|17| UM ABISMO SEM FUNDO

   EM ALGUM MOMENTO, EU HAVIA ME posto em pé. Em algum momento, eu também havia contornado os estofados e me colocado diante da lareira crepitante, que resguardava diversas pedras preciosas em formatos esquisitos em sua cornija de mármore.

Porque havia, subitamente percebido que meu mundo estava rodeado de enganos. Todos estavam sendo enganados da mesma forma que estávamos enganando todo mundo. Tudo era uma constante luta contra um mal que vinha inevitável de todos os lados, provocado por ninguém menos que nós mesmos. Era um abismo sem fundo. Não importava o quanto eu caísse, parecia que eu nunca conseguia alcançar a lama. Eu nunca conseguia me puxar o suficiente para baixo. O nada insistia em me engolir lentamente, centímetro por

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