CAPÍTULO 1

JOSEPH

Administrar o hospital, exige muito de mim, têm dias que não consigo sair para almoçar, tamanha as responsabilidades.

— Doutor Joseph — a enfermeira Jéssica entra na minha sala, quando ela fala assim toda manhosa, ela quer o devasso júnior.

— Fale logo Jéssica o que você quer, estou muito ocupado — Tem certeza de que você não pode fazer uma pequena pausa? — Ela fala abrindo os botões do seu jaleco.

Levanto-me e vou em sua direção, Jéssica é uma vadia, sempre vem em busca de um pouco de prazer. Não vou reclamar, pois, ela chegou em boa hora, sexo me relaxa, uma rapidinha é tudo que eu preciso. Coloco o júnior para fora da minha, calças, ela entende meu recado, Jéssica se ajoelha e engole o devasso júnior que estava meia bomba, mas logo fica na ativa. Dou umas estocadas em sua boca gulosa, fazendo-a engasgar-se, do jeito que ela gosta. As fodas no meu escritório são sempre rápidas, são o meu combustível para enfrentar o dia.

A levanto por seus cabelos que estão todo bagunçados por minha culpa, abro sua, calças e a deslizo por suas longas pernas com a calcinha, coloco-a sobre minha mesa, visto a camisinha e a penetro sem aviso, ela geme e cruza suas pernas na minha cintura. Tomo seus mamilos, masturbo seu clitóris até que goze, quando seu clímax chega, dou vazão ao meu, jorro tudo dentro dela, quer dizer, na camisinha, a descarto, lhe dou um beijo, ela se veste e vai embora, antes de sair se despede com cara de puta satisfeita.

— Até a próxima, doutor gostoso — sorri e fecha a porta, estou pronto para enfrentar mais algumas horas de problemas.

Sou um, cara muito responsável com as minhas obrigações, o fato de o devasso júnior não poder ver uma boceta, não interfere nas minhas obrigações, o sexo para mim, funciona como o espinafre para o Popeye, me dá forças para seguir adiante. Meu compadre Barin que é contador do hospital, muitas vezes chama minha atenção, não porque fodo no hospital, e sim porque ele se preocupa com algumas malucas que aparecem de vez enquanto, querendo ser a senhora Hensel Hoffmann.

Sinceramente, prefiro transar com mulheres que sejam como eu, que querem apenas momentos de luxúria e nada mais, nunca tive e não quero compromisso com ninguém.

ANOS ATRÁS - JOSEPH 

Hoje o dia está sendo muito complicado, já li e reli esses relatórios e não consigo encontrar onde está o erro, o valor do caixa não está correto, meu contador está desesperado e não sei mais o que fazer, a única certeza que eu tenho é que tem alguém tirando dinheiro do caixa na mão grande, e eu preciso urgentemente saber quem é antes de levar esse problema para meu pai. 

Desde que meu tio Muller se aposentou, e o hospital passou a ser responsabilidade do meu pai, fui obrigado a parar de clinicar, para ajudar com as questões burocráticas. Sou pediatra, minha paixão por minha profissão ficou um pouco de lado devido à responsabilidade que é comandar um hospital tão grande e requisitado como o nosso. 

A minha família desandou depois que minha mãe foi brutalmente assassinada, meu irmão ficou com sérios problemas psicológicos, e até hoje não sabemos ao certo se ele presenciou ou não seu assassinato. Klaus era o único que estava em casa naquele dia e infelizmente ele não se lembra de nada.

Uma semana após a sua morte, fui morar na cobertura que havia acabado de comprar, agi como um covarde e egoísta, não suportei ficar na mansão, e muito menos ver o sofrimento do meu irmão, e de alguma forma do meu pai. Deixei-os na hora que eles mais precisavam. Klaus é cinco anos, mais novo do que eu, é um, homem bondoso e muito sensível, fui um idiota. 

Meu pai e minha mãe se desentendiam muito por causa dos projetos sociais que ela era envolvida, sempre supus que ele se casou com ela por interesse, mas depois que ela se foi, o velho ficou abatido, tem agido como um adolescente, várias vezes fui busca-lo na rua, tem bebido muito e acaba agindo erroneamente em função do álcool.

Klaus está na faculdade, aquele ali é a dona Mia Hensel, nossa mãe, de saia, meu irmão se entrega de corpo e alma a trabalhos sociais, já criou vários projetos no campus, e sempre que vem para casa, passa seus dias na instituição. Ajudo financeiramente, não em campo como ele, e minha mãe fazia. O amo demais, mas por eu ser mais prático e gostar muito de dinheiro meu irmão pensa que sou igual ao nosso pai. O senhor Anton é uma incógnita para mim, muitas vezes chego a pensar que as coisas que ele diz e sua arrogância, são como um escudo, que esconde o verdadeiro Anton. 

Klaus e eu sempre fomos muito diferentes, ele é de uma categoria rara de caras, que para se deitar com uma mulher tem que sentir algo a mais, não só atração física, já eu, faço a minha checagem no corpo e se gostar é só abrir as pernas. Adoro uma vadia, porque elas topam tudo e não tem frescura, sexo para mim, tem que ser sujo, e quanto mais sujo melhor, nada de palavras doces, gosto de foder com palavras sujas e chulas, adoro receber um boquete, principalmente se for bem feito, quando estou satisfeito, faço a mulher gritar de tanto gozar, pois, sei retribuir muito bem o favor. 

Quando meu irmão e o Adam fizeram vinte um anos, comecei levá-los aos lugares que frequento, como boates e principalmente ao clube, onde tenho um leque bem variado ao meu dispor e vice-versa. Adam se adaptou rápido, aquele ali sempre foi um puto e me via como um mentor e seu ídolo. Nunca precisei me esforçar para que uma mulher se entregasse a mim, minha aparência atrai com facilidade bocetas sedentas por um homem viril e gostoso como eu. Vocês podem até achar que sou convencido, mas sou um, homem bonito pra caralho e bom de cama, minha fama corre longe, quando chego em qualquer lugar, elas disputam entre si quem terá a minha atenção, e gosto disso, gosto de me sentir desejado.

Não tenho tipo de mulher, pode ser negra, ruiva, albina, tanto faz, depende do momento, da minha checagem. O único que pode decidir é meu pau, devasso júnior, se ele manifestar, a mulher terá a melhor noite de sua vida. 

A primeira vez que levei Adam e Klaus ao clube, os filhos da puta fizeram o maior sucesso, as mulheres cismam em compará-los com atores de Hollywood, ambos são muito bonitos e chamam a atenção tão quanto eu. Adam se sentiu em casa, o puto se aproveitou do seu momento celebridade e fodeu duas naquela noite, já Klaus levou quase a noite toda para foder uma única garota, apesar da variedade aos seus pés, ele escolheu, Alegra, uma mexicana que trabalha no clube a dois anos, ela é mais devagar do que as meninas, Alegra faz aquele estilo de mulher que gosta de ser conquistada, seduzida, nunca a vi se oferecendo para nenhum cliente, por isso que nunca transamos, gosto das vadias. Foi perfeita para meu irmão que não gosta de mulher oferecida. 

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— Bom dia Joseph — bom dia Barin, alguma novidade? — Sim. Tenho as imagens das câmeras de segurança, e você não vai gostar do que irá ver.

Desde que começou o sumiço de dinheiro no caixa, mandei instalar uma câmera que filmasse vinte quatro horas, não só depois do expediente como era anteriormente, seja quem for que está furtando o dinheiro, age na hora do expediente. Pensei em falar com meu pai sobre o assunto, mas meu coroa ainda está se recuperando do seu luto catastrófico, a bebedeira diminuiu, mas as vadias ainda continuam, não acho errado que ele tenha sua vida sexual ativa, o problema é o tipo de mulher que ele tem se envolvido e levado para dentro de casa. No início ele fazia escondido por causa do Klaus, mas depois que meu irmão ingressou na faculdade, ele não esconde mais nada, algumas vezes o síndico do condomínio me liga para avisar que algumas prostitutas estão fazendo escândalo, e a nossa seleta vizinhança quer chamar a polícia. 

Peguei o pen drive com as imagens que meu amigo e contador Barin me entregou e conectei no computador, o que vi me enfureceu, fui praticamente obrigado a deixar de exercer minha profissão que tanto amo para ajudar nos negócios da família, e lógico ganhar dinheiro, porque quem trabalha de graça é relógio. Vi dia após dia meu pai se afundando e fazendo bobagem atrás de bobagem, por isso aceitei administrar o hospital antes que ele arruinasse o patrimônio da família. Meu tio Muller apesar de ter se afastado, fez questão de continuar a fazer as compras dos medicamentos e equipamentos quando necessário. Minha intenção, é esperar o coroa voltar a ser o doutor Anton de sempre, e depois retornar as minhas atividades como pediatra, mas depois do que eu vi nessas imagens, isso está cada vez mais distante. 

— Não estou acreditando Barin no que estou vendo. 

— É isso mesmo meu amigo, tem três dias de filmagem, estava achando muito estranho esses furtos porque só nós três temos acesso ao dinheiro quando ele está no hospital, antes de ser enviado ao banco.

— O que passa na cabeça do meu pai para que ele possa estar fazendo isso Barin? Ele é bilionário e não precisa estar fazendo esta merda.

— Joseph assim que vi seu pai nas imagens, fiquei confuso e queria saber qual era o motivo dele está fazendo isso, então sem sua permissão, segui o rastro das outras câmeras para descobrir para onde ele levaria esse dinheiro, instalei câmeras em seu escritório, espero que você me entenda, foi necessário tomar essa atitude.

 — Diga-me logo o que você descobriu — abre essa outra pasta — ele apontou para um arquivo com o nome Anton.  

Quando abri a pasta que estava no pen drive,  surgiram imagens do meu pai saindo do financeiro e indo direto para seu escritório. Não se preocupa em guardar o dinheiro que está em suas mãos, o exibe para as três mulheres que o aguardava, prostitutas, essas conheço a quilômetros. Fala algo para elas o despem, ele joga as notas conforme as peças são retiradas, sinto raiva, por diversas vezes negou ajuda aos projetos da minha mãe e fica gastando dinheiro do hospital com essas mulheres da vida, mulheres que ele catou pela rua e que são espertas o suficiente para tirarem tudo dele. 

— Barin, te peço que esse assunto fique entre nós.

— Não precisava nem pedir. 

Quando meu amigo se vai, abaixo minha cabeça sobre a mesa e começo a chorar feito uma menininha assustada, tive que me dar com tantas coisas durante esses anos, a morte da minha mãe, o tratamento do Klaus, a bebedeira do meu pai e agora isso, se ele tivesse gastando seu dinheiro pouco me importava, mas aqui é uma empresa, temos que prestar contas, temos responsabilidades com os nossos funcionários, e ele ainda traz esse tipo de mulher para dentro do hospital. Não sou nenhum santo, já fodi e fodo, algumas enfermeiras e doutoras na minha sala, elas pedem e eu não nego, mas isso é extrapolar o limite. 

Saí do hospital e fui para a mansão, o senhor Anton não veio trabalhar hoje, ainda bem que ele não compareceu para trabalhar, porque poderia perder minha cabeça com ele e expor ainda mais a nossa vida.

 Chego na mansão e me deparo com um cenário lastimável, a sala de estar que foi o lugar aonde tirara a vida da minha mãe, está completamente destruída. Móveis, paredes, uma destruição, entre o caos está meu pai desmaiado no chão com uma garrafa de uísque ao seu lado, próximo a ele uma marreta e um martelo. 

— PAI, PAI — chamo por ele que não responde

— PAI — Grito desesperado, não há movimentos no seu corpo, fico tão atingindo com o cenário que encontro, que na minha cabeça ele está sem vida, esqueci completamente de verificar seus batimentos, corri atrás dos seguranças para que me ajudassem a levá-lo para seu quarto.

 Depois do susto, percebo que ele está apenas desmaiado, sob o efeito do álcool, a ira toma conta de mim, fico com raiva de tudo e de todos, minha ira atingi aos seguranças que não fizeram nada para o impedir, mesmo sabendo que ninguém desobedece uma ordem do senhor Hoffmann, a direcionei para o Klaus por ele não está presente enquanto seguro toda a barra, depois até me arrependi porque meu irmão é umas das pessoas que foram mais atingidas com tudo que aconteceu, fico irado comigo mesmo por ter deixado essa situação vir se arrastando por muito tempo.

Resolvo dar um, basta, assim que meu pai acorda dou um banho nele e o chamo para uma conversa séria, disse a ele o quanto minha mãe deveria estar triste de ver todas as merdas que ele tem feito, e ameacei entregá-lo para a polícia, para que ele caía em si. Desejo do fundo do meu coração que ele volte a ser o Anton de antes e que pare de agir como ele tem agido desde que minha mãe se foi.  

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