IV

Maria estava estranha, pelo menos para Fabíola. Assim que entraram em casa, Maria se dispôs a fazer as compressas para os meninos, colocou o celular para tocar na hora de dar os remédios e cantarolava seus “louvores” — por motivos desconhecidos, era quase um pecado capital chamar música gospel de música, Fabíola odiava esse fato tanto quanto odiava música gospel louvores. Todo aquele “lá, lá, lá” proferido pela mãe assustava, de certa forma, apesar de deixar Fabíola confortável. Talvez, a descoberta de que os furúnculos causavam dor em Caíque tivesse amolecido o coração da velha.

— Minha filha — ela chamou —, você pode dar uma olhada no quintal? Você sabe como as chuvas o deixam sujo.

A rua 13 de Maio, também conhecida como Rua do Trabalhador, era uma ladeira tão curvada quanto uma parede de asfalto, o bairro em si era um amontoado de morros — era como viver no Rio —, este fato fazia com que a água da chuva arrastasse todo o lixo das casas do topo do morro para o modesto quintal delas. Fora esse o motivo que as impedia de aproveitar o espaço. Assim que Maria comprou a casa, tratou logo de plantar o mandacaru — na época só um brotinho redondo —, pois adorava mandacarus, palmas, coroas de frade e qualquer coisa que a fizesse lembrar de rua infância nas fazendas infrutíferas da seca de Alagoas. Comprou em conjunto sementes para começar uma horta, infelizmente, o nojo e a repulsa ao ver a chuva arrastar o primeiro amontoado de fezes caninas para cima de seus alfaces, as fez desistir. Por isso, apenas aquele cacto arbóreo crescia livre no quintal, forte e resistente como um bom nordestino.

Fabíola usava uma vassoura velha para limpar a grama, o tempo estava tão tempestuoso durante o mês que a água tinha trago até sacos de lixo inteiros. Começava a se arrepender de não ter trocado de tênis, seu melhor allstar estava ficando manchado de lama. Chegou perto do mandacaru, seus gomos se organizavam apertando-se uns nos outros. Ele tinha papel e embalagens de comida presos nos espinhos de sua coroa, com cuidado para não se cortar, Fabíola foi puxando o lixo. Até notar algo, os brotos das flores do mandacaru estavam mordidos, primeiro pensou ser obra de pássaros, mas quando arrancou um dos brotos e o observou melhor, percebeu tratar-se de uma mordida quase humana. Ela observou melhor a planta e teve um segundo estranhamento; como uma planta tão forte chacoalhava tanto? Depois de anos crescendo? Fabíola observava o balançar de pêndulo, estranho.

Ela levantou o cabo da vassoura e colocou a ponta dentro da coroa, para fazê-lo parar de bater na janela. O movimento insistiu, tentou enfiar a vassoura mais fundo, não conseguiu; algo impedia a vassoura de atravessar para o outro lado. Fabíola colocou mais força; nada! Vendo que não daria certo, puxou a vassoura e, estranhamente, a vassoura não queria sair, deve ter ficado presa em algum espinho, pensou, mas os espinhos não eram tão fortes assim. Fabíola puxou com toda a sua força, mas a vassoura não retrocedeu nenhum centímetro.

— Fabíola — sua mãe chamou, só neste instante a vassoura cedeu, fazendo Fabíola cair de costas no chão. — O que você tá fazendo na lama? — Maria estava atrás dela.

— Eu caí. O que você quer?

— Eu só queria saber o que você vai fazer com aquele carrinho de livros ao pé da escada.

Fabíola levantou, tinha se esquecido dos livros, que cabeça, e logo quando Ele podia aparecer a qualquer momento. Ela correu até os livros, estava tudo ótimo, depois foi ao quarto. Maria a seguia, curiosa.

Fabíola abriu seu guarda roupa e pegou uma latinha rosa, era daquelas que vinha com bombons, ganhara há pouco tempo de um colega de faculdade. Da latinha, ela resgatou alguns cartões velhos, foi os passando de mão em mão até parar em um cartão de crédito. Ela olhou para o cartão com dó, pelo menos o tinha, caso ele viesse. Ela passou o cartão de crédito para o lado e encontrou um bilhete único. Perfeito, pensou, depois resgatou uma camiseta limpa e a vestiu.

Se assustou quando virou para trás, não percebeu que a mãe a acompanhava.

— Eu preciso sair agora, mãe, você fica de olho nos meninos?

— Vou tirar um cochilo com eles e depois vamos pra igreja.

— Okay, mais tarde eu estou de volta — ela saiu tão acelerada que não só esqueceu de trocar aquele allstar sujo de lama, como também esqueceu de fechar o guarda roupas. Dona Maria olhou para o guarda roupas e pensou em fechá-lo, mas, aquele cartãozinho tinha lhe chamado a atenção.

Parou em frente ao sebo Um Amontoado de Frase Escrita, na João Mendes, encarou a placa e respirou fundo. Se era boa em barganhar, não sabia, descobriria assim que entrasse. Olhou para seus livros didáticos e paradidáticos, são publicações caras, pensou, só na gramática de língua portuguesa pagou duzentos reais, bem provável que os venderia rápido, afinal, didáticos deveriam dar retorno. Entrou no sebo, passou por algumas prateleiras, queria disfarçar, fingir que compraria algo, mas foi frustrada quando chegou no livreiro.

— Não — ele falou secamente.

Fabíola olhou para trás, depois para os lados, não viu ninguém:

— Falou comigo?

— Você mesmo, com esse montante de livro didático, não!

Fabíola estava meio atordoada, quis entender:

— Desculpa, mas não entendi. Meus livros estão em perfeito estado, se é que esta falando deles.

O livreiro era um homem velho, cabelos grisalhos — os que ainda tinha —, maior parte da cabeça era careca, o nariz dele era minúsculo, claramente uma plástica que não tinha dado certo, ele era baixinho e fedia a cigarro:

— É dos seus livros que eu tô falando mesmo, menina. Eu até já sei o roteiro: você trancou a faculdade, não vai mais atuar na área e, nossa, gastou uma bolada nesses livros e quer pelo menos metade do dinheiro de volta. Daí você veio aqui achando que o livreiro nasceu ontem e vai comprar esses livros, por um preço alto, pra depois deixar eles encalhados por anos nas estantes — ele apontou para uma prateleira atrás de Fabíola, estava cheia de livros didáticos, eram tantos que quase caiam da estante.

— Moço, digo, senhor — ela falou quase rindo de desespero — você não entendeu. Eu tô cheia de contas pra pagar, hoje é sábado e eu não dormi, porque fiquei a noite toda no SUS e vim aqui correndo pra ver se descolo pelo menos um duzentos reais — mentira dela, ela queria mais, duzentos era só o preço do livro de gramática.

— Duzentos reais em livros didáticos? Você sabe que eu vou ter que revender isso, né? As pessoas não compram livros didático em sebo, essa gramática aí, por exemplo, se você olhar pra trás vai encontrar três versões dela, duas na ortografia antiga e uma na nova ortografia — neste instante, ele começou a gritar e pular, como uma criança — a droga da gramática foi substituída e esse encosto desse livro não foi vendido, agora vão ficar aí pra sempre!

Fabíola passou a mão pelos cabelos:

— E o que eu posso fazer?

— Eu que sei? Faz uma feira.

Fabíola o encarou, não era má ideia, mesmo que fosse sábado deveria ter gente no campus.

Sem dizer nada, ela pegou seu carrinho e saiu do sebo, pegou o primeiro ônibus que viu. Assim que chegou ao campus, foi ao local que tinha mais gente, escolheu um banco de praça vazio, colocou os livros ali, bem organizados e começou:

— Didáticos e paradidáticos pela metade do preço! Pedagogia, gramática e outras ciências humanas!

Os alunos riram, o quão idiota era uma pessoa se prestar àquele papel? Fabíola estava tão desesperada em sustentar sua família que nem pensou direito. Passaram por ela com dentes arreganhados em sorrisos, risadas histéricas, brincadeiras sem graça, uma garota chegou a lhe jogar uma bolinha de papel. Suas mãos, cada uma com um livro, antes erguidas, foram para baixo, os ombros caíram. Voltaria para casa, procuraria algum bico ou segundo emprego na segunda-feira, entrementes, no instante que a angústia veio, lembrou-se dele, Ele viria cobrar o “financiamento da casa” a qualquer momento, só Deus sabia o que Ele seria capaz de fazer. Não dava mais para contar só com seu salário, não dava mais para respeitar as vontades da mãe; ergueu as mãos e tornou a gritar. Venderia aqueles livros e independente de vendê-los ou não, encontraria seu pai, exigiria dinheiro — chega de querer preservar a vontade de sua mãe, se dependesse de Maria já estariam na rua.

Gritou a todo pulmão para a avenida, para sua esquerda, para sua direita e para suas costas, mas neste último cessou. Puxa, era fim de semana; levando em consideração a personalidade boêmia de Carla, esperava que em plena tarde de sábado a amiga estivesse metida nalgum balcão de boteco, nunca esperava encontrá-la no campus. Carla girou o rosto na direção exata de Fabíola.

Fabíola se agachou numa habilidade felina, ficou escondida atrás do banco de concreto enquanto arrumava os livros no carrinho, com cuidado. Com poucos centímetros abaixo dos olhos expostos acima do encosto do banco, verificou se Carla ainda estava lá. Nenhum sinal da colega. Fabíola levantou e foi em direção à estação. Parou em um ponto de ônibus para conferir se Carla não estava a seguindo. Não estava. Respirou aliviada.

— Fabíola — um rapaz a surpreendeu, ele tocou em seu ombro.

— Aí, Beto — ela o repreendeu.

— Desculpa… nossa você por aqui, sumida.

Roberto estava sem jeito, corrijo-me: ambos estavam encabulados, não era para menos. Roberto era estudante de História, licenciatura, tinha poucas matérias de educação junto com Fabíola e Carla, fora que fazia parte do Movimento Estudantil, identificava-se como socialista, embora tivesse um passado conturbado com os grupos anarquistas — que ainda o assombrava — antes de pegar afinidade com Carla e Fabíola.

— É — Fabíola o respondeu —, eu tava ocupada com um bangui aí.

— Sim, claro, ninguém some por nada, não é? — Roberto sentou no banco do ponto de ônibus, tirou os olhos de Fabíola por instantes, depois tornou a olhá-la, como quem aprecia uma paisagem, descendo os olhos pelas encostas. — Eu ri, sabe? Achei engraçado você vendendo livros.

Fabíola começou a ficar vermelha:

— Quando a situação aperta… a gente se vira — tentou fazer parecer uma piada, mas a dificuldade em falar e o suor escorrendo pela testa, não deixavam de contestar a veracidade do exposto.

Roberto passava as mãos na calça, depois amaciava o cabelo, fazia que ia falar e depois desistia. Fabíola queria sair dali, mas Roberto sempre fora tão bom, ela não conseguia simplesmente dar as costas e partir.

— Você gostou dos chocolates? — Finalmente criou coragem para começar a adentrar no assunto — eu te mandei mensagens no W******p, várias, mas…

— Eu adorei, tudo bem que minha mãe comeu mais do que eu, mas eu adorei. Nunca comi daquela marca… a latinha se tornou bem útil depois — ela queria morrer, guardar latinhas? Quem fazia isso?

— Que bom, você gostou. Eu também reutilizo latinhas.

Silêncio. A conversação deles tinha mais instantes de silêncio que de troca de palavras. Mas Roberto ficava cada vez mais corajoso:

— Por que você não respondeu?

— Ah, Beto, eu tava ocupada.

— Eu não sou mais um adolescente, Fabíola, eu sei o que isso significa. Se você não gostou de mim, se eu sou chato, se não tranzo gostoso.

— Não, para. Não é isso, Beto; você é um amor, eu gosto de você — ela sentou ao lado dele, largando a alça do carrinho com os livros. — Olha, eu realmente estou passando por um momento difícil. Eu sustento a minha mãe e meu irmão, sabe? As coisas apertaram, quer dizer, sempre foram, mas nesses dias estavam mais que o normal… eu só tava com vergonha de ter que admitir que tranquei a minha matrícula.

Roberto pousou sua mão na dela:

— Fabíola, isso é a coisa mais comum do mundo, infelizmente, é triste admitir isso, mas é super normal.

— Não pra gente, Beto, não pra gente. Não somos os que vêm, fazem o básico e vão; somos alunos e professores engajados, temos uma causa, fomos às ruas e apanhamos, fomos presos pela educação desse país… — ela cessou repentinamente.

— Continua, o que você ia dizer?

— Não queria que pensassem que eu desisti. A situação ficou tão grave, tão desesperançosa, vergonhosa! Iam pensar que eu desisti.

Roberto apertou a mão dela, com força:

— Jamais pensaríamos isso de você, eu principalmente…

O encarar imprecar, a cor amendoim, a barba rala; ela adorava.

Fabíola acariciou a bochecha dele, sua mão trilhou caminho até a nuca, depois puxou-o para si e o beijou.

— Fica comigo — ele pediu.

— Não posso, eu tenho esse compromisso com minha família. Vou precisar arrumar um segundo emprego, não vou ter tempo pra você.

Ela se levantou, agarrou a alça do carrinho, deu um passo à frente e virou o rosto para ele. Ela estava indo.

— Espera, não é assim também. Você vai se matar pra fazer o papel de mãezona? Sua mãe é adulta também.

— Você não entende. A Deus, Beto.

— Calma aí — ele agarrou o pulso dela, sem machucar —, e se você tivesse um único emprego? Que te suprisse?

— Seria ótimo, mas não é o caso…

— Tô trabalhando numa escola, aquela que você fez um estágio por pouco tempo.

— Eu era terrível.

— Sim, mas, eu posso arrumar um trampo pra você. Não é preciso ser formada em pedagogia pra trabalhar com as crianças, a lei é absurda!

Fabíola livrou o braço do pulso dele:

— Eu sei, mas acho isso antiético. Trabalhar com crianças, sem diploma.

— Sei disso, você gosta de fazer o certo pelo certo, mas, a sua situação não está tão boa assim, né? Deixa eu ajudar você. Eles gostam de mim, se eu te indicar, você tá dentro.

Fabíola pensou, pensou. Era difícil dizer sim, porém, não era simples dizer não. E aqueles olhos num olhar imprecar, rogando por ela e para ela.

— Tá bom, Beto.

Em Roberto, dos lábios à sobrancelha, tudo lhe era sorriso e o sorriso todo lhe era luz:

— O mais difícil você já aceitou, aposto que aceitar uma carona pra casa, agora, ficou fácil.

— Carona de ônibus, Beto?

— Não, eu tô de carro. Só vim pro ponto pra falar com você.

A semana inteira fora de suplício incessante e embora ainda tivesse chão em extensão de avenida para sair daquele corredor da morte, os pequenos minutos no carro Fiat Uno escuro ao lado de Roberto, foram a injeção de endorfina que Fabíola precisava. Beto fazia brincadeiras de nerd de ensino médio, dava referências de animes que Fabíola não conhecia, só para vê-la perder-se no assunto e fingir que estava por dentro, com aquela cara de lábios retos e sobrancelhas erguidas. Ela passava a mão nas costas do pescoço dele, beijava-no os lábios quando se deparavam com semáforos vermelhos, sempre passando sua mão sob a camiseta dele. Beto estava cada vez mais forte, ela notava, pois sempre caminhava com a mão pelos gomos da barriga dele. Ele era delicado, até certo ponto, sempre que Fabíola subia o indicador no bico do mamilo dele, ele dava pequenos saltos e fechava o punho nos dedos dela.

Desde o primeiro encontro a relação deles fora essa combustão constante de hormônios já amadurecidos, que voltavam a um estado de adolescência só para agitar-lhes os corpos. Garota recatada? Menina difícil? Homem manipulador? Homem que não se dá por oferecido, mas que faz outrem se oferecer? Besteira! Fabíola não era este tipo de mulher; Roberto não era este tipo de homem; eles eram mais, sabiam o que queriam e fariam por conquistá-lo, pois era isso que a biologia de seus corpos decodificava em seus genes, e ambos, para além disso, tinham química. O orvalho agridoce a transbordar na abertura dela, era tão sincero quanto a elevação besuntada dele.

— Não tivemos problemas com alagamento hoje — falava Beto num tom de desabafo — então, aqui é a sua casa?

— Sim, senhor.

Se fosse por Roberto, teriam se mantido num clássico clima constrangedor antes da despedida. Contudo, Fabíola estava ali e tratou de pousar uma mão na coxa dele, próximo a virilha, e outra na bochecha macia e rosada; ela se inclinou e tornou a beijá-lo. Ela não tocava diretamente a virilha dele, mas conseguiu sentir que o pênis de Beto fortalecia-se e engrossava por debaixo das camadas de pano. Ele a abraçava com força e perdia o ar com os beijos dela. Roberto estava praticamente implorando por Fabíola e Fabíola também desejava Beto:

— Quer entrar?

Os olhos dele rapidamente desviaram para a casa, depois voltaram para a face dela:

— Mas você nunca quis fazer nada na sua casa, por causa da sua mãe, ela não fica o dia todo em casa?

— Ela tá na igreja.

Ele olhou o relógio:

— Na igreja a essa hora? — O sol ainda preparava-se para iniciar o ocaso.

— Hoje é dia de festividade, sempre começa cedo e termina tarde. Qual foi, Beto? Esta com medo? Não vai ser a primeira vez que a gente faz isso?

— Não na sua casa — ele saiu do carro, ela também.

Fabíola correu para chegar primeiro e destrancar a porta, mas parou antes de tocar a maçaneta: a porta estava aberta. Fabíola empurrou-a e colocou a cabeça para dentro da casa, todas as lâmpadas estavam apagadas.

— Mãe… Mãe?! André? — Ninguém respondeu.

Fabíola colocou o dedo na lingueta da fechadura, para testá-la, estava quebrada.

— Sua mãe tá em casa? — perguntou Beto, ao perceber que Fabíola tinha perdido a cor.

Fabíola respondeu que não e tentou disfarçar, eles entraram.

— Eu vou só ligar pra minha mãe, pra ver que não corre o risco dela aparecer de surpresa — ela ligou, o celular chamou e rapidamente a mãe dela atendeu. Fabíola conseguia ouvir mais barulhos do que a voz da mãe. — Você deixou a porta destrancada?

— Nesse bairro? — a mãe respondeu gritando — lógico que não! Eu tranquei tudo quando saí. Por quê? Perdeu a chave?

— Não, foi só pra saber mesmo. Tchau, manda beijo pros meninos, bom culto.

Roberto começou a puxar assunto sobre a escola que trabalhava dando aula, no momento, mas Fabíola sequer prestava atenção, pois estava analisando a sala e a cozinha, disfarçadamente, para ver se não tinha nada quebrado ou roubado. Beto a agarrou pelas costas, aproximou a virilha às nádegas dela.

— Você não vai me apresentar o seu quarto?

Ela se voltou para ele e o beijou:

— Vamos lá…

Fabíola o levou ao seu quarto, mesmo achando que não teria mais clima para o sexo, pois sabia muito bem quem tinha quebrado a fechadura da porta e sabia que poderiam voltar, a qualquer momento.

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