Capítulo Três: A Reunião

Capítulo Três

A Reunião

Foi Siena que resolveu metade dos meus problemas naquela tarde. Apresentou Guilherme como representante de Estamina para algumas fadas e conseguiu um quarto para ele no mesmo corredor em que Kieran, eu e minhas conselheiras dormíamos. Isso facilitou para que ele desse uma escapada em meu quarto ao fim da noite, com uma pequena ajuda de Fernanda e Carolina, as gêmeas azuis que estavam em treinamento para serem da minha guarda real, por quem tinha grande apreço. Assim, pude desabafar meu coração para fora e chorar em seus braços de desespero.

Apresentei Guilherme para Lil, que surtou assim que pôde me ver. Tinha ficado na corte com Siena nos últimos meses e me perdoou assim que lhe contei sobre Guilherme; ela o adorou assim que pôs seus olhos neles e decidiu que seus cachinhos eram um ótimo lugar para dormir, para desespero do meu marido.

Guilherme tinha perdido seu pai há pouco mais de dois anos e deixara sua mãe e sua irmã para trás quando decidira me seguir para Lammertia, então ele entendia minhas palavras, meu medo de que Kieran estivesse correndo risco (embora sua preocupação maior fosse com o risco que eu corria). Não sabia mais nem qual era a ordem das coisas; minha mãe estava muito doente, eu teria que assumir como regente a qualquer momento, minha mãe estava grávida e ninguém sabia quem era o pai do bebê, ninguém sequer sabia qual era a espécie do pai do bebê — não parecia ser humano, mas se fosse humano, Kieran e eu poderíamos ser descartados da linhagem real. Tinha resolvido a guerra civil em Estamina, mas muitos problemas tinham ficado para trás, inclusive a disputa com Mandraca pelo vale dos sussurros. O conselho estava sequer preparado para me receber e meu marido, que era um segredo, estava no cerne de todos as confusões.

Guilherme me ouviu com cuidado e esteve ao meu lado até que eu dormisse, mas não estava lá quando eu acordei, o que me dizia que teve o cuidado de me tirar aquele problema dos ombros e voltar para seu quarto enquanto era seguro.

Foi Sophia que me acordou com uma batida discreta em minha porta, um pouco depois do nascer do sol. Como estava esperando pela chegada de meu pai, em um pulo estava abrindo a porta e não conseguindo esconder minha face de decepção ao vê-la entrar com um pesado livro. De sua almofada, no canto do sofá, Lil espreguiçou-se e perdeu o interesse pela fofoca, voltando a dormir.

— Bela manhã — cumprimentou-me. — Desculpa te acordar. Lorena disse que você vai assumir como regente enquanto sua mãe está indisposta, então eu passei na biblioteca ontem e fui dar uma olhada nos livros sobre o conselho e achei esse aqui — eu pisquei, tentando acordar para entender o que ela falava. Achava que jamais tinha visto Sophia falar tanto em sequência, mas ficava feliz por ela se sentir confiante na minha presença. — Ele é de antes da linhagem única, quando havia toda uma casta de fadas vermelhas, com regras sobre a sucessão, o conselho real e o conselho das fadas. Algumas regras não são seguidas há umas centenas de anos, pelo que vi — ela apoiou o livro sobre a minha cama e abriu em uma página que estava marcada, me apontando um parágrafo em específico.

Curvei-me sobre o livro, pronta para dizer que não entenderia nada, mas reconheci o inglês que tanto me dedicara a aprender para viajar quando era mais nova; não eram todas as palavras, mas parecia que a base da linguagem do livro (tal como a carta de Melissa) era a mesma, embora algumas palavras chegassem a parecer com espanhol ou português por conta da acentuação. Com um pouco de esforço e em uma leitura quase infantil, entendi o contexto e franzia a sobrancelha. Aquilo, com certeza, estava em desuso.

— É... Interessante — murmurei. — Mas preciso melhorar minha leitura.

Sophia sorriu.

— Você foi criada na Terra, é normal ter dificuldade — ela deu de ombros. — Mas eu li o livro todo, posso te passar as coisas importantes que consegui identificar.

Agradeci, mas não era o que eu queria fazer na minha primeira hora da manhã com tantos problemas para resolver.

— Ai, Sophia, você me desculpa? — pedi. — Eu... acho que preciso conversar com Siena. Os próximos dias vão ser complicados e nós vamos precisar estar unidas. Siena anda afastada de mim por conta dos problemas dela com Kieran e eu queria tentar resolver pelo menos isso.

Sophia sorriu, complacente, abraçando-se ao livro que trouxera para que eu pudesse dar uma olhada.

— É claro, é uma ótima ideia — disse. — Você quer que eu a chame? Acho que já está acordada.

— Sim por favor, iria ser ótimo — agradeci-a com um sorriso enquanto ela se dirigia para a porta. — Depois gostaria de ver vocês todos juntos — pedi. — Vamos tomar café da manhã juntos, pode ser?

Ela concordou com a cabeça com um sorriso e se afastou. Sentei-me em minha cama e esfreguei minhas têmporas. Minha cabeça ainda estava doendo de tanto que chorara nos braços de Guilherme antes de dormir e era a primeira vez desde nosso casamento em que eu acordava sem ele ao meu lado. Minha mãe estava acamada, meu pai com o coração partido e para mim tinha sobrado um país em ebulição para governar.

Não era isso que eu esperava quando era criança e sonhava em ser princesa.

Levantei-me e fui até meu guarda roupa, na esperança de conseguir escolher um vestido imponente de gala para minha primeira reunião do conselho como regente. Tinha que passar uma boa impressão, não só por ser inexperiente, mas por estar há duas décadas de concluir meus estudos e com o agravante de ser a primeira híbrida gerada desde a grande guerra.

Minha coleção de vestidos tinha aumentado consideravelmente desde minha fuga para a Terra, a maioria sendo presente de meus pais, mas alguns chegavam dos povos das vilas de Asa Real e de Alvorada, principalmente. A grande maioria dos vestidos era inteiramente vermelhos, mas haviam ótimos exemplarem que mesclavam com tecidos brancos e tons de dourado e prata, misturados como eu mesma era: eram meus favoritos.

Estava segurando um que eu particularmente adorava e não tinha usado ainda, ele era vermelho com uma faixa branca no mesmo tecido branco bordado de dourado que era feito o manto real dos elfos e me lembrava o estilo de um vestido que vira em desenhos infantis na Terra. Estava com ele na mão quando ouvi a batida na porta e autorizei a entrada.

Siena colocou a cabeça para dentro do quarto com um pouco de dúvida sobre o que estava fazendo ali, mas acabou por entrar e fechar a porta atrás de si.

— O que acha? — perguntei-lhe. — Vai ser muita afronta?

Ela torceu o canto dos lábios para cima e balançou a cabeça negativamente; seus cabelos ruivos estavam presos em uma trança e tinham perdido parte do vigor alaranjado nos últimos meses.

— Não, vossa alteza — respondeu, formal. — Parece com algo que elas vão ter que aprender a aceitar. — Abri um sorriso e concordei com a cabeça, não sabendo se essa era a imagem que eu queria passar, mas disposta a tentar a sorte. — Era só isso, vossa alteza?

A formalidade de Siena estava me embrulhando a garganta. Coloquei o vestido por cima das costas da poltrona e apontei para o sofá, indicando que ela sentasse; a rosa pareceu um pouco temerosa, mas aceitou meu convite e eu me sentei ao seu lado, tomando uma puxada de ar.

— Você e Kieran fizeram uma grande bagunça, não é mesmo? — Perguntei, sem saber como começar aquela conversa.

Siena ficou alerta, pareceu ainda mais nervosa, enrolando os dedos na blusa que vestia.

— Vossa alteza, eu...

Levantei a mão, pedindo que ela se calasse. Não queria desculpas, sequer queria aquilo de “vossa alteza” para lá e para cá.

— Não tenho nada a ver com isso — pontuei, um pouco mais ríspida do que pretendia. — Não concordo com todo esse comportamento de vocês e vocês deixaram a situação chegar ao insustentável — respirei fundo mais uma vez. — Mas agora acabou. Acredito que os dois tenham aprendido lições nada agradáveis com essa brincadeira e que cada um resolveu como pôde. Agora, nesse momento, preciso que vocês deixem isso para trás, no passado, e tentem se aproximar de como as coisas funcionavam antes de toda essa bagunça. Não... — vi a expressão de quase choro em Siena e me interrompi, buscando uma melhor forma de dizer. — Não estou zangada com você. Mas estou chateada e com saudades da minha amiga. Então... podemos só tentar colocar as coisas de lado?

Siena concordou com a cabeça e deixou duas grossas lágrimas escorrerem de seu rosto.

— Sim, é claro, vossa alteza.

— Michelle — corrigi-a, com um sorriso, oferecendo-me para um abraço com o sorriso.

Ela aceitou meu abraço, repetindo o meu nome com uma risadinha nervosa. Esperava, do fundo do coração, que aquela conversa encerrasse o jogo de Siena com Kieran e que ele pudesse superar seu coração partido em algum momento, tal como o fizera com Lorena. E também torcia para que ele parasse de cismar com minhas conselheiras porque, se acontecesse outra vez, eu colocaria fogo nas suas orelhas.

Siena me aguardou tomar banho enquanto me contava um pouco sobre o período em que ficou na corte com Melissa. Ajudou-me a arrumar enquanto me fazia incansáveis perguntas sobre Guilherme e nosso casamento, que ela sentia muito por ter perdido. Eu quase senti saudades do seu falatório ininterrupto. Pedi que ela chamasse todos enquanto eu arrumava meu cabelo para que fosse mais fácil prender minha coroa antes de sair e aguardei. Kieran foi o primeiro a chegar e alguém o tinha alertado para vestir suas roupas de gala vermelhas porque estava quase pronto. Ele se aproximou e deu um beijo em minha bochecha.

— Fui ver a mamãe quando acordei — contou-me. — Conversei com a amarela. Ela disse que a gravidez está avançando muito rápido.

Franzi a testa.

— Como assim? — Perguntei.

A porta se abriu e Lorena e Siena entraram em meio a uma pequena discussão comum das duas. Kieran avaliou as duas por um momento e se curvou, sussurrando em meu ouvido.

— Quer dizer que ela não estava grávida no seu aniversário — confessou. — E agora parece que está no final da gestação.

Segurei sua mão com força, encarando-o. Aquilo significava que havia uma chance de que pudesse ser uma criança élfica. Meu irmão não parecia ter a mesma convicção que eu, não com o estado de nossa mãe e a gravidez acelerada, mas mantive minha esperança para mim.

Sophia e Ellen se juntaram a nós pouco minutos depois e tivemos um café da manhã agradável em conjunto, com Siena e Kieran se esforçando em manter a convivência agradável.

Fernanda bateu a porta apenas meia hora depois em que conseguimos nos reunir. Lorena atendeu-a, estranhando.

— O conselho vai se reunir em vinte minutos, Violeta pediu que chamássemos a princesa — ela comunicou. — Bela manhã — cumprimentou-nos ao reparar em nossa reunião.

Apertei a mão de Kieran e dei um beijo em sua bochecha.

— Vá terminar de se arrumar — disse-lhe. — Vão todas vocês também. Sejam rápidos.

Cada uma correu para seus aposentos e eu, que estava pronta, apenas fui até onde guardava minha coroa e a coloquei sobre as ondas de cabelo que tinha preparado para isso. Encarei-me no espelho pequeno que tinha trazido da Terra em meu retorno e suspirei. A visão ainda era estranha e me cansava só de pensar no que teria que aprender a conviver com isso.

E a sombra da doença estava pairando sobre aquela coroa, me assustando ainda mais.

Com um suspiro cansado, saí de meu quarto e caminhei até duas portas à frente e abri sem bater. Guilherme estava todo embolado nos lençóis, dormindo como uma pedra. Sentei-me em sua cama e comecei a acariciar seus cabelos encaracolados; ele sorriu e, com um pouco de preguiça, abriu os olhos, piscando demoradamente ao me ver.

— Nossa... — murmurou, preguiçoso. — Com essa visão, já sei que vai ser um ótimo dia.

Sorri e dei um beijo estalado em sua boca.

— Estou indo pra forca — comuniquei-o. — Acho que posso demorar. Você vai ficar bem?

Ele sorriu e concordou com a cabeça. Esticou a mão e empurrou a parte solta do meu cabelo para trás de minha orelha.

— Você vai ficar bem? — perguntou.

Segurei seu pulso e beijei o dorso da sua mão, sem lhe responder com palavras. Guilherme sorriu triste, mas puxou minha mão para beijar, também.

— Preciso ir — comuniquei-o. — Tente não chamar muita atenção, por favor.

Ele colocou a mão na testa em um sinal de continência. Levantei-me e sai do quarto, jogando-lhe um beijo no ar.

Siena estava saindo de seu quarto no mesmo momento, com um vestido rosa claro tubinho e sorriu ao me ver. Lorena saiu logo a seguir, parecendo muito confortável com uma calça escura e uma blusa azul marinho larga. Siena a julgou, sem nem tentar disfarçar.

Ellen se juntou a nós no momento em que caminhava para o quarto de Kieran para apressá-lo. Ele abriu a porta na hora em que eu bati, girando sua coroa no indicador despreocupadamente. Estava com a gola da camisa ao avesso e seus cabelos não estavam nem um pouco arrumados e eu me pus a dar um jeito no visual do meu irmão e colocar a coroa em seu lugar; quando terminei, Sophia já tinha aparecido.

Chegamos ao conselho em bando e era a primeira vez em pelo menos cinco reinados em que não se visualizava uma corte completa. Minha mãe tinha se esforçado em convencer outras fadas a procriarem em um período próximo para me atender e era por isso que continuávamos a receber novas fadas.

Não fui a última a chegar, como era o costume. De alguma maneira, um grupo de fadas achou que seria uma ótima maneira de afrontar minha autoridade. Entrei na sala e parei em frente a cadeira em que minha mãe presidia o conselho, aguardando que todas terminassem de chegar. Mais cadeiras tinham sido colocadas para agrupar todo o meu conselho real, mais Violeta e Kieran. Lorena tomou o lugar à minha direita automaticamente, com Ellen ao seu lado. À minha esquerda, Violeta pausou-se, cerrando os olhos para o comportamento do grupo de fadas mais velhas que entrava na sala. Siena e Sophia sentavam ao seu lado.

Kieran estava imediatamente atrás de mim e, discretamente, empurrou sua cadeira um pouco mais à direita, o que permitiria que eu, ele e Lorena tivéssemos uma conversa rápida se fosse necessário.

Enquanto aguardava, virei-me para Violeta:

— Qual a pauta de hoje? — perguntei.

Ela suspirou.

— É a mesma da semana passada e a mesma da semana anterior — comunicou, como se pedisse desculpas. — Ainda sobre Estamina e Mandraca, mas também sobre o estado de saúde de sua mãe e como os elfos podem ser uma ameaça ao nosso estilo de vida.

Concordei com a cabeça, insatisfeita, sabendo que a última parte era culpa minha; eu, Kieran e quase todo o meu conselho tínhamos passado os últimos meses em Agulha Erudita.

— Bela manhã a todas — Violeta perdeu a paciência com um grupo de fadas idosas que parou no meio do corredor para conversar e atrasar ainda mais o início da reunião. Eu permanecia em pé, assim como Kieran e Lorena, e Violeta pôs-se de pé também. Um pouco desajeitadas, as fadas procuraram seu lugar. — Estamos iniciando mais uma reunião semanal do conselho geral das fadas de Lammertia, hoje presidido pela princesa Michelle, em face do estado de saúde de nossa rainha — ela virou-se para mim. — Podemos começar?

Acenei com a cabeça, engolindo o nervosismo. Tinha assistido minha mãe presidir os conselhos por alguns meses, não por vezes o suficiente para me sentir segura, mas dava para o gasto. Mesmo assim, fiz o oposto do que costumava ver, dei à volta na mesa do conselho real e desci às escadas para o centro, onde eu tinha sido julgada apta a viver assim que cheguei a Lammertia. Esperava que a memória ainda estivesse bem vívida nelas.

Procurei fazer contato visual com algumas das minhas maiores críticas, apenas para vê-las desviar o olhar, encabuladas com minha atenção.

Respirei fundo.

— Bela manhã para todas — eu disse, finalmente. — Gostaria de começar a reunião com o relato sobre a resolução do problema da linha sucessória de Estamina, que vocês já devem ter escutado falar. Lorena? — chamei-a.

Ela estava ao meu lado em dois segundos e deixei que ela tomasse a frente, narrando todo o desenrolar da batalha em Aella e como Melissa estava tomando de volta as rédeas da região. Retornei ao meu lugar, recebendo uma piscadela esperta de Kieran.

Curvei-me sobre a mesa, assim que Lorena terminou o relato, retornando ao meu lado. Lorena não poupou palavras para descrever meu controle do ar e do fogo, nem sobre o fato de eu já conseguir voar, mesmo com apenas quatro anos de transformação. Deixou a plateia um pouco menos hostil para mim e, assim, pude continuar a reunião com debates incansáveis e muitas farpas trocadas.

Ao final, não tinha sido uma reunião ruim, embora estressante.

— Antes de encerrarmos, gostaria de trazer à luz uma informação que recebi de minha conselheira Sophia — levantei-me, apontando para Sophia, que tentou se encolher, mas recebeu algumas cutucadas fortes de Siena, impedindo-a. — Por algum motivo, algumas de nossas leis foram esquecidas enquanto outras foram fortalecidas ao exagero ao decorrer das décadas — respirei fundo, sabendo que as palavras poderiam ir contra mim se eu não tomasse cuidado. — Há uma lei sobre o conselho geral, em específico, que caiu no esquecimento. Creio que algumas de vocês, com mais experiência, devem saber do que estou falando — procurei os olhares das mais antigas e percebi que havia um certo temor. — Para as mais novas e ignorantes, como sua princesa, eu as elucido: o conselho geral é formado por fadas que aconselharam apenas as últimas dez rainhas para que o progresso não seja evitado com costumes antigos — limpei minha garganta. — Compreendo que tivemos uma queda populacional e que os últimos dez conselhos não devem preencher nem 20% dessa sala; também não pretendo que a aplicação dessa lei signifique o que significava, forçando conselheiras a seguirem para as terras além porque seu serviço não é mais necessário — olhei para Violeta e vi que ela tinha perdido a cor porque sabia que eu estava cutucando um ninho de vespas. — Não é o que eu desejo. Não é o que nossa sociedade precisa. Porém, há coisas em nossa sociedade que precisam ser revistas e o nosso progresso ficou parado no tempo há séculos por conta de pensamentos retrógrados. O que eu lhes peço, hoje, é que se permitam aceitar o que é novo, evitem preconceitos antigos com outras raças, como elfos e magos, que são constantemente atacados por esse conselho. Pensem em que mudanças frutíferas podemos exercer em nossa sociedade, não em que coisas temos que podar para que nada mude. Tem que mudar, tem que evoluir, deixem que tudo floresça porque eu andei pelo país nos últimos meses e tudo o que eu tenho visto e escutado da maioria das espécies é como as fadas são soberbas e distantes. Se não soubermos mudar, vamos perder tudo. Obrigada pela atenção de vocês. Estarei de volta na próxima semana, caso minha mãe ainda esteja impossibilitada.

Sem esperar por respostas, virei-me de costas e procurei a saída. Kieran deu um pulo atrás de mim e minhas conselheiras demoraram um pouco mais, mas não o suficiente para que fosse vergonhoso.

O sorriso imenso de Ellen foi o que me informou que eu não tinha pisado tanto na bola assim.

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