Prólogo: Folie à Deux - VI

A hora seguinte veio feito um tufão. Eu agia, não sabia como ou se fazia certo. Só agia.

Quando parei o carro na frente do Hospital Memorial de Santa Alice, funcionários vieram com aparatos e macas. Não desci do carro, não abri a porta, não ousei olhar para o lado outra vez. Talvez tivéssemos tempo de salvá-lo, mas eu não queria checar. Se olhasse, poderia descobrir que era tarde demais.

O auxílio chegou. Abriram as demais portas. O vidro danificado despencava, enquanto muitos pares de pés pisavam sobre ele. Eva chorava muito alto. Fechei os olhos e me agarrei ainda com mais força ao volante. Enquanto precisara dirigir até ali, sentira que havia algo que pudesse ser feito, mas, agora que tinha parado, tudo o que queria era negar a realidade. Pensei em voltar a acelerar, mas já não dava para continuar fugindo.

Quando finalmente olhei para fora, vi dois

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