Por que ocorre o abuso sexual?

O abuso sexual de crianças não é um fenômeno do século XX, relatos bíblicos apontam que a exploração sexual e o incesto, praticados pelos próprios pais ou parentes, estavam presentes desde épocas remotas. Os príncipes Incas, por exemplo, mantiveram sua linhagem pura por 14 gerações com casamentos entre irmãos. O que é novo desde o início dos anos 60 é o fato de este fenômeno ter sido formalmente identificado e de suas formas patológicas mais complexas terem sido objeto de estudo. Por volta dos anos 70, por exemplo a pornografia infantil nos Estados Unidos aumentou em virtude do número crescente de pessoas que praticavam a pedofilia (perversão sexual onde crianças são objeto sexual preferido). Este grupo organizou-se a ponto de produzir farto material informativo com o intuito de alterar a legislação vigente dos Estados Unidos, com base na afirmação de que suas atividades calcavam-se em sentimentos naturais e inofensivos. Com o advento da internet, esses grupos internacionais de pedófilos se organizaram e seguem divulgando com mais vigor que o relacionamento sexual de homens com crianças e adolescentes (geralmente do sexo masculino) é a opção sexual e um direito.

A pornografia e a prostituição de crianças e adolescentes estão intimamente ligadas a pedofilia, sabe – se que os pedófilos se organizam em associações, criando redes nas quais informações são veiculadas indicando como e onde podem ser encontrados crianças e adolescentes, com fins de satisfazer suas necessidades sexuais. O turismo sexual no Brasil tem confirmado este vínculo com a pedofilia, o qual pode ser evidenciado na prostituição de crianças e adolescentes de 10 e 15 anos não só nas cidades litorâneas mais tradicionais, como Rio de Janeiro, Salvador, Maceió, Recife, Natal, Fortaleza e São Luís, como através das 10 fronteiras do Brasil com a Guiana Francesa, Suriname, Guiana, Venezuela, Colômbia, Peru, Bolívia, Paraguai e Argentina.

As situações de abuso sexual intrafamiliar muitas vezes encontram-se relacionadas a violência doméstica e a crise no meio familiar. O agressor é, com frequência um membro da família podendo ser em geral os próprios pais, parentes ou responsáveis. O abusador é uma pessoa que exerce autoridade sobre a criança ou adolescente estabelecendo, deste modo, uma relação de abuso do seu poder visando satisfazer suas necessidades pessoais.

O agressor é uma pessoa comum da sociedade contrariando a crença de se tratar de um indivíduo psicopata e/ou compassado criminoso de inteligência média, ou acima da média, o que facilita o encobrimento do abuso, às vezes com práticas sofisticada podendo ter sido, às vezes, ele próprio vítima de abuso na sua infância. O abuso sexual encontrado nos meios mais carentes é favorecido pela promiscuidade e pode estar associado ao abuso de álcool e de drogas. Pais e mães que trabalham fora ausentando-se para a facilitação do abuso sexual.

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