Capitulo dois

Enquanto eu e Suriel andávamos para algum lugar eu observava tudo atentamente, era tão belo, tão cheio de cores...

— Veja Anael, aqui será onde você  passará à noite — diz Suriel apontando para frente, eu sigo a direção que seu dedo aponta com o olhar.

O que é isso? pergunto, mesmo não sabendo o que era, estava admirado com a beleza do lugar.

Aqui é o dormitório dos novatos, você terá uma catre para repousar durante à noite e durante o dia você irá se preparar para cumprir sua missão fala enquanto caminhamos em direção ao tal "dormitório".

Ouça, isso se chama porta diz me mostrando a "porta" Ela serve para guardar a entrada e saída do dormitório.

   Balanço minha cabeça de forma positiva para confirmar que entendi, e passamos pela porta.

No dormitório só existe esse corredor com quatro quartos. Um para mim que sou o comandante e treinador de vocês, um para meu ajudante e dois que estão divido com dez catres em cada quarto me explica antes de pararmos em frente a mais um "porta" Esse é o quarto dois, onde você ficará com mais nove aprendizes, eles serão seus veteranos… E já explicando, eles são quatro dias mais velhos do que você, por isso são chamados de veteranos.

   Suriel abre a porta, agora já consigo me firmar sozinho com minhas pernas, entro dentro do quarto e observo atentamente o cômodo, as paredes são de cores salmão, ao lado de cada catre tem uma pequeno criado mudo, são coisas que eu nunca  vi antes, mas que de alguma forma eu sei o que são.

O nosso senhor aos poucos vai liberando os conhecimentos básicos em sua mente, meu jovem como se estivesse ouvindo meus pensamentos ele me dá essa resposta É a sua catre Anael — me aponta uma catre junto a uma parede no lado esquerdo do quarto.

 Minhas pernas ainda tremem um pouco, mas já me sinto mais confiante para andar sozinho, com os braços abertos para na tentativa de manter meu corpo equilibrado vou dando passos curtos até chegar em na catre destinada a mim. Me sento nela e agora ponho-me a observar Suriel:

Ele é grande, está usando uma roupa ( eu acho) prateada, cobre seus braços e peito, sua cintura e suas pernas.

Isso é uma armadura Anael, os anjos guerreiros que as utilizam diz ao perceber que estava o observando.

  Não lhe digo nada, continuo o observando e vejo que em suas costas tem alguma coisa grande, parecem ser macias, e de cor branca.

Isso se chama asas Anael me responde mesmo sem eu ter perguntado, acho que não sou o único a observar aqui.

  Olho para minhas costas e não vejo essas "asas".

“Por quê eu não tenho asas?” me pergunto mentalmente com a testa franzida.

Você ainda irá recebê-las — volto a olhar para Suriel — Um anjo não nasce com as asas, eles as ganham após quatro semanas de seu nascimento.

Por que? — pergunto confuso.

O senhor designou esse tempo para que a gente se habituasse aos nossos corpos, tendo total controle sobre ele antes de aprendermos a usar nossas asas.

  Balanço minha cabeça de forma positiva quando sinto minha barriga se contorcer e um som estranho ecoa de dentro dela.

Me espere aqui, irei trazer umas coisas para você diz Suriel saindo pela porta do quarto.

   Abraço minha barriga quando sinto a dor aumentar. O que é isso?

  Ainda abraçando minha barriga, deitei na catre e dobro meus joelhos, fecho meus olhos com a esperança dessa dor passar e sinto essa dor diminuindo ao ponto que vejo tudo cada vez mais escuro.

Anael! Anael! Acorda! "bóim" sinto minha cabeça doer. Abro rapidamente os olhos e vejo que estou no chão e que bati minha cabeça no mesmo — Levanta Anael, toma trouxe para você.

   Levanto do chão esfregando com a palma de minha mão o local que teve contato direto com o piso. Olho para Suriel e ele me estende uma coisa, branca...

Isso é uma bolsa, eu trouxe vestes para você cobrir sua nudez.

   Olho pro meu corpo e percebo que não tem nada o cobrindo, não tinha reparado nisso, mesmo que  vendo suriel vestido, eu não sentir falta de nada em mim. Pego a bolsa da mão de Suriel e olho o seu interior, retiro de dentro da bolsa: algo preto de pernas gordas e compridas.

Olho curiosamente para a veste que está em minhas mãos.

Isso em suas mãos se chama calça — diz Suriel me observando enquanto se aproxima de mim Está vendo esses dois buracos dentro desse maior em suas mãos? confirmo com a cabeça Você irá passar uma de suas penas em cada uma dos buracos e o buraco grande você irá colocar em seu quadril.

  Faço como Suriel me orientou, passo minha perna direita por um dos buracos da calça e a perna esquerda pelo outro e ergo a calça até meu quadril.

Ótimo! Muito bem, você aprende rápido Anael  Suriel dá dois tapinhas em minhas costas Nessa outra bolsa tem comida  me estende em sua mão outra balsa.

   A pego e a abro, vou pegando as coisas e Suriel vai me dizendo os nomes. Dentro da bolsa tinha: maçã, pera, morango, tangerina, uva, cajá.

   Não tive tempo para saborear o gosto das frutas, pois assim que senti seu cheiro minha barriga novamente fez os sons estranhos e acho que foi por instinto, coloquei uma fruta atrás da outra na boca.

“ Mastigue com calma para não se engasgar meu filho” —  escuto a voz do senhor, olho ao redor mas não o vejo, será que estou ouvindo coisas? 

Quando acabei vi o ar risonho que Suriel tinha em sua face, mas não disse nada.

Agora descanse Anael, amanhã você terá um dia longo fala pegando as sacolas.

Mas eu acabei de nascer! protesto mesmo sentindo meus olhos pesados, não quero dormir, sei que ainda tem muitas coisas que meus olhos ainda não viram.

Descanse! fala mais firme e sai de dentro do quarto fechando a porta.

   Sem opções deitei novamente na catre; logo sinto meus olhos cada vez mais pesados... Vou os fechando até que não enxergo mais nada.

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