Capítulo 5

                                               O Herdeiro da Máfia

— Estava pensando em você. Fiquei excitado — ele não podia ficar ali sem fazer nada. — Vamos à sala de vídeo, soube que hoje está vazia.

— Ficou louco! O Geraldo não vai permitir que…

Ele saiu puxando-a pelo braço.

— Veja, a porta nem trancada está.

— Senhor, não tenho permissão para deixá-lo usar a sala fora da aula.

Brady enfiou a mão no bolso.

— Para você levar sua mulher ao melhor restaurante e hotel, e ainda pode pagar uma limusine.

Ele olhou para todos os lados, pegando o dinheiro.

— Tudo bem, ninguém vem essa hora aqui mesmo, e aquelas câmeras estão em manutenção nesse exato momento.

Brady já havia fechado a porta, Donna abria sua calça com habilidade e meteu a boca no seu pênis.

— Assim, você gosta.

Ele a segurou pela cintura, suspendendo-a para cima de uma mesa, arrancando sua calcinha de renda preta, sentindo-a toda molhada.

— Estou excitado, garota!

Donna o segurava com suas pernas envolvidas no seu quadril.

— Mete, amor! Goze! — fechava os olhos lembrando-se do primeiro dia em que transaram na mansão dos Cappllys.

Ele tapou sua boca para que não falasse mais nada. Seus pensamentos estavam nela, até aquele momento. Como não poderia pensar em alguém? Isabelle veio à sua mente e ele bruscamente gozou.

— Vamos voltar para a aula — Brady vestiu a calça com o pensamento vago, beijou-a e saiu segurando sua mão.

Donna voltou para sala atordoada com o gozo e os gemidos.

— Ai!

— Machucou-se, senhorita?

— Professora, espetei o dedo — ela sorriu olhando para a amiga, a qual já imaginava o porquê do “ai”.

Na saída Donna observava Brady conversar com a popular Tracy. Era a líder de torcida do colégio onde estudava.

— Aquela vadia acha que vai pegá-lo? Engana-se! — Donna sentia o ciúme tomar conta do coração.

— Calma, Donna, eles só estão conversando — Camilla era uma das melhores amigas de Donna.

— Ele é só meu e de mais ninguém, Camilla. Tenho que aproveitar, ele vai viajar amanhã com o avô e não poderei ir, vai ter um jantar em família lá em casa. Creio que Anne Adams irá também viajar com ele. Ela não é perigo!

Camilla citou:

— Ela é linda. Ontem estava passando uma reportagem falando do relacionamento dela com uma garota. Eu ficaria com ela.

—Camilla! Você nunca me falou de...

A amiga a interrompeu.

— Calma, só um comentário e nada mais. Ela nem sabe que eu existo.

— Ela é linda mesmo — sem pensar comentou. — Quem sabe um dia eu não fique com ela por você — riu.

— Donna!

*

O casal Capplly estava em Amsterdã a negócios no Amstel.

— Esse lugar é fabuloso — comentou Sarah olhando à sua volta. Lembrava-se das viagens em férias com toda a família. — Fico preocupada com Brady. Anne desistiu de viajar com eles.

John a beijou no pescoço.

— Amor, não se preocupe. Brady está no sudoeste da França. Sabemos como ele gosta do Du Palais. Lembra quando ele e Anne tinham uns sete anos e se vestiram de Napoleão III? — ele se emocionou ao recordar o rosto do filho. — Ele ama aquele lugar. O papai está com ele — sempre que o casal Capplly tinha grandes negócios, mandava o filho para algum lugar, que apenas a família sabia onde era. — Apenas nós sabemos onde eles estão. Pet informou que Anne tinha um compromisso.

Ela retribuiu seu carinho.

Brady saiu do quarto do hotel em direção ao restaurante onde seu avô o esperava. Ao virar o corredor que dava acesso ao restaurante, restrito aos demais hóspedes, reservado à equipe formada de seguranças, advogados e atiradores profissionais que acompanhavam os Cappllys, ele esbarrou em três garotos que saíam do elevador.

— Olha por onde anda, seu idiota! — comentou um dos garotos.

Os seguranças disseram aos garotos que se retirassem do lugar, pois estava fechado.

— Desculpe! Este andar está restrito a babacas como você — Brady virou-se para entrar no restaurante quando ouviu uma voz baixa comentar:

— Vamos pegá-lo mais tarde!

Brady parou, perguntando ainda de costas:

— O que você disse? — Brady sabia defender-se sem ajuda de segurança.

Eles o reconheceram.

— Droga! Não falamos nada — comentou o menor, de olhos puxados e cabelo preto. — Pegamos o elevador errado. Vamos!

— Não seja idiota! Onde já se viu, o restaurante e corredor interditado por causa deles? Essa família é uma praga. Não temos medo dos seus capangas.

Os seguranças receberam ordens para não agir.

— Deixem comigo! — Brady fez sinal com a mão. — Não preciso dos meus capangas. Se eu fosse vocês, sairia correndo — ele se posicionou acertando golpes perfeitos em cada um deles, sem deixar brechas para qualquer um deles reagir. — Nunca mais insulte minha família! — ele sentia-se realizado. — Seus idiotas — Brady só parou de socá-los quando seu avô o segurou pelos ombros.

— Brady! — ele se assustou ao ver os garotos desmaiados com o rosto coberto de sangue. — Leve-os para algum lugar, faça acreditarem que houve uma briga entre eles. Coloque drogas no local. Injete drogas. Façam uma varredura nas câmeras e apaguem tudo, agora! Não deviam ter permitido — ele falou ao ouvido de um dos seguranças. — Vão logo! Pegue as gravações do andar — ele levou o neto para o restaurante.

— O que aconteceu?

— Eles me insultaram! — Brady lavava as mãos tranquilamente. — Estou faminto.

Os seguranças providenciaram para não serem vistos ao saírem do hotel. Uma grande ala estava reservada para a família Capplly e havia uma rota pela qual apenas eles poderiam passar.

Brady jantou como se nada tivesse acontecido — ele virou para o avô e sentiu que o mesmo o observava com certo orgulho.

No dia seguinte o jornal local comentava que três adolescentes haviam sido encontrados a quilômetros do local, completamente drogados e embriagados. Provavelmente houve uma briga entre eles, por disputa de drogas. Todos estavam feridos e existia no local apenas uma seringa, que pode ter sido o motivo da briga entre eles. E o mais curioso: eles não se lembravam de nada.

— “Jovens ricos que passavam férias no famoso Hotel Du Palais foram encontrados drogados e surrados. Eles informaram não se lembrar de nada e estão internados em uma clínica não revelada pelos pais”.

O casal Capplly assistia a reportagem no quarto do hotel.

— Que coisa horrível! — exclamou Sarah pensando no filho. — No mesmo hotel que Brady…

— Amor! Não se preocupe, ele está com o papai — ele resolveu ligar para acalmar a mulher. — Papai!

— Estamos bem, filho, vamos nos encontrar em Madrid no Hotel Ritz. Não se atrase, por favor.

— Brady está bem?

— Perfeitamente! Por quê?

— Uns garotos que estavam…

Ele o interrompeu:

— Insultaram nossa família. Brady deu uma pequena lição neles.

— Como? — ele procurou manter a calma, Sarah o observava da cama. Disfarçou. — Estaremos, papai, fale que estou muito orgulhoso. Sarah manda beijos. Onde ele está?

— Aproveitando umas meninas — respondeu rindo. — Ele é nosso orgulho, filho, te amo — desligou.

Sarah preferiu ficar em silêncio ao ver o marido desligar o telefone.

Na manha seguinte Sr. William se encontrou com o filho no Ritz.

— Como vão? — ele beijou Sarah.

— Mamãe! Como é bom vê-la!— ele abraçou-a com carinho e doçura. — Quero ir ao Japão — Brady esperou seus pais falarem algo. — Apenas um ano.

— Japão? Um ano? — Sarah sabia que era coisa do Sr. William. — O que vai fazer no Japão?

Ele sentou ao seu lado com seus lindos olhos azuis a admirá-la.

— Quero estudar um pouco da cultura. Quero aprender com os japoneses.

Isabelle, que estava presente, se surpreendeu. “O que se passa nessa cabeça?”

— Brady, não! — sua mãe discordou. — Contrataremos um chinês, um japonês. Isabelle pode...

— Mamãe!

— Não! E não quero saber de quem foi a ideia absurda.

Ele olhou o avô, saindo em direção ao seu quarto, se jogando na cama olhando o teto. Seu telefone vibrava no bolso do terno azul-marinho, feito por encomenda. Brady hesitou em atender.

— Donna.

— Estou com saudade de você — ela o amava loucamente. — Deixou-me com saudades da última vez no colégio.

— Gostaria que estivesse aqui — ele permaneceu deitado ao ouvir bater na porta. Não havia solicitado serviço de quarto e os seguranças estavam espalhados pelo corredor. No segundo toque levantou abrindo a porta. — Donna! O que faz aqui? — Brady não esperava vê-la até o final da semana.

— Não gostou da ideia? Está acompanhado? — ela olhava com desconfiança ao seu redor. — Sua mãe me convidou e você acabou de dizer que...

— Eu sei o que acabei de falar — ele olhou seu corpo sexy. Sua saia exibia o formato perfeito de uma garota de 16 anos. — Adorei! Eu não… — como não gostar? Era linda e sem pudor. Adorava sua boca e mãos, já podia sentir seu membro excitado. Segurou suas mãos beijando-a nos lábios, sentindo seu corpo ser tocado. Eram dois adolescentes com todo o desejo da descoberta do prazer. Donna retribuía deixando que conduzisse suas mãos.

— Seu tarado! — suas mãos eram ágios e delicadas. Seu corpo foi jogado sobre a cama. — Faça o meu corpo feliz.

Ele a devorava freneticamente, sentindo o coração bater contra o dela.

— Farei sua alma penetrar a minha — seu corpo se movimentava junto ao dela como uma dança. Seus corpos unidos e suados marcavam os lençóis.

—Quero seu corpo por completo.

Donna era faminta, procurava realizar seus desejos. Desceu com sua boca percorrendo o corpo nu de um verdadeiro atleta.

— Amo você! — continuou até chegar a seu membro excitado, colocando-o na boca de forma hábil.

Brady a segurou pela cintura, encostando-a contra os travesseiros.

— Quero você — penetrava sua alma, a pressão que fazia com seu membro dentro dela o deixava desvairado e alucinado de prazer. Naquele momento, queria se concentrar apenas no prazer que recebia e proporcionava.

— Brady, me ame — ela sorriu ficando de joelhos na cama, apoiando os cotovelos no travesseiro.

Beijando suas costas, ele acariciou os seios dela.

— Te dou o que desejar — sabia ser gentil. Sua mãe sempre falava: “Nascemos para ser amadas e respeitadas”. Mas não era o momento de pensar na mãe.

Preocupada, Sarah conversava com o marido.

— John, de onde Brady tirou a ideia de ir ao Japão?

— Nosso filho é inteligente. Vamos realizar o desejo dele.

Ela desaprovou.

— Nunca!

John a segurou pela cintura, conduzindo-a até o sofá.

— Temos que ficar um ano também no Japão a negócios — ele percebeu o ar de satisfação de sua amada. — Enquanto você fazia sua massagem, pensei.

— Vamos a negócios e… Tudo bem.

Durante o almoço na suíte do casal Capplly, todos conversavam animadamente.

— Você quer ir mesmo ao Japão? — perguntou Sarah ao filho.

— Não, mamãe — ele respondeu sem rancor.

Ela estava surpresa, percebendo que o marido também.

— Pensei bem e cheguei a uma conclusão.

— E qual seria a conclusão?

— Isabelle foi treinada com uns dos melhores monges. Ela é a pessoa perfeita.

— Ótimo! — respondeu Sarah aliviada, enxergava que Isabelle o fazia bem.

Donna sentiu raiva.

— Ia viajar e não me falou nada. E ainda vai estar com esta mulher…

Isabelle estava sentada ao lado do Sr. William, observando-o discretamente.

— Não vou mais, Donna. É o que precisa saber — ele olhava Isabelle com sua postura ereta ao lado do seu avô. — Donna, volte para o apartamento do seupai.

Ela passou o guardanapo nos lábios dizendo:

— Irei acompanhá-lo a uma festa de um juiz aposentado. Robson Bator. Papai faz questão que eu esteja presente.

Brady sorriu.

— Bator? Bator! — ele a conduziu até a saída, achando engraçado o nome.

O Sr. William olhou para o filho.

— Esse juiz tentara me prejudicar várias vezes. O que o pai dela vai fazer com ele? Ouvi bem, ela disse “Bator”?

À noite Brady foi com Isabelle ao restaurante Zalacaín, encontrando o pai de Donna em companhia de um velho gordo de cabelos grisalhos. Ouviu o maître comentar: “Sr. Bator”.

A presença de um Capplly era sempre motivo para os fotógrafos e repórteres ganharem dinheiro. Quem conseguisse uma boa foto ou uma entrevista do jovem Brady seria muito bem recompensado. Era um sonho de todos, e ele, apesar de ser muito simpático, era cercado por um batalhão de seguranças. Desde a saída de Catherine estava sempre em companhia de Isabelle e da equipe que fazia sua escolta.

Leia este capítulo gratuitamente no aplicativo >

Capítulos relacionados

Último capítulo