Capítulo Um

Passado e presente vivem se cruzando

Ódio e amor vivem lado a lado

Dor e felicidade andam junto

Mas no fim o amor cura todas as dores do passado, dissolve o ódio do presente e embala um futuro de felicidades.

N.S

Emellie Bückner

A ansiedade é uma inimiga constante na minha vida que luta ardentemente com meu lado calmo, estrategista. Ironicamente paciência foi uma das principais virtudes que meu pai me deixou, em sua visão agir sem ela poderia causar danos irreversíveis, nunca o questionei por ele jamais esta errado. Contudo, meu pai não me ensinou como ser manter calma quando o coração está em jogo, quando sentimentos estão em campo e o coração j**a contra a razão, mas talvez ele não pudesse ou não teve tempo de me ensinar isso.

Se fosse vivo o diria para tentar por ensinamentos sobre na formação de assassinos, possivelmente algum membro da Honra e Sangue morrerá por agir mais com coração do que com a calma da razão. Talvez se isso acontecer comigo o próximo líder colocará.

Desde ontem a inquietude não me abandona ou ela nunca me abandonou e me acompanhe há três anos, e eu que não admita. Mas a certeza que possuo e que quando a máfia colombina está envolvida tudo se torna pior, o medo do que ela pode tentar causar me assombra regulamente, não exatamente a mim, mas pessoa que mais amo nesse mundo. Marcos e meu carrasco, o demônio que mais me afligir, fui louca ao ponto de tocar onde não devia, porém não temo nem me arrependo, faria tudo de novo se preciso, tudo para salvar ele.

A minha vida nesta história pouco importa, sou capaz de aceitar o meu fim em consequência dos meus atos, ao contrário de Marcos.

Não vi evidências da sua consciência do que aconteceu anos atrás, porém tudo pode ser um jogo, um teste, ou não. Todavia minha atenção não pode abaixar, não agora quando depois de tantos anos Marcos mesmo que ainda não tenha notado resolveu acertar nossas contas. Meu receio e único e exclusivamente em que pode sofrer, nos respingos que podem atingir Pietro, meu elo vulnerável.

— Você realmente vai nesse jantar? — Não preciso virar para saber de quem se trata, sua presença a entrega.

— Vou. — Me limito a dizer, podemos ser próxima ao ponto de segredos serem quase impossíveis, mas sabemos o limite uma da outra. Sabemos a hora de conversar, expo opinião, debater, e esse não era o momento ideal para tal nenhuma das alternativas.

Silêncio pesa nada precisa ser dito para saber por que vou isso está explicito nos meus olhos refletidos no espelho. Por ele. Algo me diz que o motivo desse jantar é ele, não um furtivo encontro de velhos conhecidos, e isso desencadeia um medo gritante na minha mente, ele é um dos meus pontos fracos, apesar de tudo, não o maior deles, no entanto, ainda é. E ele e a porta que abre meus segredos, a ponta que inicia todos os meus problemas.

Faz tanto tempo que não o vejo que a saudade cresce mais a cada dia, quase insuportável. No entanto, respeito seu espaço, sua vontade de se manter longe de tudo e de mim a quem culpa por livra sua cara, mas não acredita. Tão inteligente, porém às vezes tão cego e idiota.

— E por ele. — Não e uma pergunta, mas uma confirmação. — Como ele está? — Sua voz sempre calma, nunca se alterando chegando a ser fria tenta manter um diálogo.

Faz tempo que ela não expõe sua opinião sobre o que eu fiz nunca me criticou, me apoiou sempre mesmo quando não concordou com minhas ações. Emelay me acolheu quando ninguém mais fez, enxugou minhas lagrimas ao descobrir que tudo não saiu como planejado, não me criticou como alguns membros da organização fizeram por a líder ter colocado sentimentos a frente da razão, ela simplesmente nunca saiu do meu lado, e eu a amo mais por isso.

Não demonstramos nossos sentimentos uma pela outra com frequência, no futuro talvez possamos nós arrepender de não ter feito.

Vivemos de incerteza, não sabemos quanto tempo temos, mas ainda assim nos iludimos acreditando que amanhã poderemos dizer tudo que queremos. Criamos um ciclo vicioso, perigoso que talvez faça feridas incuráveis no futuro por nunca ao menos ter dito "Foi bom te conhecer".

Não me viro para encarar seu olhar, contudo não tenho dúvida dele ser inexpressivo, ele sempre é. Descobrir suas emoções e como tentar compreender o universo e são raras às vezes que suje oportunidades, mas ainda assim não compreendemos. Como o meu coração o dela foi destruído, o que já era gelado congelou de uma vez, e são poucas as pessoas a quem demostra algo.

Julgo conhece-la, no entanto, não sei nem metade do realmente se passa em sua mente. Emelay e um mistério fascinante para ser desvendado, mas que raramente será.

Entrar para a organização talvez faça as pessoas se desprendem dos seus sentimentos, talvez seja esse o preço que os melhores pagam. Papai costumava dizer que existe pouco amor em nossos corações para serem desperdiçados com quem não vale nada, por isso amamos pouco, mas melhor. Entretanto, talvez dentro nós haja os quem não sente nada.

— Bem pelo que soube. — Finalizo a aplicação do batom vermelho apreciando o resultado. — Da última vez que me deram informações se encontrava perto de Auckland. — Finalmente giro observando seus olhos tão azuis quanto possível, as mechas negras presas num coque frouxo, porém soltas batem acima da cintura. Uma mulher linda, fria, destruída por culpa minha.

— Preto lhe cai bem, realmente é linda! — Sorrio, um sorriso mesclado com irônica e agradecimento.

— Obrigada!

Não e como se usasse muita cor além de preto, eu tenho um grande apreço por ela. Emelay da mesma forma. Sento na cama do seu lado e giro ficando de costa, sem dizer nada passa por meu pescoço o colar que estava nas mãos. Delicadamente toco a pedra de diamante sorrindo para o vazio, perdida por segundos em lembranças de como a ganhei. Vincenzo sempre soube como me agradar, em sua maioria.

— A escuta está presa no anel, tome todo cuidado. Vou esta no carro pronta para qualquer coisa. — Levanta buscando a jaqueta de ouro largada ao seu lado, ao contrário de mim que se encontra num vestido estilo sereia com um decote V longo, está de calça, blusa e botas todas pretas me dando uma verdadeira inveja.

— Tudo bem. — Sorrio tranquila enquanto prendo uma adaga junto com minha arma na perna esquerda. — Confio em você. — Abaixo o pé que estava sobre a cama no chão.

— Sabe que não deveria, posso matar você é ninguém desconfiaria, ou descobriria. — Brinca em seu humor macabro deixando o quarto. Demoro um pouco para fazer o mesmo, sorrindo sozinha pela piada.

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