- Dia 2

A ansiedade é um transtorno traiçoeiro que seria cômico se não fosse trágico.

As pessoas vêem como "coisas da minha cabeça". É péssimo ter seu sofrimento diminuído, desprezado, considerado irrelevante. Pensar no futuro é legal quando isso não te aprisiona aos receios e preocupações a respeito do que não está ao seu alcance.

Eu mesma, desconheço o ritmo ideal da minha vida. Minha respiração é demasiado rápida até mesmo na academia, quando cada respirada indicada no exercício corresponde a 3 das minhas habituais. E eu sinto as consequências disso. Eu me assusto com as condições em que existo. Sou uma adolescente com problemas que adolescentes não deveriam ter por razões que não existem. Depois daquele diagnóstico de ansiedade, uma parte da minha esperança em superar e me tornar uma mulher plena em saúde e equilíbrio apagou. Isso toma proporções ainda piores no momento em que meu inconsciente começa a sabotar minha resiliência. Quem sofre de algum transtorno psicossomático não é só alguém preguiçoso que não gosta de estudar ou de trabalhar. É muito difícil levantar com uma nuvem negra pairando sobre sua cama e aquela vontade de viver outro dia quando as coisas melhorarem, se elas melhorarem.

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