Subimos e fomos para a esquerda, Jade e Adeline lutavam para me explicar onde ficava cada coisa. Existem vários quartos, uma academia, escritório, uma sala onde era mais um 'bar' particular, brinquedoteca, uma sauna, cinema, biblioteca e outras mais.

A suíte em que ficarei é uma das primeiras portas, logo vem o quarto de Noah. Entro no quartinho dele e é tudo incrivelmente lindo, fantástico!

Ajeito ele no berço balançando um pouco depois dele reclamar e beijo sua testa saindo do quarto. Ambas me esperam na porta, fecho e logo Jade começa a falar.

— Você é mãe? — Sorrio com a pergunta e com seu rosto repleto de curiosidade.

— Não sou, tenho só 22 anos e podemos dizer que não penso nisso tão cedo. — 

— E como sabe cuidar tão bem de bebê? — Jade me encara com o cenho franzido.

— Praticamente ninguém faz ele dormir rápido — Olho para Adeline — Todas as meninas que trabalham aqui já tentaram, mas não tem jeito. Temos que esperar ele cansar para fazê-lo conseguir dormir — Ela sorri de lado.

— Sabe — Olho de uma para a outra — Sempre gostei de crianças, e onde eu morava tinha uma mulher que precisava que alguém olhasse seus filhos para ela ir trabalhar. Eu tinha 10 anos e mesmo assim ela confiou em mim para cuidar deles, um menino de 7 e uma menina de 2 anos. Minha mãe me ensinava algumas coisas e a mãe das crianças também. Fiz 19 anos e uma mulher de alta classe precisava de babá e essa mulher que eu cuidava dos filhos falou de mim para a mesma e ela me contratou, trabalhei com ela dois anos. Aprendi muito — Sorrio com a lembrança — Ela até dizia para mim que quando eu for mãe, serei a melhor — Digo rindo.

— Você tem jeito para isso — Diz Adeline — Tenho 45 anos e nunca fui mãe — A observo — Por escolha, porque não tenho muita paciência — Rimos.

— E eu que tenho 20 anos e sonho em ser mãe. Encontrar meu príncipe e ele me levar para bem longe daqui — Sorrio da forma que Jade fala.

— Você encontrará, digo, não um príncipe, mas um cara cheio de defeitos, porém perfeito para você — Ela sorri gentilmente com as bochechas coradas.

— O seu quarto é esse — Ela aponta para a porta da frente do quarto do Noah.

Abro a porta e fico espantada no mesmo instante. É tão belo e… é perfeito, fico de boca aberta.

— Esse é o quarto mais simples? — Pergunto e vejo Jade entrando no quarto e se atirando na cama.

— Minha nossa senhora, isso aqui é o paraíso. Quero essa cama para mim — Ela se estica mais ainda com um sorriso no rosto.

— É o simples, do simples, do simples — Adeline passa a mão na TV tirando a poeira, rindo da minha pergunta.

— Quero nem imaginar como é a suíte então — Rimos.

— Adel — Jade a chama e mesma encara — Você percebeu que ela sabe nossos nomes, mas não sabemos o dela? — Ela diz rindo e ambas me encaram.

— Katherine — Sorrio de lado — Mas podem me chamar Kath, dá no mesmo — Digo dando de ombros.

— Ok! Precisamos ir Jade, sabe como é o chefe — Jade j**a os braços para o alto e sai se arrastando do quarto.

— Se precisar estamos na cozinha! — Diz alto enquanto caminha pelo corredor.

Fico observando o quarto todo e Jade entra rápido ofegante.

— Já ia esquecendo, seu uniforme — Me entrega — Salto é usado apenas em ocasiões importantes — Aceno e ela sai novamente.

Observo todo o uniforme. Há blusa polo branca de manga, legging preta e um sapato branco. Tem um vestido de mangas com um corte 'V' na gola e parece ser justo e um salto alto preto com sola vermelha.

Acabei pensando em Allan, com toda certeza ele diria que Dylan tem bom gosto e também duvidaria que não foi ele que escolheu o uniforme. Rio a imaginar ele dizendo isso, pego minha bolsa e a abro atrás do meu celular, por incrível que pareça, eu esqueci meu celular no apartamento e parece que as chaves também.

“Idiota” -- Digo a mim mesma revirando os olhos.

Agora nem posso ir em casa, tenho que espera Allan chegar para ir até lá. Enquanto isso o que eu farei? Ao pensar isso ouço o choro de Noah e saio do meu quarto indo em direção ao dele.

— Parece mesmo que tem alguém aqui com problema de sono — Falo chegando no berço.

Ele chuta o vento e mexe as mãozinhas agoniado, estar vermelho como um pimentão e parece muito estressado.

— O que foi rapazinho? — Ele me olha com uma carinha triste — Venha — O choro para e Noah fica quieto me olhando.

Seco as lágrimas e verifico sua fralda antes de ir para o meu quarto. Fecho a porta e coloco ele no chão.

Corro para o banheiro e tomo o banho mais rápido do mundo, visto o uniforme e amarro o cabelo em um rabo de cavalo. Vou até Noah que permanece calado olhando para o teto com suas mãozinhas na boca.

Pego ele e volto para o seu quarto dando assim o seu primeiro banho do dia. Tiro a fralda e vejo que ela estar assando o bumbumzinho dele e talvez por isso não esteja conseguindo ter um sono bom. Tenho que falar com Dylan para trocar a marca.

Visto uma blusa de mangas longas cinza com um macacão longo preto. Penteio seu cabelo e passo um perfume com um cheirinho maravilhoso.

— Meu Deus! Que bebê mais lindo! — Rodo ele e logo cheiro seu pescoço fazendo uns barulhinhos que fazem ele soltar uma gargalhada gostosa.

— Papa — Ele grita balançando os braços.

Continuo cheirando e beijando ele. Desço as escadas colocando-o no chão já percebendo que ele estar aprendendo a andar. Enquanto anda em direção a cozinha grita de alegria.

— Isso! — Digo animada enquanto seguro suas mãozinhas

Entro na cozinha e todos param o que estão fazendo e sorriem ao ver o Noah.

— Pessoal! — Adel chama atenção de duas moças e de um rapaz sentado comendo — Essa é Katherine, a nova babá — Sorri gentilmente enquanto me sento segurando a mão do Noah.

— Parece que tá se saindo bem — Uma mulher limpa a mão no pano de prato — Sou Ruth — Sorriu me estendendo a mão e sorrio retribuindo o gesto de bom grado.

— Sou Angelina — A outra se apresenta sorrindo. Ruth parece ter lá pelos 30 anos e Angelina parece ter 40 anos, talvez um pouco mais.

— Prazer em conhecer vocês — Sorrio e sinto um cheiro maravilhoso — Que cheiro é esse? Por acaso estão fazendo o almoço? — Elas concordam.

Chega um homem na minha direção e estende a mão para mim. 

— Sou Rick — O homem na faixa dos 50 anos diz e eu aperto sua mão.

— O motorista, certo? — ele concorda.

— Motorista e meu marido também — Adeline vai ao seu lado e beija o topo de sua cabeça.

— Esses dois estão sempre no maior amor — Jade entra — Não sei como aguentamos — Todas riam afirmando enquanto Adeline fica com as bochechas coradas, também rindo.

Noah está sentado no chão e logo levanta cambaleando e se apoia em minha perna.

— É tão interessante ver ele sem chorar — Diz Rick.

— Ele dormiu tão pouco — Digo triste e arrumo o seu macacão que subiu.

— Precisa ver como é de noite querida — Diz Ruth e todos riam, menos eu que fico apreensiva.

— Aí Deus — Dou um sorriso forçado de nervosismo.

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