Capítulo 6

Não demorou muito e eu cheguei a festa… entrei e o pessoal da faculdade estava lá… logo que cheguei Júnior que estava no bar de sua casa veio até mim.

– Enfim mano… disse ele me cumprimentando.

– Lembrando que só vim por chantagem… eu já ia dormir, estava casado… eu disse.

– Me fala dessa garota, quem é ela? Onde a conheceu? Por ter prendido a sua atenção deve ser uma gata e tanto.

– Ah, depois eu te falo sobre isso… eu disse… tenho uma bomba pra te falar antes.

– Vamos beber alguma coisa, mas vai falando… disse ele e fomos até o bar.

– Henrique, ele está voltando, chega amanhã… eu disse pegando uma bebida.

– Que? Sério mesmo? O que deu nele?

– Não faço idéia… com certeza ele está vindo por algo da empresa, não porque está com saudades.

– Odeio concorda, mas é verdade… disse ele.

– Já vi que essas férias não serão nada fácil com o “bom humor” do Henrique lá em casa.

– Não queria estar na sua pele meu amigo… disse ele.

– Nem eu, mas… fazer o que, ele é meu irmão e gêmeo, não tenho nem pra onde correr.

– Mudando de assunto… e a Babi, como está com ela?

– Ah mano… eu acho que não vamos mais voltar… eu gosto dela sabe, mas… acho que não é mais a mesma coisa.

– Entendo… pow, é complicado, ela ainda gosta de você, estávamos conversando e ela me disse que está mal e tals porque vocês estão separados.

– Eu sei, mas…

– Já entendi tudo… disse ele… essa garota nova, ela te chamou a atenção não foi?

– Bom… mais ou menos isso… eu disse e ele riu.

– Sabia mano… te conheço, mas… a Babi também conhece, então é melhor você abrir logo o jogo com ela.

– Pois é, é melhor… mas tipo, não tá rolando nada entre mim e a menina, mas eu me senti atraído por ela.

– Hum, entendi… mas é sempre melhor esclarecer as coisas mano.

– Verdade, eu vou conversar com a Babi assim que puder.

Curti um pouco a festa com a galera, mas não voltei para casa tarde, pois amanhã o dia vai ser corrido e a noite vai ser tensa com a volta do Henrique… e eu estava casado, então fui embora, Babi veio comigo e fomos conversando até em casa sobre as férias que estavam se aproximando.

Chegando nós pegamos o elevador e subimos, o andar dela chegou e eu saí pra acompanhá-la até a porta.

– Obrigada pela companhia… disse ela.

– Por nada… eu disse.

– Cadu… eu… sinto sua falta… disse ela chegando mais perto.

– Babi… eu preciso conversar com você, mas hoje não.

– Já tomou a decisão? Porque eu sim, e eu não quero ficar sem você Cadu… disse ela.

– Calma… vamos conversar… mas não agora.

– Está bem, como você quiser… disse ela.

– Até mais Babi… eu disse e lhe dei um beijo na bochecha.

Peguei o elevador novamente e subi pro meu andar.

Manhã de segunda-feira - Nênaly

Acordei bem melhor, já podia me levantar e ir a faculdade, estávamos nas provas finais e eu não podia faltar… então me arrumei e depois desci, Helô havia me mandado uma mensagem dizendo que estava me esperando lá embaixo pra tomar café, com certeza ela quer saber sobre o Cadu, haviam várias mensagens dela perguntando sobre ele e dizendo que viu ele saindo daqui de casa.

– Bom dia… eu disse entrando na cozinha.

– Bom dia filha, está bem?

– Sim mãe, tô melhor.

– Claro que está, depois da visita de ontem… disse Helô e Leandro ficou sério.

– Quem veio aqui ontem? Perguntou ele e Helô me olhou assustada.

– Um amigo… eu disse me sentando.

– Que amigo Nênaly? Perguntou ele.

– Um amigo Leandro, você não conhece, ele é um novo amigo… eu disse.

– Deixe sua irmã Leandro… disse minha mãe.

– Acaso a senhora conhece ele mãe? Perguntou ele.

– Conheci ontem e é um rapaz muito gentil e educado, sem falar que é bem bonito heim filha… disse ela sorrindo e eu morri de vergonha.

– É um “anjinho loiro” não é tia? Disse Helô.

– Parem! Eu disse e olhei pra duas as repreendendo.

– Se é que posso dar a minha opinião Nênaly, só digo pra tomar cuidado, lembre do que aconteceu com Fernando… disse ele e eu fiquei séria… mas que droga, porque ele tinha que lembrar disso? Já não me passava pela mente isso, mas agora… eu lembrei de tudo.

– Ele não é igual ao Fernando, e somos apenas amigos, e ele é um amigo muito bom… eu disse firme.

– Se você diz… disse ele se levantando e saindo.

– Desculpe amiga… disse Helô.

– Tudo bem… Leandro é assim, você sabe… eu disse.

– Anda meninas, tomem logo café, vão se atrasar… disse minha mãe.

– Vamos Helô… eu disse pegando uma maçã e me levantando.

– Mas você vai me contar tudo no caminho heim… disse ela.

– Contar o que?

– Tudo que vocês ficaram fazendo ontem… eu o vi saindo e até falei com ele, ele é um fofo… disse ela.

– Aí meu Deus… tá bom, vamos logo… eu disse, nós despedimos de minha mãe e saímos.

As provas foram difíceis na faculdade, mas nós sobrevivemos.

Quando saímos de lá fomos ao shopping dar uma volta, e eu aproveitei pra contar pra Helô tudo que Cadu e eu fizemos ontem, ela não parava de perguntar, meu Deus.

– Amiga, eu acho que ele te algum interesse em você… disse ela.

– Será? Eu disse pensativa… ele só me pareceu querer ajudar, como um amigo mesmo sabe.

– Não sei não… mas, se ele tiver ele vai demonstrar, mas e você, o que sente quando está com ele?

– Bom… eu me sinto bem, eu fico feliz, ele é como se fosse um anjo mesmo sabe, te traz paz e segurança, sei lá, eu não sei exatamente o que sinto, é um misto, mas não quero me envolver com ninguém agora, você sabe, depois do que aconteceu comigo.

– Amiga eu acho que não vale a pena você parar a sua vida por causa do sem vergonha do Fernando que não soube te valorizar.

– Eu tô insegura amiga, não sei se posso confiar assim em alguém, tenho medo.

– Pois já viu que o seu anjinho é um fofo, se enxergar ele de outra maneira, vai começar a sentir outras coisas por ele… disse ela.

– Não sei se quero ver isso agora Helô, é muito cedo.

– Vai ficar esperando a vida toda? Pelo amor de Deus Nena, depois não diz que eu não avisei heim… disse ela.

– Você fala isso, mas está na mesma, não tenta mais nada com o Leandro.

– Você é que pensa, estou tendo várias idéias aqui querida, ele vai ficar caidinho por mim, vai ver só… disse ela e eu ri.

– Aí amiga, você e suas idéias geniais.

– Se não der certo, não me chamo Heloísa.

– Devo começar a procurar outro nome pra você? Perguntei rindo.

– Não, claro que não, vai dar certo amiga, você verá… disse ela.

...

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