Prólogo Última Parte

A calma é uma virtude que poucos possuem, mas nos membros da organização Honra e Sangue e algo fundamental, um dos segredos para seu grande sucesso. A calma ajuda a evitar falhas, que tudo saía conforme o planejado, que uma missão nunca seja deixada por incompleto. E de todos os membros da organização Emellie e a que possui uma calma invejável, em vários momentos até mesmo assustadora, uma assassina perfeita, que nunca erra, que jamais deixa um alvo fugir.

E mais um alvo acabou de cruzar a porta antecessora que cruzara antes de ser a do inferno.

— Boa noite... — Mãos frias circulam a cintura fina da loira, que em poucos minutos não serão capazes de machucar mais ninguém. — Você é linda, sabia?! — Sussurra no ouvido de Emellie que fingi sentir arrepios, tanto tempo fazendo isso que se tornou natural; fingir.

— Uma linda noite... — Revira os olhos sem que o outro perceba. — Deseja beber algo? — Vira seu corpo circulando os braços no pescoço do homem de meia-idade.

— Um vinho talvez... — Esbarra seus lábios na garganta do homem e sorrir quando ele tenta contem um gemido, ato falho.

"Tão tolo..." Segura à língua para não dizer.

Um erro dos homens e desejarem toda mulher que lhe da atenção, algumas podem ser seu fim. Pior ainda e desejar uma mulher que tem como objetivo lhe eliminar. As belas são sempre as mais perigosas, bela e membro da organização significa ser fatal.

Emellie disfarçadamente olha a porta e confirma se ela realmente esta trancada, e sorrir amplamente quando nota a luz do abajur ao lado da mesma mudar sua cor para verde, indicando caminho livre para executar seu trabalho. ''Os seguranças foram contidos, pode finalizar aí '' era essa a mensagem oculta.

— Aceito uma taça. — Morde o queixo da loira antes de se afastar, se livrando das roupas rapidamente ficando apenas com sua peça intima.

Pretensiosamente Emellie olha arma deixada na poltrona fingindo espanto e um olhar de medo. Notando onde a mulher olha o de cabelos grisalhos abre um sorriso tranquilizador.

— Não o se preocupe, ela não será usada em uma mulher tão linda como você, apenas em que deseja me ver morto.

— Fico mais tranquila. — Emellie abre um sorriso de alivio para o homem, mas só da às costas para ele que se transforma num macabro. — Nunca se sabe quem deseja nos ver morto... — Tranquilamente a mulher serve duas taças e disfarçadamente coloca duas gotas de um líquido na taça de seu acompanhante. — Deseja um brinde? — Fala roçando minimamente os lábios no do outro antes de lhe da à bebida.

— Claro, merecemos brindar a nossa noite que será magnifica. — Senta numa poltrona vendo sua acompanhante buscar a própria taça e voltar para seu colo.

— Que nossa noite seja magnifica!

Sorrindo ansiosa Emellie acompanha todo o movimento ate a taça tocar os lábios do homem, prendendo a respiração quando sove um gole do líquido. Sem pisca observa a bebida ser engolida e só aí toma o gole do seu próprio vinho, como recompensa pelo trabalho bem feito.

"Alguns são tão fáceis" dizia em pensamentos.

O veneno faz seu trabalho imediatamente, trazendo sufocamento a quem o ingeriu, uma sensação de queimação que vem de dentro para fora. Respirar se torna dificultoso, tentar traz uma dor dilacerante. Imóvel o homem olha a loira que sorrir maliciosa bebendo tranquilamente seu vinho, enquanto assiste sua agonia sem mover um único dedo para socorrê-lo.

— Realmente, nunca sabemos quem deseja nós matar. — Pisca um olho inocente ao ver o homem tentar lhe tocar, apertar seu pescoço. — Opa! — Salta do seu colo, mas não criando uma longa distância.

— Va...d...ia. — Tenta falar, mas tal ação só provocar lhe provoca mais dor.

— Há minutos atrás estava me adorando. — Balança a cabeça numa falsa descrença, todavia rapidamente sua expressão muda para uma sombria. — Seu erro e entrar seguro num quarto pensando que todas vão abrir as pernas para você, que pode fazer o que bem entender com as mulheres. Nojento! —Respira fundo tentando manter o controle para prosseguir: — E quando não consegue o que quer as forças, as oprime, as obrigas a fazer o que não deseja usando ameaças, força física. Contudo, ao aqui se que faz aqui se paga! Poderia continuar impune, mas sua crueldade teve fim quando tocou na filha de um homem da forma que não deveria tocar em mulher nenhuma. Acha o quer, que só porque o homem lhe devia dinheiro, você poderia fazer de tudo para reparar a dívida? Que poderia tocar na filha dele e ficaria por isso mesmo? Nem todo medo do mundo reprime um verdadeiro pai.

O homem agora caído no chão olha seu algoz com todo seu ódio, tenta se arrasta para longe para se erguer mais suas tentativas são inúteis. Ódio queima em sua ires, nunca sentiu nada tão intenso nem pelo seu pior inimigo. Ninguém, principalmente uma mulher lhe humilha daquele jeito, sua vontade era se levanta, lhe mostra quem é que manda.

Emellie, por outro lado, desejava tortura-lo até que implora-se para morrer, o fazer senti cada dor que provocou nas mulheres que tocou a força. Tinha consciência que não era inocente, que foi e será a carrasca de muitos, mas nunca numa magnitude como aquele verme largado no chão. Todos que matou eram culpados, tinha motivos para aquilo, podiam não ser fortes ao ponto de serem mortos, mas em sua visão o fato deles terem uma mancha em sua alma diminuía sua culpa, que seu julgamento final seria mais complacente. Jamais tocou numa criança, gravida, "inocente", diferente daquele que tentava a todo custo fugir do seu fim.

Seu desejo de tortura-lo era tão forte que apertou a taça ao ponto de quebra-la ferindo sua mão, uma dor necessária para distrai-la e não sucumbi a seus desejos, tudo tinha que sair como uma fatalidade, que no final das investigações a causa da morte fosse inconclusiva. O veneno na corrente sanguínea em poucas horas sumiria, tudo levaria a crer que a morte foi de causas naturais, sua equipe trabalharia para que o fim fosse esse.

— Suponho que deseja saber por qual monstruosidade seu fim foi adiantado, diria para se sentar e escutar a historia, mas pouco me importo com seu conforto. Lembra-se de um pai de família que poucos meses atrás lhe procurou em busca de dinheiro, um erro, mas na hora do desespero o pensamento se torna escasso. E se levarmos o fato que um agiota bem conhecido morava pouco longe de sua casa não ajudou em nada, porém até aí tudo. Você fez um pré-requisito para emprestar o dinheiro, viu que o cara era medico que tinha como paga-lo futuramente, se aproveitou de tudo até do que não deveria, sua filha. Você a viu uma vez por um erro do homem, uma única falha, mas o suficiente para você deseja-la. Entretanto, você não sabia como, notou a superproteção do pai com ela. — Interrompe sua narrativa para olha-lo com nojo. — Alguma vez passou na sua cabeça que o dinheiro era por causa dela? Que ela estava doente, mas que o pai achou um tratamento novo e o dinheiro era para arcar com os grandes custos?

Nada além do silêncio e o que Emellie obtém, chegou a imaginar que o veneno teria o matado finalmente, mas bastou presta bastante atenção que notou seu peito subir e descer lentamente, em suas contas em menos de minutos ele morreria.

— Ficou tão doido pela menina que passou a dificultar que o homem pagasse sua dívida, que para seu desespero ele estava fazendo muito bem. Seu plano era força-lo a da menina como pagamento, mas quando propôs e ele negou foi o bastante para que surta-se e procura-se achar outros meios para tê-la. Você a teve, mas não esperou que o pai fosse se vingar, pensou que ele se acovardaria diante de suas ameaças, não seria o primeiro. Ele até iria, cogitou mudar de país, entretanto, sua filha foi se abrir logo para quem não deveria. — Emellie para de falar para abrir um sorriso macabro, achando quase assustadoras as coincidências. — A filha dele é amiga de uma filha de um membro da organização, Honra e Sangue... O homem nunca nem tinha ouvido falar de nós, mas ficou diante de um intermediador e não pensou duas vezes em aceitar sua proposta.

O arrepio foi mínimo, mas suficiente para Emellie nota-lo e sorrir satisfeita. Era realmente algo inacreditável, todos sabem que a organização existe, mas conhece-los quase ninguém. Para contrata-los você têm que ser importante ou conhecer alguém que os conhece, às vezes eles vêm atrás de você, tudo depende de quem você é, e o que você quer. Ninguém sabe como são seus rostos, suas fisionomias, um verdadeiro enigma por questão de segurança, o máximo que sabem e onde encontrar um intermediador, mas ele confirmar que sabe contatar membros da organização e outra missão.

A menina não disse que era filha de um membro, mas fez a intermediação do pai da vítima com a Honra e Sangue. Dias depois na porta da casa de sua amiga uma carta endereçada a seu pai chegou o informando de um endereço, o qual encontraria a solução dos seus problemas, um intermediador.

— Um azar que trouxe o demônio que lhe mandaria pro inferno, nós vemos no reino de Lúcifer.

Satisfação foi tudo que Emellie sentiu quando o homem caído emitiu seu último suspiro. Sorrindo pega seu celular escondido no móvel ao lado da cama mandando mensagens para sua equipe finalizar o serviço, e confirmando que no seu lado da missão ocorreu tudo bem. Com a certeza de mais um alvo morto e uma missão realizada com sucesso Emellie deixa o quarto e consequentemente o clube, indo resolver algo bem mais complexo que mesmo tentando não conseguiu tirar da mente:

Senhor Santiago.

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