1 “Um novo amanhecer...”

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“Um novo amanhecer...”

Alguns anos depois...

É INESQUECÍVEL MOMENTOS como esse, que se podem passar séculos, milênios, e mesmo assim o amor faz questão de unir corações, indiferente da distância, indiferente dos costumes, sonhar é tão bom, mas melhor do que sonhar, é viver um sonho plenamente numa realidade maravilhosa.

E isso não é algo que a vida muitas vezes permita que você viva diversas vezes, então você tem que sempre estar atento aos sinais, pois a qualquer momento pode perder algo único que poderia durar toda a sua vida.

E é o que mais acontece nos dias de hoje, pessoas que não abrem os olhos do coração com medo de enxergarem algo que irá viver por toda a vida.

DAIANA PEARSON, era uma mulher muito talentosa, dona de uma beleza clássica e incomparável entre as mulheres, daquelas que chamam a atenção dos homens e das mulheres, daquelas que despertam emoções entre admiração, ciúmes e inveja.

Nascida de uma família nobre e tradicional da região onde morava, trabalhava em sociedade em um escritório de advocacia com amigos de sua família há mais de quatro gerações, mesmo depois da morte de John, o escritório “Wenninghan’s“, famoso por seus casos impossíveis, de reverterem suas sentenças milagrosas, passou a ser referência entre a classe alta da sociedade, defendiam apenas casos milionários e seus profissionais estavam sempre entre os melhores colocados das melhores universidades do mundo como Harvard e Oxford.

E Daiana era uma destas pessoas incríveis da elite jurídica.

Daiana se formou em Oxford e da sua turma foi a número dois entre as melhores notas, tudo porque tirou uma nota 9,0 em uma prova em que o professor errou o enunciado, mas não quis voltar atrás, pois em sua cabeça ele nunca cometeria um erro como aquele e não seria aquela prova que mudaria isso.

Problema do aluno...

— Mas está errado o enunciado, professor.

— Depende.

— Não tem depende, errado é errado.

— Depende, Daiana...

Ela já estava bufando de raiva.

— Claro que existe, minha querida, se você não entender o poder do “depende” está na carreira errada.

— Não estou na carreira errada e o senhor sabe muito bem disso.

— Claro que sei, o problema é que você não está sabendo aceitar uma decisão que não tem controle.

Ela entendeu que aquela foi uma das lições mais importantes que teve durante aqueles anos, pois tudo o que precisava falar para ganhar tempo quando a deixavam encurralada era dizer “depende”.

 Daiana era mãe de Mark Pearson Stockholm, de um casamento que infelizmente não dera certo por causa do destino, um triste acontecimento de seu passado, mas que gloriava por ter um filho maravilhoso, pois nem tudo de ruim que acontece em suas vidas, não deveriam encarar como maldição, não...

Muito pelo contrário, o garoto que fora a única boa de seu casamento, salvara também a sua felicidade, pois não existe felicidade maior no mundo do que ser mãe, e isso era algo que Daiana sabia melhor do que ninguém.

 Sempre fora uma mãe dedicada, desde o primeiro dia em que o pegou no colo e sentiu a vibração que emanava daquele pequeno ser, por um momento sentiu o que era ser Deus, tendo o poder de criar uma vida.

 Mas existem certos vazios no coração de uma pessoa que nem mesmo um filho pode preencher, por mais amor que uma mãe tenha por um filho, e realmente é um amor infinito, existe um cantinho em nosso coração que sempre será reservado para alguém muito especial, que completa a nossa alma, que nos enche de felicidade, mesmo que nós não compreendemos o motivo de amar essa pessoa, sabemos que ela existe, que esse vazio um dia irá ser preenchido, e é exatamente por isso que esse dezembro em especial se tornou inesquecível para ela.

Seu casamento era tido como o grande sonho de suas famílias, de uma princesa em que o príncipe chega em um cavalo branco, lindo, rico, de boa família, boa conversa, a agradava na cama, um pai exemplar, mas certo dia um olhou para a cara do outro e perceberam o erro que havia sido aquele casamento, eram duas pessoas incríveis, mas se amavam mais como amigos do que como amantes.

— É impressão minha ou acabou tudo entre nós.

— Acho que nunca houve realmente nós.

Ela assentiu.

— Acho que você tem razão... não foi um erro, mas...

— Mas também não foi um acerto.

Eles fizeram uma última vez amor e estavam tão longe da realidade um do outro que se arrependeram daquilo.

O que era uma última tentativa de salvar aquele barco, mas eles perceberam que não dava para salvar um barco depois que ele já havia afundado.

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