Capítulo 8 ‐ Doroty

Minha loja estava cheia, barulhenta e muito movimentada, mas não eram clientes, e sim os jovens do grupo de dança que Druw formou, todos vieram trabalha aqui, mesmo sabendo que não tenho dinheiro para pagar a todos como deveriam ser pagos. A parte boa é que comecei a fazer mais entregas do que antes, agora com vários funcionários, os pedidos aumentaram e são entregues em várias partes da cidade.

Músicas altas durante todo dia, aqui as vezes parecia uma loja de CDs, musica eletrônica, e passos rápidos, atraindo também jovens a levarem algumas flores, e vasos. Meu dia estava indo ótimo, bem humorado por todos, até escutar meu telefone tocar em meu escritório, não pedi que eles baixassem a música, apenas transferi a chamada para meu celular, peguei meu casaco, e avisei que iria dar uma volta.

— Alô? – minha voz sai um pouco tremula pois tinha um certa suspeita de quem estaria do outro lado da linha.

— Faça isso parar! – meu coração foi parar na garganta, eu já sabia bem que era, sua voz veio aos meus ouvidos como um lobo rosnando.

— Eu estou faze... – ele me interrompeu.

— Não quero saber o que você esta fazendo Doroty, faça o que foi contratada para fazer... ou veja sua linda garotinha morrer entre minhas garras! – minhas mãos soaram frio... minhas pernas balançaram, quase que encontro o chão, mas consegui me apoiar em uma parede próxima. – Eu espero esta sendo bem claro.

Ele desligou, e eu fiquei sozinha em uma pequena viela, com os pensamentos pulsando em minha cabeça fazendo ela latejar. Passei alguns minutos tentando manter minha respiração regular, tentando manter meu estado emocional, mas lágrimas teimaram em molhar meu rosto, e rasgar minha pele negra com partículas de sal. Finalmente consegui me controlar e voltei a andar, dando uma volta no quarteirão, quando retornei a loja, as flores já estavam menos que a metade, soltei um sorriso forçado, porém convincente para eles.

— E ai Doroti o que achou? – ainda não tinha decorado o nome de todos, mas ele era alto e moreno, seu porte não era musculoso, mas também não parecia tao magro, provavelmente tinha uns vinte e cinco anos, se eu não me engano seu nome era, Lauri.

— Acho que eu deveria, retribuir vocês... — todos se aproximam mais de mim, com os olhos arregalados e alguns sorrisos travessos, a espctativa foi garnde. – Pizza!!

Apenas uma palavra foi capaz de fazer todos gritarem, eles fazem sim meus dias mais agitados, limpamos toda a loja e organizamos as mesas para nosso jantar diferente, encomendei dez pizzas e cinco refrigerantes, não demoraram muito para chegar, e todos comeram. Ao todos tinham cinco dançarinos, fora Tory e Druw, eles costumavam participar de uma coisa que eles chamam de " batalhas" são um grupo pequeno, mas fazem questão de contar as suas historias de dança, cada um tem a sua, suas conquistas e suas derrotas, mas nada que eles fazem está conseguindo tirar as palavras que ouvi hoje da minha mente. Meus olhos encontram o sorriso descontraído de Tory, minha menina, na mãos de brutamontes, eu não posso permitir isso. Estava tão perdida em meus pensamentos, que não me lembrei que havia varias pessoas aqui, e agora só resta eu, Tory e Druw, os demais tinham se despedido e Bree era o último a sair, fechando a porta atrás de si.

— Você esta bem Doty? – Tory pergunta com sua meiga voz.

—  Estou sim, não se preocupe com essa velha, e vá para casa, a ultima coisa que quero é você andando sozinha a noite. – ela sorri, me da um abraço, e se despedi de Druw, escutei a porta bater, sinal que ela já se foi. meus olhos encontram o de Druw, e ele sabe bem o que houve.

— Ele ligou? – ele pergunta com sua voz rouca de Alfa.

— Sim. – me limito, não quero que ele saiba que ameaçaram Tory, tudo o que menos preciso é de um alfa descontrolado em território inimigo.

— Estou fazendo o melhor que posso Doroty, mas as vezes parece que ela está tão distante que mal me nota. – seu olhar abaixa, e seus ombros caem.

— Eu sei, mas precisamos nos apressar. – ele assente, e seus olhos encontram minha sala secreta, seus músculos estão tensos. ele sabe o que vou fazer.

— Irei conseguir em breve Doroti, apenas aguente mais um tempo. – sua voz volta ao tom de autoridade, e eu aceno que sim, mas enquanto isso eu que tenho que segurar as duas redias, a dela, e a do monstro que a quer morta.

Me levantei lentamente, e peguei algumas ervas escondidas que ficam em meu escritório, e me dirigi a minha sala secreta, enquanto Druw fica do lado de fora vigiando as portas para que ninguém me interrompa. Mnha sala é totalmente pintada de branco, com os símbolos dos anjos nas paredes, as ervas são para um feitiço, um feitiço de mente, terei que entrar na mente dos dois e parar esses sonhos, ou seja, parar um feitiço ainda mais poderoso, parar o próprio destino. Quão arriscado isso pode ser? isso pode me tirar a vida, mas prefiro isso tentando protege-la, do que ter que fazer isso ao vê-la mas uma vez morta nas mãos daquele monstro sanguinário que os lobos tem orgulho de chamar de Alfa Genuino.

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