Capítulo 3 - 1

/Caleb's POV/

Depois de um tempo chego à aldeia de tyvet, uma das principais da capital. Contudo, planejo procurar um local para me alimentar ou talvez já busque um hotel para pousar. Afinal, quero ficar na região, então não posso cometer o mesmo erro de ontem.

Já tenho tudo planejado, entretanto, antes que eu pudesse realizar qualquer coisa, sou interrompido;

—  Ibwa! Neo bōken-sha!

 Me deparo com um grupo de três rapazes que não pareciam ser muito mais velhos que eu, cujos se aproximavam de mim, o que me deixa sem reação já que não sabia o que falam ou o que querem.

— Anata w* dekiru bāngzhù wǒmen? — um deles continuou a falar, mas não sabia o que responder, não estou entendendo nada.

Por outro lado, nenhum deles parece ser um monge, então certamente não tem nada a ver com os objetos que adquiri.

Por conta da barreira de idiomas, um silencio ficou entre nós pelos próximos três segundos, que foi quando outro deles decidiu se pronunciar;

— O que meu irmão perguntou, é se você é um aventureiro e se poderia nos ajudar. Consegue entender agora? — O que parecia ser o mais velho daquele trio, finalmente falou uma língua que eu entendo.

— Ah, sou Caleb Ducan. Explorador da cidade ostya — me apresento. — Mas, por que precisariam da minha ajuda?

— Queremos achar nosso outro irmão, ele está desaparecido desde de ontem e não está em nenhuma outra aldeia próxima aqui.

— Não sei como poderia ajudar, não falei com quase ninguém desde que cheguei aqui, e certamente não o vi.

— Essa sua manopla não é mágica? Não é um explorador de alta classe? Então deve possuir algum feitiço que possa nos ajudar, não? – Ele questiona.

— Bom, na verdade ela possui uma magia de rastreamento — comento.

— Por isso peço que nos ajude. Podemos pagar se necessário.

Agora sim, ele está falando meu verdadeiro idioma! Sei que este pedido de ajuda foi um tanto repentino, mas dinheiro é dinheiro.

— Tudo bem, mas irei precisar de algum objeto que pertence a ele.

No mesmo instante, um dos rapazes me entrega um casaco um tanto velho que obviamente deve ser deste tal irmão desaparecido. Peguei o casaco de suas mãos com a manopla, já realizando a magia de rastreamento, assim sendo, a peça de roupa começa a levitar por conta do feitiço, e começa a seguir lentamente em direção a floresta. Isso é um sinal que a magia está funcionando, o que é bom, por que eu não achava que iria dar certo já que nunca precisei usa-la.

— Tā shì shénme? mwo haess-eo? — Um dos caras exclama, parecendo um tanto zangado.

— Ele só quer saber o que você fez – o mais velho esclarece.

— Vocês moram em Shiymorán, e nunca viram um feitiço de rastreamento? — Questiono. — Bom, de uma forma básica, o objeto que enfeiticei irá flutuar até o seu dono. Por isso temos que segui-lo antes que o percamos de vista.

O mais velho explica aos outros, que parecem compreender. Deste modo, começamos a seguir o casaco antes que ele entrasse na floresta e desaparecesse.

Foram alguns minutos de caminhada até chegarmos próximos de um riacho com águas cristalinas, e foi aí que o casaco simplesmente caiu no chão. E não era por que o efeito teria passado ou algo assim, mas parece que ele não sabe para onde ir, não tinha achado seu dono. Hum... Isso não deveria acontecer.

— O que houve? — o homem me pergunta.

— O feitiço não achou seu irmão.

— Como assim? Tente mais uma vez!

— Mesmo que eu tentasse não iria funcionar, o feitiço só iria nos fazer andar em círculos. — Explico. — Independe do que aconteceu, seu irmão deve estar morto ou fora do território de Shiymorán.

— Neoui gajja! — um deles esbraveja.

Não sabia o que aquilo significava, mas podia jurar que era uma espécie de xingamento.

— Ugh, não consigo ter um minuto em paz sem ter mortais como você atrás de mim — escutamos alguém resmungando.

No momento em que observamos, nos deparamos com um yarén lobo, o mesmo que eu tinha visto ontem. Ele está em quase todo lugar?!

O garoto que antes estava sentando a beira do riacho, se levanta olhando em nossa direção, junto com aqueles lobos que parecem estar sempre junto a ele.

— O ̄ kyōdai, zhè shì Hēi láng uli hyeong-i malhaessdeon — Exclamou um dos rapazes que me acompanha.

— Dōdesu ka? — O garoto-lobo inclina a cabeça, ele parece estar um tanto perdido. Eu iria agradecer se eles falassem uma língua que eu entendesse.

— Neoyeoss-eo! Nǐ duì tā zuòle shénme! Sugu ni hanashite kudasai! — O rapaz mais novo do grupo grita tentando avançar para cima do ahito! No entanto, seu outro irmão o segurou.

O mais velho respira fundo tentando se manter calmo, e após alguns segundos ele se pronuncia;

— Nosso irmão está desaparecido desde ontem, e o curioso é que antes de desaparecer, ele falou que iria atrás de um Héi Lang já que ele achava que sua espécie era responsável pela desgraça do país. E acabamos achando você pelas redondezas.

— Sei que não irá acreditar, mas não tenho nada a ver com o desaparecimento do seu irmão. Na verdade, não me importo.

— Então por que o feitiço de rastreamento do explorador — Ele aponta para mim. — Nos trouxe até você?

— Então você quer mesmo acreditar na magia de alguém que mal sabe usá-la? E que ainda por cima, é um ladrão?

Ladrão? Por que ele me chamou assim? Não tem como ele ter visto eu no templo, né?

— Ladrão?

— A mochila que ele carrega deve estar cheia de objetos de muito valor, certamente pertencentes ao templo de kesshō. Podem conferir.

E-Espera, mas como ele...

De repente, meus pensamentos são interrompidos quando um dos homens rouba minha mochila a abrindo, pegando alguns dos objetos que adquiri no templo!

— Kuso yarō! — eles gritaram.

— Não esperava mais de um estrangeiro — O mais velho exibiu certo desdém em sua fala, e não parece tão indignado quando os outros dois.

— Apesar que... — O yarén voltou a falar, chamando a atenção dos outros. — Pensando melhor agora, me lembro de ter visto um homem um pouco parecido com vocês e ele realmente estava a me perseguir. Depois que percebeu que iria morrer, pediu por misericórdia dizendo que havia uma família a sua espera.

— O que você com ele?!

— Meus lobos o comeram — ele deu de ombros. — Então, confirmando suas especulações... Hai, w*tashi w* hontōni shāle tā.

— I saekki! Wǒ huì shāle nǐ! — Um dos garotos grita furiosamente.

O mesmo pega um punhal em suas mãos avançando em direção ao ahito, fazendo menção de ataca-lo. E-Eu devo fazer alguma coisa, não? Ele meio que me dedurou, mas acho seria o certo eu ajudar. Ok, ele assassinou o irmão desses caras, né? Porém, pensando por outro lado, assassinar o ahito, e se isso for possível, não o traria de volta. E sem falar que, se me lembro bem, ontem este yarén falou que havia um móvito para o que fez e agora falou que foi seguido... Hmm, acho que realmente devo impedir.

Com este pensamento, antes que o homem se aproximasse demais do yarén, preparo e disparo com minha manopla um raio de eletromancia, que atinge meu alvo em segundos o eletrocutando! Ele largou o punhal ao ser atingindo soltando um grito agonizante de dor. Quando o feitiço finalmente foi cessado, ele apenas caiu no chão imóvel, com queimaduras espalhas pelo seu corpo e parecia não respirar!

(Continuar....)

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