Capítulo 1

Ouvia se falar que um rei muito inteligente e poderoso governava as ilhas irmãs, conhecida como ilhas de Desmond. Havia poucos anos que o rei havia assumido. O antigo rei morreu com 98 anos decapitado por pirata e seu herdeiro havia assumido. O reino de Desmond passou a dominar as navegações e as mercadorias que transitavam. Havia muitas alianças formadas desde que o novo rei assumiu, tornando a vida de corsários de difícil desenrolar.

Parada em frente ao púlpito da popa, respirou fundo, com as lembranças do passado que  assombram seus pensamentos. Com os olhos fechados, recordou os momentos de aflição.

A criança de nove anos corria de um lado para o outro com  a espada de madeira na mão, a mulher de cabelos negros ondulados de olhos castanhos a observa brincar. Costurava uma peça de roupa, enquanto a pequena menina levantava poeira do chão brincando.

Seu sorriso fazia a mulher sorrir também. Era uma noite calma, no andar abaixo ecoava cantoria. Elas moravam em uma Casa de Distrações. A mulher sentada era mãe da menina, uma mulher de distrações. Estava livre aquela noite. Ouviu gritos e percebeu que algo estava errado, quando  um silêncio muito incomum no andar abaixo surgiu. De repente os gritos ecoaram misturados ao som de mesas sendo lançada. A mulher cruzou o quarto e trancou-a porta. Pegou-a menina pelo braço e correu para o canto da cama.

— Quieta. Avisou.

Foi o que a menina ouviu, antes da porta cair para dentro do quarto. Ela viu vários homens invadir o quarto. Andou até elas, com passos largos e arrastou sua mãe de seus braços pelo cabelo. A pobre mulher gemia e implorava. A Menina pulo em sua direção e acertou um com a espada, mordeu a mão de outro, e voou sendo arremessada contra a parede. A mulher estava sendo rodeada por tantos e a pequena chorou porque sentia dor e não podia vê la. Tentou mover se, quando conseguiu, andou e pegou a espada de madeira. Um homem gargalhou, colocando as mãos na cintura, achando divertida a figura pequena enfrentando dez homens dentro de um quarto. Ela correu, rolou no chão acertando o tornozelo de um, rolou novamente, desviando das mãos de alguém.

Parou na frente de sua mãe.

— Está morta. Avisou o homem.

Eles afastaram dela, sentindo uma sensação de mal presságio, aquilo não era reação de uma criança, ela revirou os olhos, virou se para eles, erguendo a espada, gritando.

O líder dos homens a olhou.

— Vou levá-la para mim, já a escondi por muito tempo. Já recebi duas mercadorias bem cheias por ela, mas ela vale mais que isso. Falou dirigindo-se para criança.

Um segundo atrás, Vanesey comemorava mais uma vitória por ter usurpado uma escuna que vinha da ilha a leste do mar de Baslin. Longe de casa, tudo era possível, e perto de casa, mais próximo da morte. As águas controladas por Desmond estava sendo um desafio para piratas. Refugiou se dos pensamentos na direção de Desmond, porque hoje completava seus dezoito anos, e não havia o que  comemorar. Nesey não era uma mulher delicada que fosse se importa com mais um ano de sua vida. Seu presente, hoje, era mais uma vitória sem perdas de homens de sua tripulação.

A vida que levava de usurpar e refugiar em terras desconhecidas causava euforia de alegria, a descoberta do desconhecido era sua alimentação diária. Olhou para bombordo, a escuna furtada estava sendo conduzido por Medrones, um homem do mar, que ganhou sua fama, em uma noite não muito favorável a reputação dele.  A tripulação estava presa, abaixo do convés, não foi o mesmo destino que o capitão deles, que foi eliminado, pela ponta da espada dela. Não havia remoço em sua cabeça, nem um sentimento que demonstra se remorso. Assassina, ladra e trapaceira, foi criada entre os piores ladrões. Criada como homem, sem escrúpulos ou piedade, infiel e corrupta até mesmo entre eles. Sorriu, satisfeita. Sua frieza era armadura contra qualquer sentimento. Bruta e sem pudor, capaz de cometer atrocidades por uma moeda.

Sentiu ódio de sua casa, das Ilhas de Desmond, governada por um rei que poucos alegam ter o conhecido, representado por trindade de conselheiros e seus cães da guarda-marinha, que comandava corsários, que em sua opinião feriam terrivelmente a reputação dos verdadeiros homens do mar. Outra estupidez para Vanesey, lendas de outra época e vidas de seres inimagináveis.

Balançou a cabeça e ela gargalhou com a turbulência de seus pensamentos.

Olhou para esquerda, onde seus homens brigavam ferozmente, algo rotineiro, normal entre eles.

Nesey equilibrava se na beira do púlpito, quando ouviu os alertas de navios se aproximando. Manteve se calma, porque seria primeira vez que teria que lidar com situações duplas, contra navios da marinha. Ela fechou os olhos novamente,  deixando a memória escapulir em rumo aos últimos dias a livrando das recordações de criança.

Vanesey recebeu a informação que uma Fragata partiria do porto de Brontokai, carregando para a ilha de Matansi, mercadorias para troca. Havia uma guerra entre as ilhas em Feur com as ilhas de Panal. Como Henke, rei de Desmond, era aliado dos dois reinos, qualquer navegação de Desmond podia livremente cruzar por suas águas. Nesey sabia que o rei de Matansi estava com poucos suprimentos devido a guerra vizinha, e ficaria aborrecido caso Henke falhasse com suas mercadorias prometidas para suprir as necessidades do reino.

 Desmond era muito influente com mercadores de outros governos. Nesey não estava interessada somente nos baús de outro, mas nas mercadorias que seriam facilmente distribuídas entre seus homens e trocadas por outras utilidades de seus interesses. Ela distribuía igualmente a todos os bens usurpados. E por isso ela mantinha a mesma tripulação por anos, trocando apenas pelos que partiam ou perdia em conflitos. Ela conhecia o nome da cada marujo na escuna, mas não era o capitão. Ela ordenou que um grupo seguisse por bote, iria aborda lo de uma forma alternativa, já estava com muitos bens, embarcado para perde los em um conflito.

Flit era o capitão que pouco ordenava algo aos marujos, ele observou ao lado de Flot, Vanesey entrando no bote, que seguida descia, estava acompanhada de alguns bons marujos. Ela decidiu seguir para conflito com eles, corpo a corpo, queria mais, um dia provaria que estava pronta para ser capitã.

Um tempo depois, surgiu uma fragata, que passou a seguir na direção do bote deles. Em segundos, o bote descia da Fragata. Vanesey sorriu envolvida no capuz. Assim que eles os embarcasse a sua embarcação, faria retorno na ilha a frente e começaria a ir de encontro com a deles.

Vinha em sua direção um bote com cinco homens, armados, mirando contra eles. Ela havia escolhi os melhores, com melhor aparência, para fingir ser uma família de mercadores, que foi sequestrado e abandonados em alto-mar.

— Rapazes. Murmurou. —E nossa vitória ou morte.

Eles sentaram no bote, estendendo as mãos para o alto da cabeça, Vanesey forçou choramingar, lamentando.

Dois homens pularam para dentro do bote, que ameaçou vira, e observaram , em seguida começou a vistoriar suas coisas. O outro começou a vistoria eles.

— Senhor. Por favor, sou uma dama. Reclamou.

O homem revirou os olhos.

—– Me desculpa senhora.

Ela observou a roupa da guarda de Desmond, então, percebeu que Desmond, além de ter Corsário rodando as áreas, mantinha guardas juntos a algumas embarcações, como conforto para as embarcações que cruzavam suas áreas.

— O que aconteceu? Perguntou.

O mais velho ergueu se.

— Fomos sequestrados. Nos deixaram aqui para morrer.

Os dois homens se entreolharam.

— De onde vem?

Vanesey havia esquecido o detalhe.

— Estávamos a caminho de Bentonkai. Ela pensou.

Ele afirmou, com certeza, de que dizia a verdade, nenhum pirata ousaria ir para Bentonkai.

A história contada foi baseada em um saque que ouvira falar.

O homem estendeu a mão, para ajudar a entra no bote. Apesar do capuz, o vestido demonstrava o formato de seu corpo. Os outros sorriam com malícia.

Vanesey olhou com alerta, estavam enganados, não era a embarcação que estava buscando, e teve a certeza quando aproximou.

Ao embarcarem o capitão demonstrou muito interessado em Vanesey.

— Seja bem-vinda. — Falou. O homem de quase 50 anos devia estar a muito tempo só, seus olhos param no decote de Nesey. Ela fingiu decoro e o tampou, fechando o capuz.

— O que lhes aconteceu? Ele perguntou.

— Fomos saqueados. Mendrones avisou.

— Esses são meus primos e tio. Fez uma pausa pondo as mãos no peito.

O capitão pareceu interessado, pediu que os outros fosse levado para se alimentar e avisou que não poderiam voltar. Que teria que seguir viagem com eles. Um guarda tentou questionar a decisão.

Nesey virou para ele é piscou.

O homem sorriu e saiu as pressas, o capitão pediu que ela o acompanhasse.

Nesey fez uma expressão de dama recatada.

— Senhor. Vou aguarda meus parentes aqui.

O homem gargalhou, os outros também. Seus homens param a frente dos seus empenhando a espada, ordenando que sentasse.

Ele se aproximou e  a tomou no colo. Ela gritou.

Com passos rápidos, ele entrou na cabine, a atirando na cama. Ela sentou pegando a faca guardada atrás dos nagôs do vestido.

Ela observou o lugar, havia um símbolo conhecido. Sua informação havia sido falsa, afirmaram que a guarda real transportaria as mercadorias e não corsários.

Ele começou a se despir.  Vanesey fingiu chorar. Ela sabia que era uma mulher atraente, teve muitos problemas ao longo dos anos por isso.

Ela choramingou, o homem veio sentar se ao seu lado. Ela estava com as mãos no rosto. Ele apertou o busto. Ela virou a mão  e a faca parou garganta dele. Ele caiu morto.

Ela ergueu se, já havia quase partido desta vida por centenas de vezes, mas desta vez, foi fácil, fácil demais. Saiu da cabine devagar, havia tumulto porque a embarcação vinha contra eles..

Os homens sorriam com a expressão de pavor plantada em seu rosto.

— Se prepare. O próximo serei eu. — Falou o homem com olhar ansioso.

Ouviu gritos. O sopro trouxe o som de canhões.

Ela sorriu satisfeita, eles chegaram a tempo, a leste vinha sua fragata, arremessando no ar disparo constante. A distância que estavam, não conseguia manobrar em tempo havia, e a luta corpo a corpo aconteceria.

A luta dos três piratas começaram, eles protegiam uns aos outros, quando finalmente os homens de Nesey invadiram a embarcação. Havia sido muito rápido toda ação.

Seus homens brigavam no convés. Outros subiam em cordas. Um tiro veio em sua direção ela pulou, o homem atirou novamente. Ela correu e o acertou coma espada no ventre. Ele gemeu. Gritos iniciaram

Vanesey puxou uma corda que se prendia na vela, correu e pulou com ela. Cruzou o convés e lutou com dois homens.

Flot surgiu em meio ao caos, e os olhares de pavor surgiam nos olhos dos guardas, ele correu derrubou seis homens. Outros se rederam. Nesey mandou joga los ao mar.

— Façam a limpa. Joguem todos no mar. Ordenou Nesey.

Exausta observou Flit, que estava suado, Vanesey analisava os estragos na fragata, feito pelos canhões.

—Corsários? Ele perguntou intrigado.

— Um grupo de novos corsários, sem experiência no mar. — Concluiu.

Flit pareceu incomodado.

— As coisas mudaram, estão usando corsários junto de guardas.

— Foram enganados. Esse grupo foi muito fácil. Prepara para partir. Estou com mal pressentimento.

Ao dizer isso um tirou passou por eles, a confusão estava armada.

— Flot ao leme. Ordenou Nesey.

Flit a seguiu e a passou a luneta.

— Uma armadilha.

Ela cruzou o convés ordenando e acenou.

Uma  escuna estava a frente os tiros de canhão se aproximava.

— Maldição! Disse Flit.

Vanesey desceu e ajudou a prepara os canhões. — Martel. Chamou atenção do homem. — Agora! Berrou.

Tiros foram disparados em direção ao navio ao leste.

Está com poucos homens para fazer a Fragata navegar rápido.

— Nesey, vamos pular.

— Não vou deixar o prêmio para trás. Fuja se quiser Flit.

Nesey corria ajudando os homens, essa atitude e que fazia com que ela fosse respeitada entre eles.

— Temos tempo. Tolos nos alertaram bem a tempo de receber a rajada de vento.

Flit andou até a ponto pegou a luneta.

— Não pode ser.

Nesey ao longe ouviu a reclamação de Flit, ele tremeu e deixou a luneta cair.

Vanesey abriu o mapa passou a mão e olhou em  volta, eles estavam ao norte de Noah agora. Olhou buscando a irmã central de todas.

Não sabiam o porquê mas Noah era uma ilha de embarcações,  a ilha afundava, em determinado período da época do ano, que ela não sabia, fazia tempo que não estava em casa. Olhou distante, lá estava o amontoado de embarcações, pequenos como um pássaro distante em alto-mar.

—  À bombordo. Ordenou.

Flit veio até ela correndo, ela acenava para os outros que acataram da fragata.

—  Está louca. Gritou. – Está nos levando para as águas de Desmond.

Ela gargalhou. — Vamos conseguir.

— Vanesey não podemos passar.

A escuna vinha distante, tomando velocidade, ela olhou para fragata, sua embarcação de anos, acenou para seguir junto, próximo, ela comandaria da fragata roubada.

Vanesey pegou o leme, no momento que seu a fragata aproximou se. Flit saltou, com corda, sendo puxando pelos homens, correu em direção ao leme.

— Nesey. Berrou Flit. – O maldito velho capitão Loud está nos seguindo.

Ela gargalhou. Não podia ouvir nada que Flit dizia.

— Medrosos. Ela berrou.

As ondas fortes iniciaram, as águas de Desmond eram inavegáveis. Muitas pedras nos caminhos, mas ela certa vez observando ao longe. Viu um barco pequeno cruzando as águas ele passou ao canto da ilha, bem próximo as pedras pontiagudas.

Ela olhou Flit gritar. Flot se concentrava na escuna. Ela girou o leme. A bala do canhão quase os acertou. Ela passou pelo canto e a pedra surgiu. Ela esbarrou. Pedras caíram dentro. Ela respirou. Flot a imitou.

Ao longe ela viu o navio da guarda se afastar.

Um ser marítimo surgiu.

– Baleias. Gritaram os homens.

A baleia parecia querer faze los virar.

Um tempo ao entra nas águas Desmond, o mar acalmou se, muito distante via se a escuna. Ela passou a mão na testa.

Olhou a rota e concluí que devia voltar, retornou, seguindo em direção a cratera, era um perigo seguir a direção, entregaria as sombras, mas precisava arriscar, antes eles do que ela.

Vanesey olhou pela janela da cabine, estava ferida, tentando aperta um pano no braço. Segundos Flit surgia a aporta esbravejando palavrões e Flot o acompanhava.

—Você nos surpreende, onde aprendeu esse caminho?

— Cale se Flot. Ela quase nos matou.

Vanesey sentou abrindo o blusão.

—Preferia ser levado a forca Flit? Perguntou com ousadia.

Nesey os Asperes enviaram a pomba novamente.

Ela olhou para ele.

— O que está escrito?

— Devemos seguir para cratera. Avisou Flot.

Vanesey desviou o olhar.

— Já estávamos a caminho, não?

Flit olhou para janela.

— Estamos em direção a Balins.

—E um caminhou diferente. Ela alegou.

 Vanesey sabia o motivo daquela convocação, a fuga do navio da guarda seria mais um dos motivos. Ela estava a meses saqueando a todos em sua frente. Ela havia criado o caus. Os piratas de Montes estavam zangados também. O lar dos piratas e corsários de Desmond eram divididos entre as ilhas Montes, Asperes e Mondes.

 Sua fragata era mais rápida que muitas embarcações, sabia que seus homens estavam a olhando, precisava demonstrar segurança e firmeza. Sempre que ela fazia isso todos se perguntavam se algum dia ela estaria viva para fazer isso novamente.

Sentiu o vento soprar, balançando a roupa de cama, como anúncio de presságio em seu ouvido.

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