital para ser um bom administrador, mas não é isso que me faz feliz, apesar de amar dinheiro, amo muito mais ser médico.

— Me perdoa filho, fui um egoísta pensando só no hospital e esquecendo as suas prioridades, a princípio era para você ficar um período, mas aí você foi estudar e pensei que você estava gostando desse trabalho

— Eu não tenho nada para o perdoar, foi minha escolha, eu que acabei me acomodando.

— Então está definido, vamos começar a partir de hoje a procurar um novo administrador — Você tem certeza disso pai?

— Tenho toda certeza do mundo filho. O doutor Joseph estará de volta as suas atividades

— Obrigado pai, eu o abraço.

— Quem vai agradecer são as enfermeiras que vão ter mais acesso a você, como é mesmo que elas te chamam? Ah! Doutor gostosão, deus grego, meu pai falou imitando-as, gargalhei alto — O senhor está assanhado demais, Anton

— Sei bem quem é o assanhado aqui, ele riu — Pai ontem Klaus me ligou.

— Ele também me ligou filho, seu irmão quer nós dois, mais o tio e a prima da Anne no Brasil nesse final de semana, ele quer fazer uma surpresa para Anne

— E o senhor vai? — O questionei porque meu pai sempre deixou bem claro que odeia países como o Brasil.

— Vou sim meu filho, seu irmão disse que é muito importante a nossa presença

— Vamos convidar ao Kleber e sua filha para irem conosco em nosso avião

— Eu tinha pensado nisso, mais tarde falo com ele no hospital.

Sinceramente meu pai me surpreendeu, espero que quando nós chegarmos no Brasil, ele não se arrependa.

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Meu pai e eu chegamos no aeroporto e ficamos esperando por Kleber tio da Anne que se tornou seu amigo e de nossa família, dez minutos depois ele chega com sua filha, e que filha, a porra da mulher é gostosa pra cacete. Kleber nos cumprimenta e a apresenta, a gostosa apertou minha mão, fiz a minha checagem no corpo dela, gosto muito do que vejo, ela é uma verdadeira delícia, meu pau fica logo animado, fico imaginando como vou me conter viajando com uma gostosa dessa ao meu lado sem poder fazer nada.

A safada sorri para mim e o devasso júnior fica satisfeito, para mim ela está na minha, mas me engano, a filha da puta me ignora a viagem inteira, não troca uma sequer palavra comigo, e ainda faz comentários ofensivos sobre o sexo masculino. Sei que são direcionados a mim, Anton e Kleber mudam de assunto, não entendo porque tanta agressividade a minha pessoa, para o bem de todos, acho melhor levar na esportiva, a porra da mulher deve ser maluca ou bipolar.

Klaus organizou um casamento surpresa para Anne, ele convidou somente a família e amigos íntimos, meus compadres Barin e Amélie não puderam vir conosco, porque seus filhos que são meus afilhados, estão febris, os mediquei e achei melhor eles não viajarem.

Na festa quando os casais vão dançar fico sem par, meus olhos vão para Mayla, que é a única jovem solteira, ela está linda em um vestido azul-claro que marcam bem suas curvas, seus cachos caiem em suas costas escondendo um pouco do decote que vai até a sua cintura, me levanto e peço ao Kleber permissão para dançar com sua filha, fiquei intrigado com a forma que ela me tratou e quis tentar novamente uma aproximação, ela aceita dançar comigo,  puxo seu corpo junto ao meu, em instantes meu pau fica ereto, ao sentir seus seios pressionados no meu peito, e suas costas, nua, é inevitável o tesão que sinto por essa mulher.

Ao sentir a reação do meu corpo ela me olha nos meus olhos, com seus olhos, cor de mel, aguardo um beijo, mas ela me pergunta o que aquilo significava, sou sincero e digo que ela é gostosa e não tenho como evitar, a cachorra pisa no meu pé com o salto, e me deixa sozinho no meio do salão com o pé doendo e uma baita de uma ereção.

Os três dias seguintes em que estivemos no Brasil a forma áspera de me tratar não mudou, procurei evitá-la o máximo possível, e quando não era possível levava na esportiva suas duras palavras, muitas vezes fazia questão de irritá-la. 

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MAYLA 

— Pai vamos logo — Já estou indo Mayla, porque a pressa? 

Tem meia hora que meu pai entrou nesse banheiro e não sai, estou agoniada, combinamos de ir à praia ele convidou o cunhado da minha prima, aquele egocêntrico, não quero a companhia dele, sinto muito pelo senhor Anton, mas não sou obrigada a passar meu último dia no Brasil com esse idiota na minha cola, desde do dia da festa do casamento não nos falamos, depois que pisei no seu pé, ele não falou mais comigo, que para mim, foi perfeito.

Ontem por insistência do meu pai, saímos nós quatro para jantar, permanecemos sem nos comunicar, assim que entramos no restaurante Joseph e toda sua beleza chamaram a atenção, não tem uma mulher ou funcionário que não o admira, e o senhor ego sabedor do efeito que causa, fica ainda mais soberbo do que ele normalmente já é, o ruim nisso tudo é que quando ele está conosco, me ofusca.

Quando finalizamos o jantar, ficamos conversando, o senhor Anton fala sobre sua falecida esposa, meu pai e Joseph também falam ao seu respeito, apenas ouço, pois tive pouco contato com ela, era criança então não tenho muitas lembranças de como ela era como pessoa, mas me lembro muito bem de sua aparência, Mia Hensel era uma mulher muito bonita e elegante. 

Joseph recebe um bilhete entregue pelo garçom, de rabo de olho observo seu sorriso safado ao ler o que está escrito, ele nos pede licença e se levanta, vai até uma mesa que está um pouco afastada da nossa, nela tinham três mulheres, ele fica por lá alguns minutos, depois retorna a nossa mesa, pede desculpas dizendo que tem que se retirar, pois surgiu um compromisso de última hora. Vai embora seguido pelas três mulheres, o devasso nos deixa para fazer uma orgia, não posso julgá-lo porque não tenho reservas em relação ao sexo, mas desejo muito que ele broche. 

Conseguimos sair de casa antes que eles acordassem, estamos hospedados na casa da Anne e do Klaus, meu pai queria os chamar para irem conosco, inventei uma história para que ele desistisse, nem quis tomar café com o risco de eles aparecerem. Chego na praia alugo cadeira e guarda-sol, apesar de sermos negros o sol aqui no Brasil é muito forte e acaba fazendo mal a nossa saúde. Coloco meu chapéu e meu óculos e me estico na cadeira, meu pai coloca suas roupas na cadeira e vai dar um mergulho, quinze minutos depois sinto uma sombra sobre mim, quando abro meus olhos, vejo o sem noção do Joseph, uma praia tão grande como essa ele tem que parar aqui, exatamente onde estou. 

— Bom dia doutora — Dia 

— Posso perceber a doutora não dormiu bem essa noite — não o respondo 

— Posso sentar-me ao seu lado? 

— Se eu disser não, vai adiantar?  

— Prima, porque todo esse mau humor logo pela manhã? — Não sou sua prima. 

— Se você tivesse tido a noite maravilhosa como a minha, não estaria com esse mau humor todo.

— E quem te disse que minha noite não foi boa? — Ele fica mudo e para com suas gracinhas, meu pai chega logo em seguida. 

— Onde está meu amigo Joseph? 

— Ele está no quiosque, meu pai pediu para o senhor o encontrar lá, ele está naquele quiosque que vocês ficaram ontem.

— Vou ao seu encontro, e vocês dois por favor não se matem. 

Meu pai vai embora rindo, volto a deitar na cadeira e coloco meus óculos de sol. O exibido se levanta e fica em pé com seus cabelos dourados soltos ao vento, uma coisa não posso negar, Joseph é um espetáculo da natureza, o que o estraga é o seu ego elevado, quando o vi no aeroporto fiquei boquiaberta com tamanha beleza, foi difícil disfarçar o quanto ele me atraiu.

— Oh! Família para ter homens lindos!

 Klaus é um belo exemplar e seu irmão consegue ser ainda mais bonito. A forma que ele me olhou e seu sorrisinho debochado de já está no papo, me fizeram recuar, por mais que ele seja gostoso não vou alimentar seu ego, conheço muito bem esse tipo de homem, ele não faz ideia o tipo de mulher que sou, se ele pensa que seus 1,84 de gostosura são o suficiente para que eu abra as pernas para ele, está muito enganado, meu nome é Myala, e homem tem que se render aos meus pés, não vai ser para um doutorzinho como ele que vou abrir exceção.  

No dia do casamento da Anne e do Klaus o doutor ego me tirou para dançar enquanto dançava com meu pai, ele puxou meu corpo junto ao seu e senti seu pau ereto no meu ventre, apesar de ser uma mulher totalmente aberta ao que se refere ao sexo e de nunca ter visto um homem mais bonito que ele, fiquei irritada, e tomei uma atitude que normalmente não tomaria, por impulso pisei em seu pé com o meu salto e o deixei sozinho no salão, desde então não nos falamos mais até esse momento, sua presença me incomoda, seu jeito de agir de como fosse o centro do mundo me irrita, o pior é que ele tem todos os atributos para ser assim. 

Levanto-me e vou tomar um banho para poder ficar distante, ouço ele resmungar algo que não entendi, quando volto pego minhas coisas e retorno para casa. Tomei banho e arrumei minha mala, retornaremos hoje á noite para a Alemanha, ao menos no meu país, na minha casa, não serei obrigada a conviver com o doutor ego. 

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