Capítulo 2

"As melhores coisas acontecem por acaso."

– Procurando Dory


León

Estava me preparando para uma convenção no Brasil e pôr sorte conseguir duas semanas de folga no hospital, assim ficaria mais despreocupado e poderia  aproveitar o mar, meu celular começou a tocar, e vejo pelo visor que é minha irmãzinha.

Ligação on

– Oi pequena aconteceu alguma coisa?– Perguntei assim que atende minha irmã, nunca me liga sem antes m****r uma mensagem alguma coisa aconteceu.

– Oi ... – a voz dela é de choro. – León por favor tem como você vir para cá, preciso de você – ela falou chorando.

– Calma, Siena eu vou tentar pegar um voo para ir, mas não vou poder ficar, tenho que está no Brasil amanhã – conheço a minha irmã algo de grave está acontecendo, comprei a passagem pela internet, e só teria três horas para falar com ela, a viagem foi relativamente rápida, em 4 horas já estava com ela no aeroporto, assim que me viu ela veio correndo ao meu encontro e me abraçou e suas lágrimas escorriam.

– Calma minha linda o que aconteceu – perguntei e ela não respondeu, fomos para uma cafeteria e pedi um café e ela não quis nada, mas pedi uma água. - Me conte o que aconteceu?

- León eu não sei como eu pude ser tão burra, e não sei o que será da minha vida agora realmente não sei – ela falou abaixando a cabeça. - Lembra aquela festa a três meses atrás que te contei que não foi uma boa experiência, e que não lembrava de muita coisa, e depois dela parei de beber – afirmo com a cabeça.

Lembrava perfeitamente dela me ligando aos prantos.

- Então naquele noite as meninas me contaram que não voltei com elas, que preferir volta com um garoto, que tinha conhecido na festa, ele não era da universidade porque elas nunca o viram por lá, e eu já estava muito bêbada para lembrar, então eu só me lembro de acorda no dia seguinte com muita dor de cabeça e dor pelo meu corpo todo e isso me deixou mal, eu fiz de tudo para esquecer deste fatídico dia, mas aí comecei a ficar muito cansada, a sentir enjôos e a vomitar, a duas semanas porém não achei que fosse nada demais, a final eu só transei a três meses atrás, mas  fiz o teste de farmácia e deu positivo, eu estou grávida León, e não sei como vou fazer, eu nem me sustento ainda, estou na faculdade, e o papai o que ele vai falar, e a minha mãe entende León, eu não sei o que vou fazer da minha vida, tem um serzinho se desenvolvendo dentro de mim e eu não tenho nada para oferecer, eu nem sei quem é o seu pai, eu estou muito perdida meu irmão – eu levantei e fui até onde a mesma estáva, me abaixei já que ela estava sentada de cabeça baixa chorando, levantei sua cabeça e a abracei.

- Ei você não está sozinha, quer dizer vocês não estão sozinhos, eu estou com vocês, nem que para isso eu me mudei por definitivo para o Canadá, não quero perder nenhum momento como o meu sobrinho - eu passei a mão na barriga ela. - E não se preocupe, o papai vai entender e sei que vai te apoiar, ele não é nem louco de não te apoiar, estamos juntos nesta, entendendo não quero tiver chorando, tudo vai se ajustando e você já está terminando a faculdade, vai da tudo certo, vou tentar  resolver lá na conferência uma forma de vim trabalhar aqui, aí compro um apartamento próximo ao meu, de preferência no mesmo prédio aí posso te ajudar mais – ela me abraçou apertado, e sussurro no meu ouvido um obrigado.

Ficamos conversando por um tempo, e promete que voltaria assim em poucos dias para contarmos juntos a novidade, eu não vou mentir estou tão empolgado em ser titio, vou levar este moleque para as primeiras aulas de surf, para o futebol, para a natação. Meu sorriso era evidente e ver que o sorriso no rostinho da minha irmãzinha me suavizou, assim que entro no portão de embarque estou tão aéreo que me esbarro com uma moça.

– Desculpa eu não a vi - falei a ajudando a pegar suas coisas, que caíram com o impacto.

- Tudo bem, foi só um acidente - ela fala e sorrir terminando de colocar as coisas na sua bolsa.

Embarque para o vôo 901 Toronto, Orlando

Saímos quando percebi estava atrás dela na fila de embarque, queria puxa conversa, mas nunca sabia direito o que falar, até que uma menininha começou a fazer bira, nós dois olhamos instantâneamente o olhar da mãe de vergonha tentando fazer ela para e nada.

- A viagem vai ser longa - pensei em voz alta e pude ver o sorriso na moça da frente.

Assim que entrei no avião com ela ainda na minha frente, ela tentando colocar a mala, e a ajudei a colocar a dela e depois a minha, ela sentou ao lado da janela e quando olhei a minha passagem sorrir, me sentando ao seu lado e trocamos olhares e um sorriso, entra a mãe com aquela menina ainda aos prantos, a mãe estava com um bebê de colo e o homem ao seu lado está com dois meninos um bebê e um um pouco maior ela foi se aproximando até fica na mesma fileira.

- Boa noite tivemos um probleminha com as nossas passagens, e acabaram colocando a nossa filha para sentar com vocês, e nós estamos a duas fileiras a frente, vocês poderiam olha ela - a moça pediu com a rosto tão casado.

- Tudo bem não se preocupe vamos olhar está mocinha, e qualquer coisa te avisamos -  ela falou e a mulher saiu deixando a menina, nos encarando. - Oi eu sou a Dayanne, mas pode me chamar de tia Day.

- Eu sou a zoe tenho 5 anos - ela falou mostrando a mão toda. - E você é quem? - ela me perguntou

- eu sou o León.

Ela fez um rugido de leão, que fez a Dayanne rir.

- Tio León e tia Day, vocês tem quantos anos? -  Ela perguntou sorridente

- Eu tenho 28 anos mocinha - falei a ajeitando 

- eu tenho 26 anos - a Dayanne sorrio para a pequena.

- É a primeira vez que eu viajo de avião sabia - a menina, era uma gracinha nem parecia a mesma de minutos a trás - É a primeira vez de vocês também?

- Não - nós dois respondemos juntos.

- Agora zoe, vamos colocar o sinto, e colocar o fone, e olha que legal podemos marcar chiclete – a menina está super empolgada e aceitou de bom grado fazer tudo, em pouco tempo o avião decolou e assim que avisaram que podíamos tirar o sinto ficamos os três olhando pela janelinha, os olhinhos da zoe brilhavam.

Não demoramos, para chegar em Orlando e a viagem foi tranquila sem turbulência esperamos todos descerem, para irmos até onde os pais da zoe estavam.

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