Estrela Guia
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Por: Claire
Prólogo

A vida é um sopro...

Evapora.

Quando botamos uma panela no fogo e cozinhamos algo nela, automaticamente ela comeca a evaporar o liquido que contém no alimento. E é algo tão sem importância, que nem percebemos. 

A vida é assim. Supomos que o alimento é sua vida, e o líquido é as experiência que tomamos durante o processo do cozimento. A beira da morte é a tampa, que quando levantamos deixamos escapar o "gás ". As experiências evapora e o que resta é alimentos para alguém. Ou melhor dizendo, as lembranças. 

A vida humana é frágil como vidro e previsível como um filme cliché. O roteiro quem faz? tambem queria saber. 

Vamos nascer, se der, viver e morrer. Me diz o que tem de novo?

Eu não era assim. Eu amava a vida e tudo o que ela podia oferecer. Acreditava que a vida dar aos seus hóspedes aquilo que realmente merecem. Tipo vida passada se você foi uma boa pessoa vai poder reencarnar conforme suas boas atitudes.

Minha mente era frágil e imaginava coisas. Uma vida boa, filhos, marido, emprego bom que me desse dinheiro suficiente para poder fazer uma viagem internacional duas vezes ao ano. Sonhos e sonhos forjados durante nossa infância para fazer crescermos sem ter realmente a noção da vida de merda que todos temos. Pelo menos a que eu comecei a ter.

Há 2 anos, veio sentindo dores. Repetidas dores da cabeça, na barriga, enjoo, vômitos. Fiquei confusa pois eu tinha 15 anos, e estava apaixonada e estava andando com os populares do colégio. Eu estava muito bem de vida. Eu achei que realmente estava.

Como dito, eu sentia muitas dores e fiquei preocupada, mas como qualquer adolescente do tipo" eu não ligo para minha saúde e vou tomar uma aspirina", eu fiquei assim durante 3 meses.

Até que aconteceu o que eu quase morri. Durante uma corrida na quadra da escola, depois de 5 minutos correndo, comecei a sentir um aperto no meu pulmão. Porém continuei correndo, depois de 2 minutos comecei a tossir e depois de 3 minutos cai no chão tonta e tossindo sangue.

A unica coisa que lembro vagamente é Aline me gritando e logo em seguida gritando o Sr° Junior, o professor de educação física, alegando que eu estava morrendo. Depois disso eu estava no hospital com um aparelho para eu poder respirar. Foi um pesadelo completo. 

Conclusão de tudo: eu estava com câncer.

Se eu fizesse radioterapia eu teria chance de cura. De 70% de cura.

Apesar de tudo eu fiquei confiante, passei o restante dos meses escondendo das pessoas que me cercavam( amigos da escola e minha paixonite) , eu segui minha vida normalmente.

Mas não durou muito. 4 meses depois meu cabelos cairão. Em 6 meses eu não tinha sobrancelhas e nem cílios. E em 8 meses eu não queria sair de casa.

Minha "paixonite" me disse essas palavras: " Não quero me apaixonar por ninguém, principalmente alguém que pode me deixar. Desculpe. "

Eu entendi. De verdade. Então eu fiz o que todos fariam. Me afastei e me fechei completamente. Não falo com ninguém naquele colégio ha um ano. 

Passei minha ferias de verão trancada em meu quarto querendo fazer absolutamente nada. 

E daqui a 2 meses, vai começar meu último ano na escola.

E eu espero morrer antes disso.

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