Capítulo 03


      Da confusão a oportunidade 

Assim que Jhulie terminou de tomar seu uísque e se preparava para sair do bar enquanto se levantava pegando sua mochila sentiu uma mão em seu abraço se virou vendo o Líder dos Bad boys, ou seja, lá o que ele fosse daquele grupo. O homem de cabelo platinado se pronuncia olhando maliciosamente.

— Já está de saída gata? Ainda está cedo o que achar de tomar uma bebida comigo! — ela colocou sua mochila sobre seu ombro não dando a mínima para a pergunta ou convite do homem foi apenas retirando sua mão do seu braço dizendo. 

— Não… obrigada! Estou com um pouco de pressa! — o sujeito então apertou seu braço com mais força ainda enquanto ela o encarou sem paciência nenhuma, confessou de modo sério. — Você… faz o favor de me soltar! Está machucando, meu braço. — os olhos do homem continuavam analisando de cima para baixo então ele perguntou com provocação. 

— Se eu não quiser? Fará o quê mesmo! — jhulie apertou seu maxilar o encarando com os dentes trincados e comentou. 

— Quebrarei essa sua cara nojenta! Agora me solta...

O homem continuava apertando mais o seu braço e isso já estava a machucando, então ela não se controlou fechou a mão dando um soco na sua cara, quando jhulie consegue se livrar de sua mão o empurrou para cima de umas das mesas, ele levantou furioso dizendo após passar a mão no nariz e percebe o sangue.

— Sua vagabunda! Isso não ficará assim, você quebrou meu nariz, acabarei com você… — Jhulie observou o grupo riu que estava com ele, comentando: apanhou de uma mulher, ele então a atingiu com um soco e puxou seu cabelo confessando enquanto se aproxima do seu rosto.

— Agora! Você terá o que merece, sua cadela!

Ela precisava sair dessa situação, esse homem era uma coisa pequena perto do que já havia enfrentado. Rapidamente tomou o controle da situação e começou a espancá-lo com socos e pontapés, não deixando o próprio se defender até que a dona do bar gritou desesperada.

— Garota pare! Com isso… Agora você vai matá-lo. — foi então que ela parou e viu o cara totalmente desfigurado, um dos homens do seu grupo veio na sua direção furioso.

— Sua cadela! Acabaremos com você.

O ódio em seus olhos era evidente então, Jhulie lembrou que estava armada e puxou sua arma apontando para o grupo todo que recuaram para trás, um deles disse se aproximando sorrateiramente. 

— Olha calma! Isso não adianta nada aqui… Estamos em maior número do que você. — ela deu um sorriso e confessou maliciosamente apontando a arma na direção do grupo. 

— Se essas? Balas não derem conta, eu tenho mais aqui nessa mochila! Agora saíam da minha frente… só quero seguir meu caminho! Para o lado agora.

Atirou para cima não demonstrando medo, isso aprendeu bem com seu pai, jamais abaixe sua guarda e deixe seu inimigo perceber o medo em seus olhos, ela foi saindo devagar até chegar do lado de fora. Quando se encontrava totalmente longe correu até chegar numa rua bem movimentada e chamou um táxi assim que entrou no veículo o senhor ficou a olhando atordoado? 

— Olá? Moça, tudo bem! — o senhor observa os hematomas meio preocupado, mas jhulie controlava a dor comentando enquanto se ajeitava sobre o banco do veículo.

— Sim, Estou bem! Por favor, me leve nesse endereço.

Mesmo assim o senhor não parecia convencido e ficou em dúvida e perguntou novamente. 

— Tem certeza? Não quer que eu a leve a um hospital primeiro! — ela olhou para ele negando com a cabeça. 

— Não… Senhor, eu estou bem!

O senhor acena se virando com cabeça para frente e começa a dirigir a levando ao lugar desejado, Jhulie tenta limpar o sangue que escorre do seu nariz com um lenço. Quando chegou na frente da casa de sua tia, antes de entrar pensou: merda! Tomara que a tia Lucy não esteja em casa. 

Mas quando entrou percebeu que não seria assim tão fácil esconder seu rosto, Lucy e Sebastian estavam no sofá da sala assistindo TV, ela tentou passar por eles sem ser notada, mas Lucy a viu antes e comenta com alegria ao vê-la.

Mas quando entrou percebeu que não seria assim tão fácil esconder seu rosto, Lucy e Sebastian estavam no sofá da sala assistindo TV, ela tentou passar por eles sem ser notada, mas sua tia a viu antes e comenta com alegria ao vê-la.

— Filha… finalmente chegou! Já jantou? — Jhulie respondeu o mais rápido possível, enquanto andava na direção do seu quarto.

— Sim! Já comi algo na rua não se preocupe, quero ir para o quarto estou cansada vou indo… — Antes que pudesse andar mais um passo para frente Lucy a puxa pelo braço.

— Espera! Quero falar com você… Meu deus, porque você está? Toda machucada quem fez isso com você, filha!

Os olhos de Lucy estão assustados e marejados querendo chorar, mostra preocupação e Jhulie percebe que Sebastian também olhava do mesmo jeito.

— Tia calma! Só acabei me envolvendo em uma briga no bar, o cara queria me obrigar a beber com ele e como disse não, acabamos saindo na porrada nada de mais… — Lucy afirma perplexa olhando. 

— Nada de mais? Jhulie você está brincando comigo! Olhar sua cara como está horrível!

Jhulie deu um sorriso de escárnio lembrando da cara daquele homem e o estado em que o deixou.

— Acredite! Que a dele está pior, completamente irreconhecível! 

— Não duvido muito de você, sei bem como teus pais te treinaram para se defender! Vá tomar um banho, vou m****r Sebastian cuidar desses machucados!

— Tia! Não se preocupe não precisa eu me viro. — Lucy vira de costas na direção da cozinha dizendo. 

— Não discuta comigo vá logo!

Jhulie acena concordando indo para o quarto, tira sua roupa, entra no banheiro se jogar debaixo do chuveiro pensando: mal cheguei e já estou me metendo em alguma briga ou confusão. 

Debaixo do chuveiro ela deixa a água lavar seus ferimentos olhando para água ensanguentada que escorrer do seu corpo e descer pelo ralo, as lembranças de todas as perseguições vêm a sua mente como um flash. Como esses ferimentos eram pequenos perto do que já enfrentou? Até tiro tomou e quase perdeu a vida numa dessas tentativas de suicídio contra sua vida, a última que conseguiu escapar ainda levou uma facada, nas costas perdendo muito sangue, mas fugir daqueles indivíduos. Dirigiu por horas até bater numa árvore, e só lembrar de acordar no hospital. Ao sair do banheiro, ela vai em direção ao seu closet, coloca uma roupa bem confortável e resolve se deitar, pois, estava bastante, quebrada todo seu corpo doía. Escutou alguém batendo na porta, e disse para que entrasse vendo Sebastian com uma caixa de primeiros socorros lhe dando um sorriso fraco ele se sentou na beirada da cama dizendo.

— Bom… Prima! Vamos cuidar desses, machucados.

Ele pegar o algodão e molhar no soro fisiológico, jhulie olhava como Sebastian tinha cuidado ao cuidar dos seus machucados supôs que ele tentava diminuir a dor não apertando o algodão com tanta força; se ele soubesse que muita das vezes ela só teve apenas um pedaço de pano amarrado aos seus ferimentos e às vezes até mesmo dias de febre quase pegando uma infecção grave. Jhulie fecha os olhos apagando isso da sua memória para não lembrar mais, às vezes era doloroso demais. Ela sempre teve que se virar do jeito que dava, não procurava hospitais, pois sabia ser a primeira coisa que aqueles desgraçados faziam quando lhe causavam ferimentos graves, um dia encontrou com um deles, na sala de curativos e teve que matá-lo com um bisturi e sair dali praticamente correndo antes que mais deles aparecesse naquele local.

Desde do ocorrido nunca mais recorreu a hospital nenhum se virava de outras maneiras, não ficava na mesma cidade por muito tempo, no outro dia já estava em outro lugar outro país. Ela vivia como um andarilho sem rumo nem direção para lugar nenhum. Sebastian limpou os ferimentos com certa paciência se jhulie não fosse totalmente paranoica podia jurar que ele estava gostando de lhe tocar seus olhos brilhavam ao percorrer seus ferimentos. Até pensou que devia estar louca imaginando que seu primo está babando por si, imaginou que deveria ser no mínimo o efeito dos socos que pegou, depois de um silêncio constrangedor ele se pronuncia puxando conversa.

— Acabei aqui! Agora vou cuidar desses machucados no seu rosto! Esse cara te acertou feio hein… — Sebastian passou algo no algodão e começou a passar nos hematomas que doía demais, Jhulie soltou um grunhido de dor que aquilo estava lhe causando.

— Aí… Mas que porra essa? Está doendo para caralho. O que é isso! — Ele riu e respondeu de um jeito provocativo.

— É uma mistura de ervas curativas da mamãe, está doendo? Cadê aquela garota valentona e durona! Pensei que fosse mais forte que isso querida prima… 

— Eu posso! Te mostrar agora mesmo, com essa mão aqui te dando um belo soco nessa sua cara bonitinha… O que me diz?

Ela falou com desdém apontando seu punho para ele que mordeu o lábio de um jeito provocativo antes de dizer.

— Ah! Eu pensei que iria me mostrar de outra forma! Algo mais sensual sabe tipo um estripitize... — Jhulie revirou os olhos com seu comentário nojento. 

— Aham… Nem nos seus sonhos! Seu idiota, e bom tira esses pensamentos pevertidos e imundos da sua cabeça, eu sou uma moça pura e sua prima. A única coisa que você ainda vai ganhar vai ser um belo de um soco.

Sebastian riu se levantando olhando de um jeito divertido.

— Pronto! Já terminei sua ogra! Vou indo à mamãe ira te trazer algo para comer, melhoras. — Jhulie o agradeceu enquanto se ajeitava sobre a cama.

— Sebastian, obrigada! Por ajudar com os curativos… — ele sorriu e afirmou olhando da porta. 

— Que isso… Não foi nada priminha! 

Jhulie achava Sebastian muito convencido mesmo, ele saiu dando aquele sorrisinho de lado, sinceramente ele conseguia lhe tirar do sério se perguntava qual era o problema dele? Se achava demais. Depois de alguns minutos Lucy traz uma bandeja com sopa, umas torradas e uma sobremesa de chocolate, ela comeu tudo e depois do jantar caiu em um sono profundo estava muito exausta e dolorida.

Se passaram 3 dias depois do ocorrido os hematomas no rosto de Jhulie estavam quase sumindo, hoje era terça-feira, ainda estava na espera das chamadas de empregos. Na cozinha ouvia sua tia Lucy dizer que sua prima Ana chegaria hoje da Inglaterra, que se daria bem com Ana, pois ela era uma menina muito alegre e extrovertida. O telefone tocou, Lucy atendeu e chamou Jhulie alguns segundos depois. 

— Filha? A ligação é para você, parece ser de alguma empresa! — ela pegou o telefone perguntando animada.

— Alô, pois não? — uma mulher do outro lado da linha se pronunciou. 

— Bom dia… Senhorita Jhulie Castro! Chamo-me Bárbara Aqui e da empresa Alfa Corporation, seu Currículo foi analisado e gostaríamos de marcar uma entrevista de emprego com você. Está disponível? — Jhulie respondeu séria não demonstrando a alegria que estava sentindo por dentro.

— Sim! Quando, qual dia e horário? 

— Segunda-feira às 9 da manhã! Por favor, não se atrase! 

— Está bem… Obrigada, estarei lá! — Ela respondeu agradecendo. 

— Obrigada, tenha um ótimo dia!

Assim que a moça desligar jhulie ficou pasma, pensando: será que trabalharia nessa empresa? Que me interessou tanto espero que sim, estava viajando nos seus pensamentos quando sua tia a chama a questionado.

— Então! Querida está tudo bem? — sorriu de lado afirmando. 

— Sim, tia! Me ligaram para marcar uma entrevista de emprego. 

— Espero que dê tudo certo, filha boa sorte! 

— Eu também tia! — Essa poderia ser a oportunidade de mudar sua vida. Parecia que as coisas estavam dando certo para ela até aqui, mais ainda que ver no que dar daqui para frente.

Jhulie ficou tão animada e esperançosa com a entrevista de emprego que ajudou a tia nos afazeres da casa, para ver se o tempo passava mais rápido. Lucy estava lhe contando sobre suas aventuras amorosas da adolescência com sua mãe, Jhulie não se aguentava de tanto rir de cada caso, era uma história mais engraçada que a outra. Ficou pensando: em como seria sua mãe participando dessas conversas apostou que ficaria feito um pimentão de tão vermelha. Nunca imaginou que teria uma tarde tão agradável do lado da tia, ajudou ela a preparar o jantar, e fazer uma sobremesa de Maracujá que havia ficado muito saborosa. 

Estava sentada no sofá assistindo um filme chamado Fallen, parecia ser ótimo com Sebastian que também, assistia ao seu lado comendo um monte de porcarias, se perguntava? Como ele não engordava com todas essas besteiras que comia? Ele até ofereceu, mas ela negou com cabeça recusando então Sebastian ergueu a sobrancelha perguntando. 

— A princesa não curte comer besteiras ocasionalmente não? — Negou com a cabeça justificando sua rejeição.

— Eu não sou muito fã de doces! Não gosto de me encher de besteiras. — Sebastian deu de ombros dizendo enquanto levava um doce à boca. 

— Ótimo! Você é que perde, está tudo uma gostosura… — ela usou seu sarcasmo enquanto continuava assistindo o filme.

— Aham… Pois, continue se matando sozinho, do jeito que come doce; logo você ficará diabético ou obeso. — ele revirou os olhos dizendo.

— É você saber o que vou te dizer né?

— Sim! Sei mais, que se foda, a saúde é sua não minha… — Sebastian apenas sorriu de lado e voltou a assistir ao filme.

A porta se abriu e uma linda garota dos olhos da cor de Sebastian entrar, ela era muito bonita parecia até uma modelo! Sebastian perguntou com um sorriso eufórico quando lhe viu.

— Ah! mana… Que bom que você chegou! Saudades, pirralha voltou por quanto tempo?

— Hum! Eu não sei ainda! Porquê? Já quer que eu vá embora? 

— É claro que não! Deixa de bobagem, e a propósito essa é a nossa prima Jhulie!

— Oh! Nossa você é muito bonita! Minha mãe não exagerou, prazer jhulie. Sou Ana!

— Obrigada! Então Ana como foi a viagem? — sua prima sorriu ao lembrar de algo. 

— Ah! Foi melhor que nunca! Tenho muitas histórias sobre minhas aventuras para contar… 

Ana conta tudo da viagem e os lugares que visitou ela era muito extrovertida, contava alguns casos que era difícil não rir quando Lucy chegou logo se juntou a conversa comeram e tomaram um belo vinho que Ana havia trazido contou que Londres e um lugar incrível e que tem muitos lugares e homens bonitos, Sebastian revirava os olhos quando sua irmã falava sobre os homens e um idiota mesmo pensou jhulie… Ana afirma que adora viajar já foi para vários lugares, de certo modo jhulie sentia um pouco de inveja dela, também queria viajar assim mais sabia que seu dinheiro não dava para quase nada imagina para sair de país em país imaginava que talvez um dia pudesse fazer isso, continuo ouvindo Ana falar sobre um ponto turístico de Londres, ela dizia fascinada que talvez quisesse mora lá e Lucy não pareceu gosta muito da ideia as duas trocavam um olhar de discordância. 

Depois de altas conversas, Jhulie foi para o seu quarto dormir esses dias pareciam tranquilos demais para ela. A semana passou voando, hoje seria o dia da entrevista, Jhulie estava nervosa, mas tentava não demonstrar isso, hoje seria o seu grande dia. Esperava que desse tudo certo com essa entrevista de emprego. Ela precisava do emprego o salário era bom, poderia até ajudar nas despesas da casa não gostava de está dando trabalho para sua tia, pois sabia que Lucy estava com problemas financeiros, na sua pequena empresa e ainda por cima veio mais ela para dar gastos e despesas se sentia mal por isso…

Enquanto caminhava até a empresa, lembrou do dia em que escutou a tia conversando com Sebastian sobre o banco está cobrando o empréstimo em juros muito altos. Jhulie queria poder ajudá-la, sabia que Lucy disfarçava, mas estava com problemas financeiros graves. Mas pensou positivo que daria tudo certo, assim não ficaria tão nervosa.

Cada quadra o nervosismo aumentava, Jhulie queria se sair bem nas perguntas, não ficar tão nervosa e gaguejasse seria muito constrangedor para seu Curriculum. Estava rezando para que aqueles, homens que sempre estão atrás dela, não viessem para essa cidade, não queria ter que deixar tudo outra vez e ter que sumir do mapa. Ela não quer que sua tia se machuque ou os filhos dela, jhulie não se perdoaria se acontecesse algo com qualquer um deles. Esperava que aquela confusão que aconteceu naquele bar não fosse uma pista para aqueles caras saberem onde ela se encontrava. Se eles descobrirem não vão demorar para a localizar e não precisava disso agora, ela tenta se manter calma. Mas sempre tendo que ficar atenta a isso, não pode se descuidar disso, se realmente conseguir esse emprego vai precisar adquirir umas armas novas seu 38 não será eterno para sempre terá que comprar algo novo aqueles indivíduos estão cada vez mais fortes, jhulie quer está preparada para um novo ataque, se acaso eles encontrarem novamente. Estaria muito bem armada, daria um jeito de comprar umas granadas para fazer os cadáveres daqueles trastes voarem pelos ares. Seus pais nunca lhe contaram a verdade do por quê? Essas pessoas queriam tirar sua vida, sempre lhe diziam que ainda era cedo para saber de tudo e o que aconteceu foi que eles morreram e levaram o segredo sobre ela com eles, e agora Jhulie tem que aprender a sobreviver se quiser saber sobre o que se esconde por trás de sua origem. Porque essas pessoas querem tanto sua morte e quem é o mandante por trás disso tudo? Estava tão distraída pensativa que nem percebeu que já havia chegado em frente, a empresa, puxou a respiração e suspirou e disse: é aqui vamos lá. 

Quando chegou na recepção do prédio pediu que a secretaria da recepção avisasse a senhorita Bárbara, ai ela havia, chegado para entrevista, Bárbara ligou poucos minutos depois e disse para aguardar que está descendo jhulie sentou em uma das cadeiras, e aguardando alguns minutos uma jovem de cabelos loiros e olhos azuis e corpo esbelto com um sorriso no rosto lhe olhar se aproximando com uma prancheta nas mãos.

— Oi! senhorita Castro? Desculpe a demora.

— Sim! Pois, não? — se levantou respondendo e a mulher que se pronunciou novamente. 

— Por favor! Me acompanhe meu nome é Bárbara!

— Sim, é claro! — Jhulie prosseguiu pelo corredor, até chegar no elevador. Tudo na empresa era deslumbrante. Quando chegaram ao andar marcado Bárbara disse para que ela entrasse na sala ao lado, pois tinha um rapaz lá que iria lhe entrevistar! Concordou com a cabeça, indo em direção a sala. Quando entrou o rapaz disse para sentar.

— Ola? Bom dia, senhorita Castro! Sente-se me chamo Nicolas… 

— Prazer, senhor Nicolas! Sou jullier castro…

— Por favor, sem esse senhor! Não sou tão velho assim, me chame de Nicolas! — ele riu de um jeito extrovertido enquanto Jhulie respondeu meio envergonhada.

— Oh sim, desculpe pelo senhor! — Nicolas ajeitou seus óculos e analisou seu currículo perguntando.

— Claro! Esqueça isso… Então falaremos sobre você! Vejo aqui pelo seu currículo que, é bem capacitado, mas sem experiências; pode me dizer o motivo? — Com os pensamentos longes e as lembranças vindo com força total Jhulie justificou.

— É que depois da morte dos meus pais, não me interessei por mais nada! Me isolei do mundo, mas prefiro não falar sobre isso. Só não tive vontade de trabalhar ou focar em algo assim… — Nicolas comenta sem jeito ao perceber seu incômodo de falar sobre isso. 

— É claro perdão! Mas porque se interessou pela vaga? — ele observa curioso esperando sua resposta. 

— Digamos que eu preciso de um emprego! Acabei de me mudar para cá e também, quero aprender e ter mais conhecimento, crescer profissionalmente, entender? Gosto desse ramo não é à toa que me formei em relações humanas. — Após explicar seu interesse na vaga ele afirma ainda olhando seu currículo. 

— Sim, entendo! Então continuamos com a entrevista! — Depois de uma hora de entrevista Nicolas diz anotando algo em uns papéis.

— A vaga é sua senhorita Castro! Diga para a Bárbara passar no Rh com você fará um teste de 3 meses está bem? — Jhulie arregalou os olhos surpresa e perguntou ainda desacredita.

— Você… Está falando sério mesmo? — Nicolas afirma com um sorriso enquanto ajeita a posição do seu, óculos.

— Ah sim, é sério! Não sou homem de brincar, você começa amanhã mesmo, com o senhor Spence vou lhe passar todos os assuntos e a agenda dele, assim você se organiza e amanhã se encontrará com ele, pois hoje Enzo se encontra em uma viagem de negócios.

Assim Nicolas fez lhe passou o relatório completo da agenda do de Spencer e a ensinou algumas coisas sobre a empresa. 

— Então! É isso, senhorita Castro, Boa sorte e até amanhã. 

 Ela guardou suas coisas na bolsa e levantou agradecendo novamente.

— Sim, obrigada! Seu Nicolas Scott você não vai se arrepender de ter me contratado. — Nicolas acenou em concordância enquanto deixava a sala, jhulie saiu da empresa, feliz pela primeira vez na vida, ainda não estava acreditando que havia conseguido aquela vaga estava tão eufórica pelo menos esse dia foi suave e vitorioso. 

Imaginou como sua tia ficará feliz quando disse que conseguiu o emprego, vai a motivar ainda mais, nessas horas lembrar dos seus pais que ficariam tão felizes e orgulhosos com o seu progresso, também imaginou se esse senhor Enzo não deveria ser um velho rabugento, esperava que não, contudo amanhã descobriria isso, porque tinha uns chefes que eram estressantes demais torcia para se dar bem com ele. Pois, se o mesmo vier lhe humilhar escutará. Até parece que deixaria alguém que só por que tem mais dinheiro do que ela a humilhar, não era o tipo que engole sapos, fácil, era capaz até de meter a mão na cara desse senhor Enzo mesmo ele sendo um velhote de 50 e poucos anos.

Rezava que também não fosse um velho tarado que assedia suas funcionárias só lhe faltava essa. Não sabia se era coisa da sua cabeça, mas achou esse emprego rápido demais, algo de errado tinha! Esperava que não estivesse certa fosse só uma maluquice da sua cabeça. Ultimamente andava acertado tudo que acontecia como se fosse uma vidente. 

Assim que jhulie chegou na empresa Bárbara avisa que o senhor Spence deseja falar com ela, então foi na sua mesa pegou um bloco de notas e seguiu na direção da sala de seu Spencer ficou imaginando a caminho de sua sala que ele deveria ser um velho de uns 50 anos esperava que não fosse um velho nojento e chato bateu na porta e ele pediu para que entrasse.

Quando entrou se deparou com um homem jovem de uns 28 anos que parecia concentrado em, alguns documentos mal olhava na sua cara, Jhulie chamou sua atenção até que ele parar e a olhar! De repente sentiu que o senhor Spencer levou um susto ao ver sua imagem como se estivesse vendo um fantasma até perguntou se ele estava se sentindo bem. Ele não respondeu ela então perguntou novamente e Enzo pareceu reagir o questionou o porquê dele lhe olhar assim, sem jeito ele respondeu que não era nada, ele então entregar uma pasta e pede para ela analisar os relatórios e os resumisse e entregassem até à noite para ele, jhulie acenou com a cabeça em concordância e saiu.

Mais antes de sair não deixou de notar que o senhor Spencer era um gato corpo bem definido seu rosto tinha traços forte olhos azuis quase da cor de um oceano sua boca avermelhada e carnuda seu rosto era perfeito de anjo, imaginava como seria o corpo daquele homem sem aquele paletó era impossível não notar ele, ela permaneceu pensando: nossa que homem e esse? Depois de passar a manhã toda trabalhando, saiu para comer, algo com Bárbara em um restaurante italiano que faziam um espaguete divino com uma boa taça de vinho então Bárbara perguntou! De um jeito curioso.

— Então? Jhulie está se adaptando bem ao trabalho! — Jhulie respondeu com um sorriso.

— Ah! Sim, estou! Até aqui está tudo suave sem muitos relatórios!

Ela riu enquanto levava a taça de vinho à boca.

— Mais me diz o que achou do nosso chefe? Gato né! — Quando lembrou de Enzo, seu coração acelerou e respondeu meio sem jeito.

— Lógico que sim, mas não é para o meu bico, esse homem é demais para mim! — Bárbara riu e afirmou em tom sério novamente.

— E não, é mesmo! Saber que ele não se envolve com funcionários, a última deu muita dor de cabeça para ele, ela ficou quase louca por esse homem! — Jhulie olhou perplexa e perguntou curiosa.

— Mais louca como assim? Bárbara! — Bárbara disse, relembrando e pensativa.

— Ele saiu umas duas vezes com ela, mas avisou que não, queria compromisso no começo a própria concordou, mais logo depois não compriu ficou louca toda mulher que vinha a sala do senhor Spencer era sua amante para ela que fazia barraco como se fosse sua namorada ou esposa o senhor Spencer não aguentou a despediu e proibiu a entrada dela, na empresa!

— Nossa ele revirou a cabeça dela até eu ficaria com um homem desses!

Riram juntas. Mas Bárbara tomou uma posição séria novamente confessando.

— E realmente mais e como eu disse fique esperta! Gosto de você não, quero que se machuque se iludido com esse homem…

— E claro prefiro não misturar trabalho com relacionamentos, ele é só meu chefe, isso já é o suficiente, e muito para mim! Não sou uma menina tola até porque meu objetivo não inclui relação amorosa…

Depois de conversar com a Bárbara mais um pouco, as duas voltaram ao trabalho, Jhulie continuou trabalhando até chegar a noite já passava das 7 quando terminou os últimos relatórios, bateu na porta do senhor Spencer, ele mandou que entrasse, e Jhulie se pronunciou.

— Senhor Spencer, aqui está a pasta com tudo terminado! — ele sorriu e pegou a pasta analisando tudo e respondeu.

— Isso é muito bom! A senhorita Castro cumpriu o trabalho a tempo!

— Bom se era só isso, vou indo! Acredito que terminei por hoje! Pois, meu expediente está se encerrando…

— Sim, claro, boa noite por hoje é só! — Enzo apenas respondeu educadamente então ela se retirou dizendo. 

— Boa noite!

Jhulie saiu dali, mas ficou com uma paranoia que Enzo ficava olhando diferente pensou consigo mesmo: Ai jhulie para de pensar, besteira esse homem não é para você, mas não vou negar que ele me atraiu.

Saiu da empresa indo direto para casa da tia que havia dito que faria uma sessão de cinema com o pessoal, eles iriam a esperar, ela resolveu passar pelo supermercado e comprar umas guloseimas, para a noite animada que teria em família estava se sentindo bem pela primeira vez depois de anos. Quando chegou em casa, Lucy estava na cozinha preparando o jantar assim que ela a viu comentar.

— Ah! Minha filha chegou? Como foi o trabalho? — Jhulie deu um sorriso colocando as coisas sobre a mesa e respondeu.

— Tia foi ótimo! Conheci meu chefe hoje também e vou lhe dizer que é um deus grego!

Depois de confessar isso ficou pensando: porque tinha dito aquilo? De repente ela ficou vermelha que nem um pimentão e Lucy riu do seu jeito envergonhado.

— Ah! não acredito! Que você está flertando com seu chefe filha, cuidado! 

— Não estou! Apenas disse que ele é um gato, tia, nada de mais — Sua tia balança a cabeça rindo.

— Hum! Sei! assim que começa tudo! — Jhulie revirou os olhos e confessou suspirando.

— Até parece que um homem daquele ia perder o tempo dele com alguém como eu! — sua tia a repreendeu na mesma hora.

— Ah! Filha não gosto quando você se desvaloriza desse jeito você é bonita nisso, sua mãe caprichou bastante!

— Isso pode até ser mais a senhora saber que eu não posso me envolver com ninguém, não quero que ninguém se machuque por mim…

Depois de conversar com Lucy, Jhulie foi para seu quarto tomar aquela ducha bem demorada e colocou um blusão e um shortinho e voltou para sala esperando pelo pessoal. Tentava ocupar sua cabeça com outras coisas, não precisa ter mais um problema nela pensando no seu chefe. Até porque ela não pode se envolver e acabar levando ele para a cova também. Não quer carregar mais culpa do que já sente pela morte dos seus pais.

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