O Advogado do Todo
O Advogado do Todo
Por: fernando327327
Capítulo 1

O Advogado do Todo. 

Em 30 de fevereiro de 1940, nasceu Pascoal Tiro Certo. (O tabelião estava bêbado)

Nasceu em Família de Advogados: pais, tios, avós... todos da família eram advogados. 

O cachorro da família se chamava Demóstenes; o papagaio Duarte Peres; a irmã mais nova se chamava Mytres. 

Pascoal Tiro Certo, sentiu vontade de ser músico… Sem chance. 

Vontade de ser Mímico… Sem chance. 

Vontade de ser bêbado...Com muita chance, pois para isso não precisa de nenhum esforço. 

Vontade de ser analfabeto… Sem chance. 

A única invontade de Pascoal, era ser Advogado. E só tinha essa chance, que não era bemmm, bemmm, uma chance: era uma sentença! 

Pascoal, travava uma luta, dia a dia com a sua família.:

Recusando a sentença de ser advogado, a mesa, com o jantar posto, virava um tribunal: Pascoal era o réu, sem ser réu. 

Seu pai, um homem respeitado por todos, só não poderia tirar uma coisinha do seu filho Pascoal: O dinheiro!, afinal, o filho de um importantíssimo homem, não poderia andar por aí mal vestido… sem recursos financeiros; pois assim, a imagem do seu pai seria manchada, ou talvez, até apagada. 

Então Pascoal, tinha livre acesso à conta do seu pai no Banco Local. 

Com 12 anos, Pascoal já comia todas as putas da cidade e conhecia todos os bares. 

Pascoal, era autodidata no Piano, e o único lugar que ele podia tocar Piano, era na Zona. (Naquela época, toda zona tinha um piano.)

Aos 14 anos, Pascoal comia, desde a dona da zona, até a puta mais recém-chegada. 

Conhecia a Zona desde a calçada, até o terraço; onde as putas fumavam, um negocinho novo no mercado, que hoje se chama: Cannabis; ou maconha; ou Cigarrinho do Capeta; ou mato do bem; ou teletransporte para a lua; Ou…

Ocasionalmente, Pascoal voltava para casa(Não se sabe bem para que, mas voltava) e mais uma vez, estava Pascoal como Réu, sem ser Réu. 

Pascoal era querido em Zonas e Bares. O que ele precisava para estar ali ele tinha: tinha dinheiro, oras!: só precisa disso para beber e ir à zona. Nestes, os méritos não fazem muita parte. 

Então Pascoal, começou a oferecer, os serviços de “Indicação de Putas”, para os convidados mais ilustres que ali frequentavam: advogados e Mestres amigos do seu pai, que juntos, levavam também, o reitor da faculdade mais próxima de Advocacia. 

Pascoal chegava cedo na Zona: traçava todas as trabalhadoras do recinto; e depois, como forma de amizade, indicava aos convidados ilustres, a que estava com mais apetite para aquele dia. E assim Pascoal se tornou querido na cidade. 

90% dos homens da cidade frequentavam a zona... muitos escondidos, mas frequentavam. Os outros 10% eram bebês ou menores de 5 anos. Para ajudar, 80% das mulheres da cidade eram putas, e estas também o adoravam; as outras 19% largaram seus maridos e foram embora da cidade , e a 1% que sobrou?... Era a mãe de Pascoal. 

Até Mytres, e para um possível Infarto do seu pai, fugindo da  Advocacia, se tornou puta… Até tu Mytres? 

Eis que, em novo dia, Pascoal resolveu visitar o seu Pai:

— Papai? O que aconteceu? Parece que o tempo passou uns 50 anos por aqui, e para mim apenas alguns anos. O senhor está com uma aparência, cansada, velha e…

— De tanto esperar sua formação, fiquei assim. Espero que minhas últimas palavras sejam em sua formatura. 

— Papai, melhor você tomar veneno logo: se esta é a sua esperança, você viverá eternamente. Bom, pelo menos, ao invés da fama de advogado, você terá fama dos recordes guinness: O homem que viveu mais que Noé. 

— Você sabe da sua Irmã Mytres? 

— Sei sim, acabei de vir da zona e ela estava lá. 

Depois de alguns anos sem voltar para casa, Pascoal voltou para matar o seu pai de infarto… Parecia até promessa! 

Pascoal, achava a morte o teatro mais falso do mundo; mais falso que a Grávida de Taubaté, que enganou um país inteiro, chamado Brasil, com uma falsa gravidez de quadrigêmeos. 

Pascoal saiu da cena de morte do seu pai e algo diferente aconteceu: pela primeira vez, Pascoal Tiro Certo sentiu culpa. 

Foi caminhar, e neste caminho, pensou na possibilidade de ser advogado; porém, Pascoal não gostava de estudar. Achava besteira, todo blablablá de qualquer escola. 

Então uma Intuição aconteceu: Pascoal correu para a zona, para logo começar a executar o seu plano, e conseguir um Diploma de Advogado. 

Por força dê intuição, logo neste dia, o Reitor da Faculdade mais próxima, chegou sozinho ao recinto. 

O reitor lhe ofereceu os pêsames, e na primeira pausa de fala, Pascoal entrou:

—Reitor, preciso de um favor. 

Antes que o Reitor pudesse responder, Pascoal Tiro Certo continuou: em troca, te conto, qual trabalhadora desta humilde zona, faz algo que ninguém dos seus ilustríssimos amigos experimentou: O Triplex!! Você sabe o, que é Triplex Caro Reitor? 

— Não, não sei. 

— Você conhece os 3 principais buracos, pelo menos que são possíveis de ver, do corpo de uma linda mulher? 

— Sim. 

— E quais são? 

O reitor de fala erudita respondeu: Vulva, anus e boca. Certo? 

—Sim senhor Reitor. Nota-se que, seu título de mestre em direito, serviu para alguma coisa. 

— Estou gostando, continue Pascoal! 

—Aqui, tem uma senhorita que, seguindo minhas indicações, poderá lhe mostrar na prática o triplex. Chamo de triplex senhor reitor, pois, quando você imagina que está em um dos buracos, já está em outro e depois em outro: o Triplex está além do tempo. 

— Qualquer coisa Pascoal. O que eu lhe devo, para que  providencie, a dona e fazedora do Triplex? — Preciso de um diploma falso de Advogado, e uma carteira falsa para exercer a profissão. 

— Martelo batido. Deixa comigo! Promessa: é promessa.

O reitor, com os olhos cheios de lágrimas agradeceu. A emoção de imaginar o triplex, era muito considerável. 

Pascoal se levantou e, passado alguns minutos, uma jovem e bela senhorita chamada "Corolândia'', chamou o reitor para passear em um dos aposentos do recinto. 

Depois de algumas horas, o reitor voltou ao salão de bebidas com: A camisa do avesso, uma calça doada pela Corolândia, careca e dez anos mais novo; quase sem fala.(Realmente, o Triplex, é caso científico.)

Sentou-se ao lado de Pascoal Tiro Certo e?...E?... 

— Sabe Pascoal… Sabe… Estou pensando em largar a reitoria e ir viajar, não sei para onde, só ir. O triplex, me fez repensar a vida. Mas antes, vamos providenciar o seu Diploma e a sua carteira para exercer a profissão. 

— Quando? 

— Agora!!! 

Quando amanheceu, Pascoal já era Advogado. 

Depois do primeiro Insight, Pascoal sentiu uma diferença em si mesmo, falava menos e observava mais os acontecimentos ao seu redor. 

Andando pelas ruas, avistou de longe, uma pequena e nova vila. 

Caminhou… e como não conhecia os moradores sentados na calçada, percebeu, serem novos da cidade. 

Pascoal lhes ofereceu uma boa tarde, e o tiro de volta foi:

—Você não é o senhor, que vive enfurnado em um lugar de procrastinação e maus hábitos? Que causa perdição as pessoas e as levam para o inferno? 

—Acredito que esteja falando da Zona? 

—Sim, senhor. 

— Não conhecia assim, com estes tantos nomes, mas... 

—E para ajudar, você ainda ingéri álcool? 

— O senhor quer dizer beber? Tomar uns mé ? Sim senhor, eu bebo. 

—Aqui não é lugar para você, aqui não é lugar para pecadores: você é a causa dos problemas do mundo. 

— Oxii, eu? Até da sua imbecilidade? 

— Aí já não sei, mas , se você não frequentasse estes lugares, se não bebesse, não haveria guerras e o mundo seria o Paraíso. 

—Bom, como eu não conheço essa porra de Paraíso, não tenho mais argumentos para esta conversa. 

Pascoal se retirou e voltou para beber na zona. 

Lá chegando, como sempre, foi muito bem recebido: com abraços das trabalhadoras do recinto, aperto de mãos dos meritíssimos e vagabundos que ali frequentavam. 

Sentou-se ao piano, tocou um samba e alegrou ainda mais o ambiente. 

Então, lhe veio uma percepção:...

Quando pisei na vila dos “não pecadores”, fui imediatamente culpado pelos problemas do mundo. Quando piso aqui sou a solução para os problemas do mundo... um samba tocado ao piano, deixou todos alegres e danadinhos! Será que aqui então é o tal Paraíso?E mais… E mais…; O que eu sou? Culpado ou Inocente? Lá sou culpado e aqui sou a solução, portanto absolvido. Que porra é essa?! 

Humm… Acho que estou pronto para  atender clientes. 

Pascoal, especialista em assuntos zonais, logo percebeu que ali seria um ótimo lugar para montar seu escritório: As conversas ali, se resumiam em problemas pessoais e quase todo dia, tinha porrada e confusão. 

“Aqui é o Lugar!” 

Logo foi falar com a Dona do recinto, que ofereceu o terraço onde as putas fumavam maconha. Neste momento, Pascoal deixou de ser querido: as putas endoidaram! Queriam, porque queriam, o terraço para queimar unzinho. 

Mas Pascoal era Pascoal Tiro Certo e então sugeriu:

— Fuma no banheiro oras! Assim vocês economizam ervas. Vou demonstrar: entra… Rafaela e Mytres no banheiro... 

—OK .E agora? O'Que fazemos Pascoal? 

— Acendam os seus baseados ao mesmo tempo … Traga… Segura uns três segundinhos; e solta a fumaça de uma vez… agora, apaguem os baseados e curtam o fumaceiro! 

Este pequeno cigarrinho aí, vai durar uns... três dias pô! Aproveita!

Alguém aí dentro?Hum?... Ein? 

Uma delas sussurrou:

—Nós te amamos. Demais!!! 

Voltando ao salão de bebidas, Pascoal ouviu a conversa de 2 advogados, de que o tribunal da cidade estava abandonado, pois, o Juiz, não estava "nem aí" para os casos. 

Sem casa para morar, o Juiz morava no tribunal e raramente saía: todos os casos da cidade, estavam sendo enviados para fora da cidade. 

Leia este capítulo gratuitamente no aplicativo >
capítulo anteriorpróximo capítulo