CAPÍTULO I – UM NOVO ENREDO

CAPÍTULO I – UM NOVO ENREDO

     As sete horas da manhã, o relógio desperta, está na hora de levantar-se, tomar um bom banho e me arrumar para ir trabalhar.

Não costumo comer algo tão cedo da manhã, apenas tomar um copo de água gelado.

Quando o relógio marcava sete horas e quarenta e cinco minutos, eu saia de casa, deveria pegar um ônibus, e após quase uma hora de viagem, eu pegava mais um trem, que daria cerca de trinta minutos, para enfim chegar ao serviço. Essa era minha rotina, meu emprego é bom e algo que eu gosto de fazer, sou técnico em informática, as vezes dou algumas palestras sobre o assunto, mas a maior parte do meu trabalho, é ficar em meu escritório, mas o que faz um técnico em informática afinal? Um técnico em informática é o profissional que está apto a realizar configurações de sistemas informáticos, a instalar equipamentos e a verificar as causas de falhas na programação de computadores. O técnico em informática também instala e configura redes e softwares, trabalhando no desenvolvimento de sistemas e websites. Posso dizer que ganho bem, acima da média, assim consigo manter meu estilo de vida.

     O motivo para eu não dirigir até o local do meu serviço, é por causa da distância, acabaria que sendo mais gasto para mim, do que ir de transporte público, e particularmente gosto de pegar o transporte público, quando não está cheio, fica esse detalhe.

Pois gosto de refletir no ônibus e ouvir a conversa das pessoas no trem. São uma hora e meia de viagem, que eu aproveito da melhor maneira possível.

As vezes leio, as vezes ouço música, as vezes não faço nada, apenas viajo em meus pensamentos, as vezes durmo, quando tenho alguma noite ruim. Então essa rotina misturada com diversidade, é o que me faz querer pegar o transporte público, pois eu nunca sei o que irá acontecer, o que me aguarda, se encontrarei alguém legal para conversar durante a viagem, as vezes acontece de eu conhecer alguém e irmos conversando até o ponto final de nossos destinos, no ônibus ou trem.

     Um dia com pressa para ir para o trabalho, pois acordei atrasado, não ouvi de forma alguma o despertador, devia estar sem bateria.

     No ônibus pensava que mais tarde, eu encontraria alguns amigos, e possivelmente minha futura namorada.

     Quando peguei o trem, estava mais vazio que o normal, poucas pessoas, lugar de sobra para sentar-se. Me sentei ao lado de um jornal que algum passageiro esqueceu, e comecei a dar uma lida.

Havia quatro jovens adultos afastado de mim, mas dava para ouvir suas conversas. De canto, dei uma boa analisada em cada sujeito, e ouvi um assunto que me despertou a curiosidade.

Fingindo que estava lendo um jornal velho que já estava no banco a qual me sentei, provavelmente esquecido por algum passageiro. Ouvi das quatro pessoas um rumor, extremamente assustador, que teria acontecido com um dos jovens noite passada.

Ele estava aflito, com uma expressão de cansado, exausto e abatido por algo que aconteceu.

Porém esse vagão estava fazendo muito barulho, perdi partes da conversa, mas consegui entender do que se tratava.

Não poderia ser verdade. Os amigos do sujeito tentavam acalmá-lo e entendê-lo, e mostrando apoio a tal situação. Por fim eles desceram, e eu continuei no vagão pensando sobre o que eu teria ouvido.

Assim precisava saber se realmente era real o que eu ouvi do jovem perplexo.

     Chegando ao meu local de trabalho, não consegui me concentrar e me focar no serviço a ser feito, foi um péssimo dia no trabalho, um dia perdido com produção zero, meu rendimento foi terrível, mas tudo bem, eu tinha bastante créditos positivos com a empresa, sempre fui um ótimo funcionário e muito competente. Apenas disse que tive uma noite ruim, e pronto, ninguém ficou em meus ouvidos me cobrando por alguma coisa.

     A tarde eu estava livre da carga horaria de trabalho, e vou direto para casa, peguei o trem, peguei o ônibus, pensando, pensando em como foi minha manhã, meu rendimento e como será a noite. Durante partes da viagem, o sono era mais forte do que eu, acabei dormindo, mas de certa forma é bom, assim estarei disposto e descansado para a saideira a noite.

     Em casa, vou logo para o chuveiro tomar uma boa ducha, e antes de sair do banheiro, dou uma olhada na pia e penso sobre o jovem aflito do trem. Mas quer saber, decidi deixar para lá, não devia ser nada. Assim término de me arrumar, tiro meu carro da garagem e vou ao encontro dos demais. Eu possuo um Chevrolet Silverado, vermelho brilhoso. Eu adoro esse carro.

     Primeiramente eu passaria no posto de gasolina, iria abastecer, e calibrar os pneus, aproveitando para checar o óleo e a água.

Após passaria na casa de meu amigo Drake Hughes, a qual ele mora cerca de trinta minutos de distância de minha casa.

     Eu conheci Drake na escola quando éramos crianças, estudamos juntos todos os anos do ensino fundamental, e do ensino médio. Nos separamos quando Drake seguiu outros caminhos na faculdade, eu estudei informática, e ele, bem, estudou por alguns anos diversas coisas e por fim desistiu. Eu nunca entendi seu comportamento e suas escolhas. Hoje ele trabalha na mecânica junto ao seu pai.

O bom de ter um amigo mecânico, é que os consertos do meu carro e as revisões, são bem-feitas e por um preço justo.

     Finalmente cheguei na casa de Drake, buzino em frente a sua casa e aguardo dentro do carro.

Com uma mochila nas costas Drake com pressa entra no carro e diz – Vamos logo Dean! – Apressado.

     - Olá para você também Drake, como está? Eu estou bem também, é bom vê-lo meu amigo – Digo em um tom sarcástico

     - Qual é Dean, essa sua buzina sempre me coloca em encrenca – Responde Drake.

Assim seguimos caminho, e Drake menciona para pararmos na casa da Ashley, que ela irá junto, pegando uma carona conosco.

     Ashley, mora cerca de quinze minutos da casa de Drake.

     Conhecemos ela nos primeiros anos do ensino fundamental, desde essa época, Drake é apaixonado por ela, mas nunca se revelou.

     - É hoje que você se declara? – Perguntei, com risadas

     - Não é tão simples, a última vez que falei com ela, semana passada, ela estava saindo com um cara - Responde Drake, com certo desanimo

     - Você está deixando a chance passar, quanto tempo mais irá esperar? – Questiono

     - É fácil para você, mas para mim, eu não tenho nada para oferecer para ela – Argumenta Drake, com lamento

     - Deixa disso cara, você é um bom sujeito, e se conhecem a tempo, bens materiais não é tudo – Rebati sua argumentação

     - Sim, você tem razão, bens materiais não são tudo, nem um carro zero km, nem uma casa nova, nem um emprego bom. Quem sabe podemos viver de amor, e sustentar nossos cinco filhos com carinho, tudo isso na casa de meus pais – Respondeu Drake, sarcástico, irônico, e chegando no local, ele acrescenta – Hey fica quieto, não vamos falar desse assunto – Olhando da janela, Ashley se aproximar.

Ashley entra no carro, nos saúda então eu pergunto:

     - E a Maggie? – Ansioso.

     - Ela nos encontrará mais tarde, parece que ficou presa no trânsito – Respondeu Ashley, simpática.

     - Está bem, pé na estrada então – Digo

     - Antes de irmos, tem problema se meu namorado for junto? – Perguntou Ashley

     - Tem problema Drake? – Pergunto

     - O que? Não, claro que não, nem sabíamos que você tinha namorado – Disse Drake, com o coração partido

     - Como não? Eu lhe contei semana passada, nos conhecemos no cinema – Disse Ashley

     - Verdade, como pude esquecer?! – Disse Drake, dando um tapa de leve na sua própria testa

     - Dean, tem como buscar ele? A moto dele está na oficina, um sujeito pulou na frente dele, quase que foi atropelado, por fim Chad conseguiu desviar e acabou batendo em umas latas de lixo, por sorte não aconteceu nada sério, apenas alguns arranhões. – Pede Ashley, e conta.

     - Claro, não tem problemas, sempre cabe mais um – Respondo, e pergunto o endereço.

     Assim seguimos caminho, conversando, e durante o caminho, conto o que eu havia ouvido no trem, dos quatro jovens.

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