Capitulo 9

Jackson

Assim que me dei conta da hora que era, comecei a correr e fui rápido tomar um bom banho e me apressei mais ainda para descer. A mesa do café estava posta ainda e Yolanda Rapidamente esquentou um pouco de café.

― Assim que Florence levantar, avise que eu já fui para a empresa. – Informei a ela enquanto tomava um gole do café.

― A senhorita Florence já acordou e pediu um carro para leva-la até a empresa, senhor. – Yolanda disse me olhando estranho como se nunca me tivesse visto atrasado.

― E ela foi já tem bastante tempo? – Perguntei espantado.

― Sim, senhor. Faz algumas horas, levantou bem cedo, tomou café e saiu. – Diz dando de ombros.

― Certo. – Falo inerte em meus pensamentos.

― Senhor... Desculpe-me a intromissão, mas o que houve que deixou o senhor tão cansado a ponto de dormir até a hora do almoço? – Yolanda sabe que algo não está certo quando eu fico com o sono irregular.

― Florence. – Falo lembrando do perrengue que foi dormir. – Fui busca-la ontem de madrugada no aeroporto e fiquei mais desperto do que imaginei, quando chegamos em casa não consegui dormir de imediato. – Informei e Yolanda me olhou de um jeito engraçado. – O que foi?

― Nada, nunca vi o senhor falar de alguém com tanto... – deu uma pequena pausa procurando a palavra certa. – Carinho.

― Impressão sua! – Falei mostrando desinteresse e ela revirou os olhos.

― Pode até ser, mas essa moça é especial de algum modo, isso eu tenho certeza. – Fala me encarando com um sorriso no rosto. – Nem com Denise o senhor falava assim e nunca ofereceu sua casa para ninguém, como ofereceu a ela. Ela poderia facilmente ficar em um hotel no centro. – Yolanda me conhece muito bem mesmo e não vai demorar pra ela já começar a falar que Florence e eu temos que ficar juntos. Ela tem essa coisa de que eu preciso casar com alguém.

― Só queria ser gentil, Yolanda. Ela se estressa muito com hotéis e é uma mulher acostumada com o conforto extremo. Agora esqueça Florence e peça meu carro. – Disse saindo da mesa e indo em direção ao meu quarto novamente, peguei minha maleta, escovei os dentes, coloquei os óculos no rosto e fui para a empresa.

Eu teria tido a visão mais linda de todas as minhas manhãs se tivesse apenas Florence ali no Hall de entrada da empresa, mas não tive porque estavam Florence e o suéter. Agora ele usava um terno Armani, mas não vai deixar de ser o Sr. Suéter pra mim. Eles trocavam um beijo quente e isso me deixou com raiva. Passei direto por todos eles indo para minha sala, olhei pela janela e vi os dois saindo num taxi e indo em direção ao centro. Sentei-me em minha cadeira e fitei o chão, estou ficando doido, só pode, meu celular alertou uma mensagem e era Kobe me chamando para almoçar, recusei porque tinha acabado de tomar café e continuei trabalhando, minha assistente veio me entregar alguns papeis para assinar e não se aguentou perguntando de Florence.

― Ela é uma grande empresária e uma mulher linda – Stefany falou empolgada. – Eu a sigo em algumas redes sociais e fico impressionada com a beleza dela, ela também ensina muitas coisas a nós mulheres. – Diz com um brilho nos olhos.

― Como assim? Que tipo e coisas ela ensina? – Minha curiosidade bateu lá no teto e eu me entreguei um pouco.

― Ah, ensina a ter mais confiança em si mesma. A se superar a cada dia. –Tem uma certa admiração em seu tom, mas logo se esvai. – Tendo o dinheiro que ela tem, é fácil se superar a cada dia né. – Fala com sarcasmo.

― Mas Florence não nasceu em família rica, ela conquistou isso tudo. Acho bonito da parte dela, motivar mais pessoas a testarem seus limites e excluírem a palavra impossível de seus dicionários. – Comento pensando no mulherão da porra que ela é. – Ela tem a plena capacidade de enxergar solução para um problema ou uma pessoa que todos já taxaram de “Sem solução”. – Digo isso pensando em minha situação, em como ela dominou e aceitou bem o meu estado em relação a droga e em como ela rapidamente procurou me ajudar. Ela me encara de forma estranha como se eu nunca tivesse elogiado ninguém.

― Ela vem trabalhar conosco? Fizeram uma parceria entre empresas? – Stefany pergunta curiosa.

― Sim, nós fizemos, preciso apenas cumprir certas exigências que ela fez e aí começaremos a trabalhar de modo fixo, terei que viajar sempre aos Estados Unidos e Florence virá para França com certa frequência também. – Informo. – Preparei um pequeno discurso e convoque todos da empresa para o pátio principal, hoje às 15:00hrs estarei fazendo o comunicado oficial. – Falo com um sorriso satisfeito no rosto e ela assente.

― Sim senhor. Faltam apenas mais uns documentos para o senhor assinar e a sala de impressão está agindo isso, assim que chegar eu volto aqui. – Stefany saiu de minha sala me deixando sozinho com meus pensamentos.

Pensamentos estes que me assombram o tempo todo. Liguei para Stefany e pedi para que me avisasse assim que Kobe chegasse, o que não demorou mais de meia hora e justo na hora que eu ia sair para falar com ele, meu amigo lá em cima resolveu lembrar da bunda de Florence amassada naquela camisola de seda e mesmo assim ainda rebolava com maestria, ai o amigo lá em baixo não satisfeito com a situação, resolveu se manifestar também.

Tomei um copo de água gelada, coloquei um vídeo qualquer no youtube, mas nada ajudava, estou me tornando refém de meu próprio corpo, não aguentei mais e me aliviei um pouco, mas o amigão estava a ponto de bala e eu sofri para colocá-lo dentro da cueca novamente. Ainda com a piroca dura, abotoei o terno e andei de forma esquisita até chegar à sala de Kobe e quando entro me deparo com Florence jogada em uma das poltronas, com uma aparência linda e sexy, como se tivesse acabado de ter uma foda maravilhosa. O sorriso no rosto dela e a forma como estava corada denunciava isso. Me ofereci a voltar mais tarde, mas ela fez questão que Kobe me acompanhasse, para minha sorte. Chegando dentro de minha sala, apenas me virei para Kobe e apontei para minha ereção.

― Caralho, o que houve? – Perguntou alternando o olhar entre mim e minha ereção.

― Florence! – Falo e ele abre a boca surpreso. – Ontem eu a peguei sozinha na cozinha dançando e rebolando aquela bunda maravilhosa que ela tem. Numa camisola de seda e meu cérebro transformou isso em looping infinito na minha cabeça, eu não preguei o olho em minuto sequer com ele duro assim e consegui com muito custo dormir já de manhã. Agora isso. – Digo apontando mais uma vez para minha ereção.

― Cara, que doideira. Você tem que comer ela, seu corpo não vai relaxar enquanto você não comer ela.  – Kobe diz na maior suavidade do mundo e eu quero mata-lo por falar assim.

― Kobe, eu não vou come-la, ela não é um prato de comida. Eu preciso dar um jeito nisso. – Falo nervoso andando de um lado para o outro.

― Cara, vai por mim, você só precisa de uma foda com ela e isso tudo vai acabar. Você não faz o tipo dela. Sabe disso, viu como ela beijou o Sr. Suéter? Ela chegou agora de uma foda incrível com ele, então você não se iluda, vai ser só mais uma foda pra você e para ela. – Kobe diz me segurando pelo ombro e me encarando como se estivesse falando com um menino de 13 anos tendo suas crises repentinas de ereções.

Kobe está falando coisa com coisa, mas me ajudou bastante, me bateu uma bad quando lembrei do beijo deles dois e a raiva logo dominou meu corpo quando imaginei o Sr. Suéter colocando as mãos em lugares que eu ainda não havia colocado... Eu preciso toca-la.

Avisei a Kobe que faria hoje o anuncio da sociedade com o Grupo Russel e pedi para que ele avisasse a Florence.

― Pode deixar, irmão. Ah, outra coisa. Hoje tem jogo e iremos assistir na sua casa. Trate de preparar tudo. Chego lá às sete. – Disse saindo de minha sala e me deixando sozinho com meu inferno pessoal.

— E antes que eu me esqueça. – Ele volta chamando minha atenção. – Os peitos dela são naturais. – Sai sem uma resposta e eu me pergunto como ele sabe disso.

O dia praticamente voou e logo eu estava saindo da empresa com Florence ao meu lado, abri a porta para ela e logo em seguida entrei, meus pulmões se encheram com o perfume doce dela e minha mente foi a loucura. Conversamos um pouco sobre tudo que aconteceu depois do enunciado sobe a sociedade, Florence estava confiante que conseguiríamos elevar todo o ramo. Ela realmente é uma mulher incrível e de visão. Antes de irmos para casa passamos em uma adega e ela comprou uma garrafa de Cabernet Sauvignon, o vinho preferido dela, comprei mais algumas cervejas e algumas outras coisas de comer, eu e Kobe somos dois esfomeados e quando estamos vendo jogo, ai mesmo que a gente come.

Chegamos em casa por volta das seis e Florence foi direto pro banho e eu também, deixei tudo organizado com Yolanda e avisei que Kobe vinha.

O jogo começou e assim como Kobe, me mantive concentrado na tv o tempo todo, no intervalo Florence se cansou de nós dois e foi para o quarto com sua garrafa de vinho e um pote de amendoins. O resto da noite fluiu bem e Kobe foi embora assim que o jogo acabou, subi para meu quarto, mas ao passar na porta do quarto de Florence, vejo que está entreaberta e ela está sentada na poltrona da sacada, este quarto e o meu tem uma vista distante, mas bonita de Paris e isso inclui a torre. Com apenas uma blusa comprida e uma calcinha tipo box, ela segura a taça de vinho numa mão e o cigarro de menta na outra. Uma música sensual toca dentro do quarto e ela ligou os LEDs coloridos deixando na luz vermelha. Meu corpo já estava pronto e pegando fogo e o álcool que corria no meu sangue me deu uma coragem absurda que me fez entrar no quarto fechando a porta atrás de mim e sussurrando o nome dela eu chamei sua atenção.

― Jackson! – Respondeu calma. – Venha aqui, sente-se comigo. Aproveite e pegue meu vinho por favor.

Levei o vinho até ela e sentei na poltrona ao lado.

― Como foi teu dia na empresa hoje? – Perguntei sem conseguir tirar os olhos dos peitos dela, Kobe ainda não me disse como sabe que são naturais.

― Foi bom, eu conheci todos os setores com a ajuda de Kobe. – Respondeu com um sorriso no rosto. – Faremos um lindo trabalho juntos.

― Acredito que sim. – Vejo ela dar uma última tragada em seu cigarro e o amassa no cinzeiro da mesinha entre as duas poltronas, estendendo a mão em minha direção, entendo seu recado e seguro, sinto ela apertar em um gesto de confiança e eu aperto de volta. Então a gente dá início a uma conversa agradável sobre lugares que gostaríamos de conhecer e ela coloca a poltrona dela de frente pra minha estendendo a perna em minha direção e colocando os pés em minhas coxas.

― Aqui está bem quente hoje. – Comento e por puro impulso eu pego um de seus pés e massageio.

― Tire esta camisa, fique apenas de short, que mal há? – Sugere inocentemente e eu olho pra ela pensando em todos os maus que há em tirar a camisa aqui perto dela. Mesmo assim eu tiro e deixo por cima do pau tentando cobrir minha ereção. Florence prende os cabelos num coque desarrumado e no momento em que seus braços levantam um pouco a camisa, vejo seus mamilos duros roçarem o tecido. Neste momento, faço um pouco mais de força ao massagear seu pé e ouço ela soltar um gemido fraco e se remexer um pouco.

― Temos uma podólotra por aqui? – Pergunto descaradamente.

― Sim, você pegou no meu ponto fraco. – Assumiu com o rosto vermelho e para aproveitar mais disso, levantei o pé dela e dei uma lambida no dedão. – Você queria me excitar? Conseguiu! – Disse frustrada e levantou rápido. Levantei indo atrás dela e a segurei pelos braços.

― Ei, desculpe! – Ela está encarando minha ereção. – Florence, olhe para mim! – Peço.

― Não Jackson, não posso! – Ela tenta se soltar, mas eu não deixo.

― E porque não pode? Sou só eu! – Neste momento eu a solto e ela vai chegando pra trás.

― Jackson, vai embora, eu vou acabar fazendo algo de errado. – Ela praticamente implora e continua chegando para trás, eu avanço em sua direção.

― O que você poderia fazer de tão errado, Flor? – Pergunto deixando minha camisa cair no chão.

― Coisas de gente bêbada. – Ela está quase batendo na parede e eu continuo avançando.

― Me diz uma coisa. – Exijo e avanço mais um passo largo e vejo ela sentindo a parede.

― Te beijar é uma delas. – Diz calmamente antes de baixar o olhar para minha ereção mais uma vez e fazer uma cara frustrada.

― Você pode me beijar, Flor. É só você querer. – Coloco uma mão na parede lateral ao seu corpo e ela estremece.

― Isso não seria nada profissional. – Diz nervosa.

― E quem é que liga pro profissional? – Pergunto e ela me olha confusa. – Estou impressionado em ver uma mulher como você se restringir de uma vontade, isso não combina com você!

― Não envolvo relação pessoal com profissional. – Ela parece transtornada e sua respiração começa a ficar ofegante – Sou totalmente contra relações traçadas.

― Que se foda o profissional, Florence! – Digo mais alto e com uma mão puxo ela pela cintura colando-a em meu corpo, sinto seu perfume e isso me enlouquece mais, ela tem um cheiro natural de chardonnay, o coque está totalmente desfeito e eu coloco uma mecha de seu cabelo para trás observando seu rosto, Florence está mole em meus braços e isso acaba comigo.

Não aguento mais olhar para sua boca e a devoro ali mesmo naquela parede, ela retribui e solta um gemido abafado quando minha língua invade sua boca, sinceramente, essa mulher vai me enlouquecer e eu vou deixar. Por mais que eu sinta uma necessidade enorme em beija-la, me dedico em um beijo intenso e lento, curtindo cada milésimo de segundo e ela retribui na mesma intensidade, o desespero de ambos é notável, assim como minha ereção que triplicou e eu nunca me senti assim com mulher nenhuma, é uma sensação totalmente nova para mim. Florence se torna mais intensa e enlaça meu pescoço com seus braços, fazendo o beijo se aprofundar mais, estou chapado com essa sensação, levanto-a no ar e ela agarra minha cintura com as pernas, sinto a quentura de seu íntimo e isso me deixa mais desesperado por ela, beijo seu pescoço e subo para sua orelha, mordendo seu lóbulo de leve, volto para sua boca e ela dá uma rebolada que tira todo o meu juízo. Coloco-a na cama com cuidado e novamente ataco seu pescoço, desço para seus seios que são incrivelmente grandes e naturais, dou uma lambida por cima e ela se contrai, o corpo arrepia e se curva, Florence está dominada pelo desejo e do nada ela para e me empurra de leve, fico tenso quando vejo arrependimento em seus olhos.

― O que houve? – Pergunto indo mais pra perto dela.

― Nada, a gente só não pode continuar e acabar... – Ela para de falar, passa a mão nos cabelos e me encara. – Pode ir? Quero ficar sozinha. – Como um olhar de desejo e luxuria se torna um olhar tão decepcionado e triste? Porque foi isso que aconteceu aqui agora, Florence estava envolvida no nosso beijo e ela estava disposta a continuar, mas do nada ficou com um olhar sombrio, mais preto que o normal, sua expressão não era das boas e eu podia jurar que ela estava a beira de uma crise de choro.

Fiz o que ela me pediu e segui para a porta.

― Me desculpa se fiz algo que não queria, eu só f... – Tentei me desculpar.

― Você não fez nada. – Me interrompeu. – A culpa foi minha. Só preciso dormir. – Diz sem me encarar e abraça os joelhos contra o peito.

Assenti e me retirei indo para meu quarto.

Foi uma noite maravilhosa e desde quando conheci Florence naquele clube em Miami, foi a primeira noite que consegui deitar e dormir em paz e por incrível que pareça, com uma sensação de saciedade.

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