CONTOS: DESEJOS PROIBIDOS
CONTOS: DESEJOS PROIBIDOS
Por: Aurora Smith
ELETRICISTA

Sou casada há 20 anos, mas ultimamente as coisas não andam como antigamente. Minha vida caiu na rotina depois de anos de casada, não saímos com frequência, quase não conversamos  e nos vemos menos  ainda,  mesmo assim, nunca usei sua ausência como motivo para eu traí -lo, porque eu o amo . Meu marido  trabalha como caminhoneiro e viaja muito, as vezes fica quase 30 dias na estrada, então muitas vezes essa carência se deve a sua ausência. Em casa tenho que organizar tudo, das despesas até às reformas ou  a manutenção. Já cheguei a  usar até o termo “marido de aluguel”, quando preciso de certas urgências e tenho que contratar alguém . Nada que eu não  consiga resolver com um pouquinho de determinação e ajuda de um trabalhador.  Esses dias a  fiação da sala deu curto, eu precisava de um eletricista para consertar. Gosto de arrumar a casa ouvindo música e isso se torna impossível sem energia. Procuro na internet o nome de um eletricista e pego seu número. 

- Bom dia, é o eletricista? —Perguntei porque a voz parecia de um jovem.

- Sim senhora, sou o Alan, como posso te ajudar? 

- Preciso de seus serviços, urgente. Tem como fazer uma visita hoje?  —Pergunto mas não estou pronta para ouvir o não.

- Hummmm, tem sim. Por favor me passe o endereço, assim que terminar o próximo orçamento, vou até a senhora.

Dou o endereço e depois de algumas horas, ele chega, de aparência  rústica, aparentemente um selvagem, mas muito educado— cabelo grande e bagunçado, calça apertada, que destacava bem suas coxas, uns músculos que mais pareciam de um personal trainer e uma camisa de malha nada recomendável para uma mulher carente. Ele entra, analisa a fiação e faz o orçamento, e eu com uma inocência nada discreta o admiro de longe. Após eu  aceitar o valor do orçamento, ele começa o trabalho. Ver aquele homem me despertou um desejo inexplicável, não sei se por estar alguns dias sem sexo ou se por ele ser mais jovem que eu, de qualquer forma, desejei tê- lo  em meus braços quase que instantâneamente. —Sei que isso não dia bem, mas foi o que aconteceu. Eu estava com um vestido branco na altura do joelho,  com um decote médio e com os cabelos soltos,  quando eu chegava perto dele sentia um calor, que tinha que prender até a respiração, meu corpo se agitava . Ele era tímido, e claro que eu não ia assediá- lo. — Era isso que eu dizia a mim mesma. Mas sabe aquele impulso repentino, eu sentia, e nessa hora  eu me aproximava dele, quase que esfregando meus seios em seu corpo, como quem não quer nada, eu fazia algumas perguntas sobre os fios. Ele respondia com um pouco de hesitação, seus olhos não se desviavam de meus seios. — Que de tão fartos, faltavam pouco saltar pelos vestidos.  Eu saía de perto e fazia barulho para chamar a sua atenção , quando ele olhava, eu estava de costas virada para ele, deixando a mostra um pouquinho do meu gingado.—Se é que me entende, rsrsrs. Ele se desconcentrava e deixava alguma ferramenta cair, e eu sorria baixinho. Eu gostava de provocá- lo. Me deixava excitada ver ele sem controle e não vi mal algum em dar-lhe um pouquinho de distração. Fui lavar uns pratos na pia e sem querer—na verdade foi bem intencionalmente,  a água espirrou em mim, molhando meu vestido e o deixando transparente. Eu estava sem sutiã e quando molhou o bico dos seios ficou visível. Dei um grito de susto, que chamou a atenção do eletricista. 

- Que desastrada que sou. —Falei enquanto procurava um pano para me secar.

- Oh, dona , deixa eu te ajudar. Ele tirou a camisa e deu para eu me secar.— Nessa hora dei um suspiro tão longo que quase me entregou.

Naquele instante vi seu peitoral liso e malhado, senti vontade de tocar cada pedacinho de seu corpo. Eu que estava molhada , fiquei encharcada na minha parte íntima , senti até uma pulsação nela. Acredito que era a vontade de juntar nossos corpos dando sinal que eu já estava no cio. Tudo que passava em minha mente era em  ser devorada por esse homem, ali mesmo na cozinha, em cima da pia. Enquanto eu me secava, de uma forma mais sensual, abrindo um espaço entre o decote do vestido para ter certeza que não tinha mais água, ele me olhava sem piscar. Seus olhos acompanhavam cada movimento que minhas mãos faziam, e eu mordia os lábios de tesão. —  Uma mania que tenho quando estou louca para transar. Ele deixou seu corpo transparecer sua excitação, que para minha surpresa era maior do que eu imaginei.  Ah... como eu queria ter o agarrado e ter lhe ensinado como uma mulher gosta de ser fodida. Eu dei um sorriso e olhei para suas calças, ele ficou meio desconcertado e colocou as mãos tentando esconder, sua tentativa foi falha, porque nessa altura seu pau já estava duro e ereto. O que a calça apertada só valorizava mais, me atraindo para uma armadilha. Me virei e voltei ao meu trabalho, ele ficou de longe me olhando, enquanto eu me afastava, podia sentir o cheiro de sexo pervertido exalando em nossa volta, como um aroma que nos embreagasse. Fui para meu quarto e troquei de roupa, vesti um shortinho, desses que se usa para malhar e uma regata amarrada na cintura. Nessa altura, eu estava me divertindo muito provocando o rapaz e vendo ele tentar se conter. Meu short marcava um pouquinho, principalmente na parte da frente,— que valorizava o tamanho da minha menininha. Quando ele me viu, olhou meu corpo de cima a baixo e balançou a cabeça ,como se estivesse tentando acordar de um sonho. Eu estava adorando ver sua reação... Ele me chamou, eu me aproximei do seu corpo que já estava suado e passei os dedos, acompanhando o percurso de cada gota, descendo por seu corpo que se arrepiava ao meu toque , vi em seu olhar a vontade  de me agarrar. Pediu um copo de água , peguei a mais gelada que tinha e lhe entreguei,— certamente sua boca estava tão seca  quanto a minha . Ele bebeu lentamente e deixou um pouco de água , colocou em sua mão e passou em seu rosto. Me encarou, olhava e passava a língua em volta dos lábios, chegou pertinho do meu pescoço, colocou uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha e deu um suspiro que por pouco não me fez gozar. Depois colocou suas mãos em volta do meu corpo, como se estivesse me prendendo e cheirou meus ombros. Minha vontade era que ele me pegasse de jeito, me devorasse e me fizesse gemer sem parar. Passou sua mão, contornando meus lábios e acariciou meu rosto. Então, ele  se afasta, intercalando seu olhar entre meus olhos e minha boca, com um sorriso safado  diz: 

- Dona,a senhora é uma tentação. Se eu tiver que voltar aqui de novo, não sei se me seguro não viu. — Ele falou enquanto beijava minha mão.

- Moço, não fala isso. Tenho tanto serviço para lhe oferecer. — Dou uma risada meio irônica.    

   -Só marcar o dia , por hoje, só por hoje eu terminei. Preciso ir antes que eu perca meu juízo. Mas a senhora sabe que posso fazer qualquer serviço que precisar, estou aqui para satisfazer a cliente.  

Nos olhamos com desejo e com um tesão retino no corpo. 

Eu o paguei e ele foi embora. Marquei outra visita dois dias depois. Até lá, dá tempo de apagar meu fogo, antes que eu cometa uma loucura.  Porque se depender dos meus pensamentos maliciosos essa cozinha terá muitas histórias para contar.

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