Capítulo- 2

_ Ok mocinha, me convenceu.

Você tem uma semana pra aprender pelo menos três drinks.. Acha que consegue?

_ Sim, pode contar comigo!

Eu aperto a mão do dono do bar para simbolizar um acordo fechado. Super feliz por conseguir essa vaga, embora não seja o que eu deseje.. vai ajudar suprir nossas necessidades.

_ Abrimos de segunda a sábado das 19hrs às 4hrs da madrugada.

Pode começar hoje.

_ Obrigada! você não vai se arrepender.

_ Assim eu espero.

saio do bar feliz e eufórica, voltando pra casa com um sorriso enorme pelos lábios.

_ Bianca! - Mamãe grita ao me ver entrando.

_ Bianca meu amor, por que não me deixou ir minha filha? Você já faz tanta coisa por mim. Será que vai conseguir? Eu não quero te prejudicar minha querida.. não quero que se sobrecarregue.

_ consigo sim mamãe. Isso é até eu conseguir um cargo como advogada. E pare de disser essas coisas, eu faria tudo por você. 

_ Eu acredito no seu talento minha menina. Só não quero que se preocupe demais comigo.

Desde pequena defendia os inocentes, você era uma criança muito astuta e corajosa, bem, continua sendo isso tudo só que já mulher.

_ Não fale assim mamãe, vai me fazer chorar.

_ Está bem.. Está bem!

Mamãe limpa as lágrimas com a palma da mão, enquanto põe a mesa.

_ Venha almoçar meu bem, hoje tem o que você mais gosta. Macarronada.

_ Já vou mamãe, primeiro vou há casa da Lucinda vê se ela tem alguma roupa para me emprestar. Começo hoje, mas minhas roupas são todas velhas. E eu estou precisando.

_ Ah meu amor.. Eu havia me esquecido! Tenho uns artesanatos aqui. Peça Lucinda para trocar pelas roupas.

Eu sei que ela ama meus artesanatos!

_ Há mamãe! Não precisa.

Mamãe vai até a sala pegando sua sacola sobre a estante de madeira antiga, onde fica seus artesanatos que ela faz com todo carinho.

_ Eu não aceito um NÃO como resposta.

_ Ok mamãe, te amo!

Pego a sacola de artesanato entre seus dedos, enquanto ela volta para a mesa de jantar acabando de arruma-la, eu abro a porta, saindo novamente.

_ Ei amiga! - Digo a Lucinda após entrar em sua casa.

_ Oi bebê! Até que enfim. Achei que você havia se casado com os livros!

_ Rsrs, se bem que eu poderia mesmo.

Livros não magoam!

Lucinda ri, sempre fomos amigas desde pequenas. Eu me lembro que somente ela brincava comigo. Ela é maravilhosa.

_ Tá certo amiga. O que te trouxe aqui?

_ Eu vim ver se você aceita alguns artesanatos da mamãe por alguma roupa do seu bazar.

_ Você nem precisa falar duas vezes. Eu amo o que sua mãe faz! Sai muito rápido aqui no meu bazar.

Eu entrego a sacola para Lucinda, que a pega ansiosa olhando seu interior.

Logo depois ela caminha até uma pilha de roupas onde pega uma calça jeans e uma blusa.

_ Aqui tome, essa roupa vai ficar incrível em você! Parece até nova.

_ Brigada Lú.

Coloco a roupa em seu cabideiro do provador da lojinha, após tirar minha blusa reparo minha cicatriz no espelho.

Mamãe me disse que foi um tombo feio de bicicleta. Mas o engraçado é que eu não me lembro. Passando meus dedos por ela, me sinto estranha, como se algo de mim tivesse ido embora, me deixando um vazio no qual eu não entendo. Mas logo afasto esse sentimento ruim, após acabar de me vestir saio do provador enquanto Lucinda me observa.

_ Ficou perfeita amiga! Depois eu mando o resto pra você, vai chegar umas coisas boas, hoje à noite vem uma patricinha da minha faculdade trazer, vou separar pra você.

_ Aah você é um anjo Lú.

_ Eu sei meu amor! Mais me diz..

Porque você está precisando de roupas novas? finalmente arrumou um namorado não é? - Diz ela levantando as sobrancelhas.

_ Você sabe que não tenho tempo pra isso Lú. Eu consegui um emprego aqui no bar ao lado. Aah.. falando nisso, eu espero que você me ajude a aprender a fazer coquetéis.

_ Claro, conta comigo gatinha! Amanhã vou na sua casa e te mostro algumas receitas, dá um beijo em sua mãe por mim.

_ Pode deixar.

Me despeço de Lucinda e volto pra casa com as roupas na mão, super ansiosa pela noite.

_ Nossa mamãe que comida gostosa.

_ Obrigada minha filha.

Arrumo a cozinha pra mamãe e passo a tarde lendo um livro, quando noto, já está quase no horário do meu turno começar.

_ Já está na hora de ir. - Falo pra mim mesma ao levantar da cama.

Não quero chegar atrasada no meu primeiro dia, estou muito ansiosa e acabo agindo como se estivesse, Correndo para lá e para cá.

Acabo de me arrumar finalmente ajeitando meu cabelo em um coque elegante, então saio pela porta como um furacão após dar um beijo em minha mamãe.

Andando pela calçada ao me virar acabo colidindo em algo firme, ou digamos.. alguém.

_ Droga! Preste atenção! Você deveria olhar para onde anda.

_ Desculpe eu não-

Fico tímida ao tentar responde-lo, seus olhos vão de encontro aos meus enquanto me segura em seus braços.

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