Medo

Eu não quero ficar com você é com ninguém!

-Sabe por que você está fazendo isso?

-Por que tem medo!

-Você foi lá, não porque é uma vadia.

-Foi lá por medo!

-Precisava gritar de alguma forma que não me ama.

-Mas deixa eu te falar Amanda Fernandez.

-Você me ama.

-E pode transar com quantos caras quiser que isso não vai mudar.

Ele sai e bate a porta.

Eu sento na cama com a mão entre os cabelos.

Arthur volta para o quarto, vem até mim me levanta no colo me beijando.

E caminha até o banheiro entramos de roupa e tudo no banho.

Fazemos amor ali, de baixo do chuveiro com muita intensidade.

Já deitados na cama, adormeço em seu peito.

Acordamos com Carol gritando pelo corredor.

-Bom dia.

-Uhhhhhh, Bom dia.

-Nossa que horas tem?

Me viro pra pegar o celular.

-Arthur já são 8:30.

-Eu tenho que estar ás 10:00 na faculdade.

-Você ainda nem foi buscar meu carro.

Levanto correndo.

-Carol para de gritar, que coisa feia!

-Amanda tudo isso é pelo cabelo, ela não quer prender e nem quer colocar de uma vez a touca da natação.

-Carol,anda!

-Você vai se atrasar pra natação.

Falo da porta do quarto.

-Bom dia, mãe.

-Bom dia, filha.

-Você dormiu com a tv ligada?

-Que voz é essa?

-Não, é o Arthur!

-Deve estar falando no telefone.

-Vocês, passaram a noite juntos?

-Mas ou menos!

-Fico tão feliz filha.

E me abraça.

-Menos mãe, bem menos.

-Mãe me empresta aquele sua presilha que brilha?

E passa por debaixo do meu braço, esticado entre a porta.

-Carol!

Já era tarde!

-Tio?

-Você está no quarto da mamãe?

-Por que você está deitado ai na cama dela?

-Vocês estão casados?

Ele da uma gargalhada.

-Vem cá minha pequena.

-Me da um beijo.

-Bem digamos, que sim.

-A mamãe disse que só casado pode dormir junto.

-Por isso ela dorme sozinha.

-Então agora você é casado com ela né ?

-Sim, querida.

-Carol, anda sem enrolação.

-Vai querida, mamãe está brava.

-Você ainda nem tomou café.

-Arthur levanta, você vai ter que levar a Carol na natação!

-Meu carro não está aqui.

Ele levanta e beija minha testa.

-Mandei o Rafael trazer.

-Deis de ontem.

-Ele já está lá em baixo esperando.

E entra pro banheiro.

-Pega minha roupa, por favor.

-Ele vai subir com ela.

-Tá, mas anda Arthur.

-Já vou esposa, kkkkkkk.

-Idiota.

O interfone toca.

-Oi João pode deixar subir por favor.

-Dona Amanda, o terno do seu Arthur.

-Obrigado.

-Entra, Rafael.

-Toma um café.

- Eu agradeço Senhora, mas tenho que esperar os rapazes chegarem, lá em baixo.

-Fica para uma proxima.

-Quando quiser.

Eu olho a cena, perplexa.

-Minha mãe fecha a porta.

-Mãe isso que acabou de acontecer!

-O que menina?

-Você estava flertando com o Motorista do Arthur?

-Ih menina para de bobagem.

-E vai cuidar da sua vida

E sai andando.

-kkkkkkkkk, Arthur você não vai acreditar na cena que eu acabei de ver.

Vou pro chuveiro, e ele sai pra trocar de roupa.

-O que?

-Minha mãe flertando com o seu motorista.

-Sério?

-Sim.

-Ele foi motorista do meu pai, eles se conhecem a bastante tempo.

-Kkkkkkkk.

-Você deve estar vendo coisa onde não tem.

-Que cena mas fofa.

Enquanto a água cai, fico admirando Arthur se arrumar.

Como fica sex assim de terno preto.

-Amanda.

-Ouuuu.

-Que?

-Estou falando com você!

-O que?

-Vamos almoçar juntos hoje?

-Te pego na faculdade.

-Sim, pode ser, mas não posso demorar tenho paciente ás 14:00 na clinica

-Saio do banheiro, pego um vestido no guarda roupas.

-Ok.

Nunca me arrumei tão rapido.

-Mãe?

-Já deve ter levado a Carol pra natação.

-Ue não me esperou?

-Pedi o Rafael pra levar.

-Ah, obrigado.

Dou um beijo nele.

-Com isso da tempo de tomarmos um café juntos.

Ele me abraça por tras, enquanto escovo meu cabelo.

-Vai amassar o terno Arthur.

-Seja minha!

-O que?

-Minha, só minha!

-Arthur.

Ele me silência com um beijo.

-Não precisa responder agora.

-Te espero na mesa do café.

-Já vou.

Chego na mesa ele está no telefone.

-Arthur sem celular na mesa, sabe que as regras são claras.

-Vai ficar sem celular 1 semana.

-kkkkkkkkkk

-vamos pra Angra no feriado?

-Carol adora ir pra Angra.

-Ela pode levar duas amiguinhas, o que você acha?

-Acho que a Carol vai amar.

-Então posso providenciar tudo?

-Sim, vai ser ótimo.

-Agora vamos.

-Vou chegar atrasada.

Nos despedimos na porta do predio.

-Até mas tarde.

-Te amo.

E me da um beijo.

Entro no carro, ligo o celular no radio e vou embora.

Meu telefone toca.

-Alô.

-Esta falando no celular e dirigindo?

-Arthur?

-Arthur acabamos de nos despedir.

-E não, o celular é conectado no carro.

-Assim posso atender chamadas pelo radio.

-uh, antenada.

-Casa comigo?

-Arthur!

-Por que não?

-Carol disse que tem que ser marido pra dormir juntos.

-Por que não é assim, te conheço como amigo.

-Mas mal te conheço como homem e isso ainda soa estranho pra mim.

-Mas sou um homem!

-Amanda era seu amigo, por que achei que não tinha espaço para nós dois.

-Mas eu sinto, você se entrega pra mim com amor, é mas que só sexo.

-Arthur eu não sei, isso é um passo muito sério.

-Mas hoje já amanhecemos casados.

-kkkkkkkkk sério?

-Eu não quero minha vida essa loucura todas as manhãs.

-Ser casada, é muita correria!

-kkkkkkkk

-Perdeu, perdeu!

-Amanda?

-Amanda?

-Desce do carro, porra!

-Deixa eu só pegar meus livros tem anotações importantes!

-Oh, piranha acha que eu to brincando?

-To rastreando seu celular, calma meu Amor.

Ele desliga.

O ladrão me puxa pelos cabelos.

E me arremessa em direção a calçada.

Como estou de salto.

Me desequilibrou e bato com a cabeça no meio fio.

A última voz que escuto, é um homem gritando ambulância.

E desmaio.

Abro os olhos, tudo branco.

Meu Deus será que morri?

Tento me levantar mas tudo gira.

-Ei, ei, está tentando fazer o que?

-Arthur?

-Que bom te ver, que dizer que não morri!

-kkkkk não morreu!

-Meus livros, meu i pad.

-Pensa depois, nisso.

-Já acionei seu seguro.

-Licença, sou o Doutor Marcio.

Ele estica a mão para cumprimentar Arthur.

Meu Deus que Moreno lindo, parece que saiu de um quadro.

-Sua esposa, teve uma pancada forte na cabeça, mas fizemos todos os exames e não temos nenhum edema ou intercorrencia, nenhum traumatismo, está tudo ok.

-Que ótimo.

O telefone do Arthur toca.

-Vocês me dão licença.

E sai para o corredor.

-Como se sente Amanda?

-Acho que tomei um porre!

-Kkkkkk

Ele ri.

-Ele não é meu marido!

-Mas ele disse que era.

-É ele quer ser, mas não é.

-Acho que qualquer um queria ser!

Fico sem graça.

Arthur volta.

Ele percebe um climinha no ar.

-Tudo bem?

-Sim, estava fazendo algumas perguntas.

-Mas está tudo ok.

-Ela está liberada.

-Obrigado, doutor.

-O prazer foi meu.

E para me olhando.

Arthur saca na hora.

-Obrigado, então podemos ir?

-Sim, claro, vou prescrever um analgésico caso precise.

-Obrigado.

Pego a receita na enfermaria.

-Está tudo bem?

-Está sim.

-Eu preciso comprar um celular novo.

-Bloquear meus cartões.

-Kkkkkk, realmente não me conhece como homem.

-Por que.

-Já providenciei tudo isso.

-Conseguiu bloquear meus cartões?

-Sim.

-Como?

-Sempre paguei sua faculdade esqueceu?

-Tenho todos os seus dados.

-Amanda, eu quero ficar com você mas quero que me respeite.

-Eu vi você é o doutor, se pudesse tinha transado com ele ali mesmo.

-Arthur você esta viajando!

-E para de querer comandar a minha vida.

-Daqui a pouco até meus pensamentos você vai querer controlar.

-Caramba.

-Essa forçada de barra ta me deixando mas confusa.

-Deixa as coisas acontecerem.

-Você já está querendo satisfação até do meu pensamento.

-Desculpa, tá bom.

-Vou tentar me controlar.

Vem chegamos.

Eu desço e vou em direção ao portão.

-Amanda?

-Santiago!

Eu fico assustada, Arthur acaba de descer do carro encosta nele e cruza os braços, no mínimo Santiago achou que cheguei de Uber e como está de costas não vê Arthur.

Eu fico desconcertada.

Ele tenta me beijar eu me esquivo.

-Tá tudo bem?

-Eu não consigo parar de pensar em você deis de ontem.

-Santiago, você me desculpa mas eu acabei de ser assaltada, levaram meu carro,outra hora pode ser?

-Sério?

-Você está bem?

-Sim estou.

-Um beijo, me da ao menos um beijo.

E me coloca contra a grade do condominio.

-Ok, não estou gostando da peça de teatro, então por favor pode largar minha mulher.

Santiago se vira.

-Sua mulher?

-Sim minha mulher.

-Você deve ser o cara que atendeu o telefone dela.

-Sim sou eu,só prova pra você o que acabei de falar.

-Arthur, por favor, sem brigas.

-Eu estou te pedindo.

E entro no meio dos dois.

-Eu te conheço, Santiago Herrera né.

-Sim.

-Como me conhece?

-Arthur Fontes.

-Arthur Fontes, da Stilks?

-Sim.

-Então seu forte é dinheiro Amanda!

Eu dou um tapa na cara dele.

-Sai daqui.

-Desculpa.

-Falei sem pensar.

-Desculpe.

Eu viro as costas e entro.

Arthur bate no ombro dele.

-Que bola fora, cara.

-Que bola fora!

-Amanda!

E vem correndo atras de mim.

-Idiota!

-Imbécil!

Esbravejo enquanto espero o elevador.

-Quem ele acha que é pra me chamar de interesseira.

-Ei, ei, calma.

-Calma, tudo bem.

E me abraça.

-Ele me chamou de oportunista.

-Amanda eu te conheço e sei que você pode ser como vamos dizer.

-Fala, fala!

-Doente por sexo.

Ele cochicha no meu ouvido.

-Mas interesseira sei que não é!

O elevador chega.

-Não sou doente por sexo.

-Eu só gosto de curtir a vida.

-E quem não gosta de prazer?

-Eu posso te dar esse prazer.

Ele me agarra e me beija.

-Arthur!

-Para, as cameras !

Ele me puxa,e me abraça por trás.

Beija meu poscoço.

-Seu João, fala pra essa mulher casar comigo!

-Sou louco por ela.

-Para, bobo.

-Você falou pra minha mãe?

-Não quiz preocupar ela.

-Oi filha!

-Você disse que não viria pra almoçar.

-O que ouve?

-Seu vestido está sujo.

-O que houve Arthur?

-Calma mãe.

-Senta.

-Você está me deixando nervosa.

-Eu fui assaltada, indo pra faculdade.

-Misericordia!

-Calma está tudo bem 

-So ganhei um galo na cabeça.

-Eles te bateram?

-Não eu cai.

-Calma dona Ana, eu estava rastreando o celular dela e cheguei antes da ambulancia.

Eu olho pra ele, tinha me esquecido disso.

-Como estava rastreando meu celular?

-Depois Amanda!

-Mãe calma, está tudo bem.

-Pega água com açucar pra ela Arthur.

-Toma mãe, toma tudo com calma.

-Estou melhor.

-Que bom.

-Cadê a Carol?

-Está no quarto.

-Pode deixar ela em casa hoje, não precisa ir pra escola.

-Vamos pedir alguma coisa pra almoçar mãe.

-Não quero a Senhora na cozinha hoje.

-Vou tomar um banho.

-Arthur pede o almoço?

-Sim, claro.

Entro no quarto, uma caixa em cima da cama.

-Para :Amanda.

Abro, dentro um celular e um iPad.

-Arthur, Afff!

-Tiro a receita do bolso lateral do

Vestido.

-No verso da receita escrito.

-Me adiciona!

O telefone.

E embaixo assinado Marcio.

Me jogo na cama.

Restauro os contatos do meu email.

E adiciono o Marcio.

-Adicionado!

-Beijos.

Ele responde quase que de imediato.

-Posso te convidar pro cinema?

Arthur, entra.

-Pedi naquele restaurante que você gosta.

-Ok.

-Achou meu presente?

-Sim, muito obrigado.

-Arthur estava rastreando meu telefone?

-Você não ia tomar banho?

-Arthur não me respondeu.

-Estava?

-Pra sua segurança e não estava errado.

-Não acredito!

-Você estava me rastreando?

-Não e bem assim.

-Arthur não sou sua propriedade.

-Você não pode me rastrear como se fosse meu dono.

-Amanda me preoucupo com você.

-Quero apenas te proteger.

-Isso não é proteção, isso é posse.

-Arthur quero que vá embora.

-Amanda, pera ai vamos conversar.

-Arthur eu preciso de espaço.

-Quero que vá embora, agora.

-Posso te ligar?

-Não.

Ele sai, e antes para na porta.

-Não me afaste da sua vida, ninguem nunca vai te amar como eu.

-Sai Arthur.

E bato a porta.

Deis desse dia tem 1 mês que não vejo o Arthur.

Ele me liga me manda mensagens mas nunca atendo ou respondo.

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